De todas as infinitas vezes que tentei... Maria Lins

De todas as infinitas vezes que tentei te esquecer, te lembrei com mais força. Pensamentos que te envolvem, teimam com tudo em mim e imploram pra te expulsar.

A verdade é que, você me deixou um pouco mais maluco depois que te conheci, ou, você descortinou a minha versão que resistia fazer parte de espetáculos. Vai saber…

Não, não quero pensar muito sobre isso. Te esquecer seria o ideal! Nossa, como eu quero isso!

Mas não tanto quanto eu queria que você fosse uma mulher média, comum, repetida, nada surpreendente, nada empolgante, como um café morno de final de tarde.

Mas você é a mulher mais intrigante dessa droga de mundo. Onde tudo é cinza, você chega colorida. Você é o caos que equilibra o caos. Um narcótico viciante. Não, não… nenhuma analogia te descreveria. Nada poderia…

Ou eu não possa.

Resolvi parar de tentar te entender e te desvendar, porque soava como uma espécie de domínio sobre você. Impossível. Então, eu te sinto e te sentindo, percebi que se assemelha a uma calmaria vulcânica. Sua imprevisibilidade é assustadoramente linda. Eu amo isso.

Nas entrelinhas faço confissões que te amo. Sempre nas entrelinhas. Nenhum outro seria tão bom em te amar de forma mais indeclarada que eu. Apenas um idiota ama assim. Queria saber como os corajosos amam. Quero imitá-los.

Você merece um amor cheio de coragem. Um amor que não se acovarda em lutar diante dos medos. Um amor onde as vontades aconteçam e sejam sãs. Um amor amigo do tempo.