O diário de um coração rebelde O... Max_James

O diário de um coração rebelde
O rio corria calmo, espelhando um céu cinza e profundo. Do alto, um avião cruzava devagar como se ouvisse um chamado mudo. Eu James estendi a mão — não por impulso, mas como quem sabia que algo estava prestes a acontecer. O avião respondeu. Desceu, cortando o ar até roçar a superfície da água.
Dois homens saíram. Um deles me chamou a atenção de primeira — cabelo até os ombros, olhar firme, presença que não precisava dizer nada. Ele era o tipo de cara que parece ter vivido mil músicas, cada uma tatuada na pele como memória. O tipo de homem que carrega tempestades nos olhos, mas só te oferece abrigo.
Ele se aproximou, sem pressa, como se já me conhecesse. E por algum motivo, parecia mesmo me conhecer. Era como se ele fosse... Eu. Ou o que eu quero ser. Forte, livre, autêntico. Um bom homem. E eu não conseguia parar de olhar. Não por beleza, mas porque havia verdade naquele rosto.
Conversaram pouco — palavras não são necessárias quando o silêncio diz tudo. Ele me fazia bem. Simples assim. Estar perto dele era como encontrar um lar onde antes só havia procura.
No fundo do rio, eles descobriram um portal. Um outro mundo chamava. Mas a imagem dele ficou comigo. Não foi embora. Porque ele é mais do que um personagem. Ele é uma parte minha. E agora eu sei onde encontrar ele: dentro de mim mesmo, cada vez que a vida. apertar eu lembrar que ainda posso ser esse cara.