Costuro a boca abano as vestes e... Charlanes Oliveira Santos
Costuro a boca abano as vestes e abraço o corpo empoeirado e saio a procura de algo que sei que não vou encontrar
Antes me encosto no canto onde palavras ficaram e envelheceram
Tento trazer o tempo acendo os castiçais e na imensa biblioteca de memorias presas destrói-me
Fujo da dor meus passos sobre a alçada cabeça baixa e as gotas de chuva passam diante dos meus olhos e a luz resplandecendo as lagrimas se confundem com a chuva fina
Do abismo fujo e na casa adentro e nos braços adocicados me aprisiona me sinto estranho e na frenesia me esqueço
Lábios molhados e palavras vazias a madrugada me afastando de mim mesmo
O vento sopra e a vida me consome nos braços de outro alguém
Da janela dela observo o tempo que não perdura vejo ao longe uma jovem que a corre destorcendo a silhueta que se torna igual a sua
Me embriago de prazer e na penumbra a beleza e pele macia de olhos cerrados imagino você sobre meu corpo
Já faz uma semana de corpo engando mais a mente não satisfeita rejeitou o seu desejo nesta noite tão vil