⁠O vento quente do verão me leva à realidade sem piedade.
O verde das árvores me leva ao canto das canções mais poéticas não sintéticas.
E se eu deixar que a canção domine, ela me levará até você sem que eu peça, e é depressa.
Eu fecho os olhos e sinto cheiro do que é real, ou do que é ilusório? 
É...
Confunde minha mente, como quem pergunta a diferença de solitude e solidão, de cavaquinho e ukulelê.
Os dois são um pequeno violão.
Na minha concepção, solitude e solidão é estar sozinho de qualquer forma e em qualquer situação.
E se não for, tanto faz.
Sou leiga, sou meiga, sou presa, estou presa, presa à você.
Na minha cabeça tudo faz sentido se você estiver comigo, e eu não corro perigo.
Grande amor e meio amigo. 
Não me pergunte, só fique aqui comigo. 
Depois que o mundo girar e o sol desaparecer, e tempo certo virá e você vai conhecer.
O quê? O lado ruim? O lado bom? 
Sou um pesadelo de vestido, de humor instável e até duvidoso, que vira seu mundo de cabeça para baixo, porque eu não me encaixo. 
Meu bem, não esqueça, aqui só nasce o amor uma vez, e dessa vez é você.
E eu já quero esquecer, e se eu desaparecer...
Querido, nunca esqueça, você foi a realidade sem piedade, as canções mais poéticas, onde eu cheguei depressa além de uma conversa.
A confusão da minha mente que ninguém entende, e pra mim tanto faz. 
É só fechar a porta desse mundo, e tudo acaba num segundo. Você é meu mundo. 

⁠Eu vou esquecendo aos poucos
Tudo não passa de um sonho. Um devaneio, eu uso sempre essa palavra. O que eu era antes de tudo isso? Quem eu era? Eu esqueci completamente. Reforço dizendo que, vai doendo enquanto sorrio. Como colocar pontos em uma ferida sem anestesia. Mas eu estou sorrindo, saindo e me distraindo. O que eu era antes de tudo isso? Quem eu era? Não consigo lembrar. Quando tudo isso passar, e eu finalmente me lembrar, certamente esquecerei o que passou. Já não lembrarei quem foi, o que houve e nem o que fez. Tudo do zero outra vez.

⁠⁠O amor é como uma espingarda calibre doze, disfarçada de de arco do cupido, com um coraçãozinho vermelho na ponta da flecha. Te atinge enquanto você se destrai na ilusão da paixão. Dilacerando seu corpo, trucidando sua carne, te enchendo de buracos e não lhe dando chances de sobreviver.

⁠Agora minha pressa é de esquecer. Deixar que as coisas simples tomem mais espaço em minha vida. Minhas florzinhas, minhas aranhas, meus sapos, meu caderno de desenhos e meu caderno de memórias. Aceito a condição de que, ainda não conheci todas as pessoas que vão me amar, e uma delas fará novamente meu coração disparar.

⁠⁠Todos nós somos o "estúpido" na vida de  alguém.