⁠A Passagem secreta. ⁠Pés descalço... Gilson de Faria.

⁠A Passagem secreta. ⁠Pés descalço correndo gritando feito louco pela rua em cada olhar sorriso a felicidade reinava. Para nós felicidades se resumia em acordar... Frase de Gilson de Faria..

⁠A Passagem secreta.

⁠Pés descalço correndo gritando feito louco pela rua em cada olhar sorriso a felicidade reinava. Para nós felicidades se resumia em acordar e logo pela manhã usar a imaginação para explorar o inexplorado o desconhecido.
- Hoje temos que abrir trilha e acessar o portal da passagem secreta, dizia Dinho.
Na cerca que fazia divisa para o sítio colocamos uma moldura de espelho grande, com o tempo a cor da madeira havia se desbotado.
- Moldura gigante é essa? Dizia Dinho.
- tive uma ideia, vamos cobrir a moldura com uma cortina velha que servirá como portal, e tem mais hoje precisamos entrar pelo portal.
- É muito arriscado correr o risco de ficar presos igual os personagem da Caverna do Dragão, falava Roro.
- Quem será o primeiro a entrar se obtivermos êxito na abertura do portal?
Todos me olharam e começaram a rir, percebi que meu reinado de cobaia não havia terminado. Aproveitamos a natureza para o improviso; um balanço em galho de árvore, naves no pé bananeira, em posse de estilingue nos aventuramos no cafezal, bosque de Santa Bárbara. Um dia nossa manhã ficou mais iluminada fugimos um pouco da monotonia ouvimos cantos misteriosos próximo do rancho. Mais que depressa fomos observar para qual direção voavam os pássaros, corremos para o pântano e fomos rasgando espinhos e taboa no peito despreocupados com os perigos de insetos e animais que aquele habitat oferecia...
- Eles são lindos, exclama Roro.
- Está delirando, Eeeeee um simples ninho com filhotes de marreco d'água.
- Temos que guardar segredo, dizia Dinho.
Pela primeira vez em anos percebi que nossa amizade corria sério perigo pois como a matemática é uma ciência exata não havia possibilidade de realizarmos a divisão justa. Dinho com a língua para fora iniciou uma provocação sentamos e após horas de negociação resolvemos chegamos a um consenso, de semana em semana os filhotes trocam de casa e cuidados.
O acordo foi justo conseguimos uma gaiola e fizemos um ninho já na primeira noite de cuidados com os filhotes quando me preparava para o mesmo ritual de dantes senti uma certa preguiça e acreditei que um noite sem aquela monótona rotina não faria diferença, dentro do casebre só ouvia barulho de grilo e coruja , sempre fui compenetrado em tudo que faço mais para minha surpresa este dia quebrei o protocolo e a exaustão falou mais alto estava estampada em meu corpo, nós animais racionais sempre somos assim "valentões" kkkk não tememos o breu da noite, uma barata voadora, uma noite chuvosa com raios e trovões, vultos na rua receio de encontrar uma alma penada, se é que existe espírito ruim RS RS , na madrugada a minha imprudência trouxe uma certa surpresa na madrugada ouvi barulho na escada, lembrei que era um aventureiro destemido e reprimi minha mente, o meu sexto sentido o barulho nos degraus persistiu pensei em abrir um olho mais me contentei que era apenas um sonho na casa só ouvia som de respirações anunciando um boa noite de sono por outro lado eu estava inquieto o meu espírito me alertava não podemos ignorar esses sinais comecei ficar impaciente na cama quando ouvi gritos na cozinha mais que depressa corri em direção ao sinistro para minha surpresa a porta que da acesso a escada estava aberta vi um vulto no último degrau peguei minha arma e subi correndo igual um louco quando o vulto correu en direção a capoeira ouvia os pio pensei em atirar mais não tinha certeza se ia acertar o alvo queria acordar e pensei subir no telhado também mais com estou acima do peso kkk voltei para sala abri a porta e portão de madeira sai como um luz corri meio quarteirão descalço e o meliante correndo sobre os telhados no meio da quadra ele foi inteligente pulou de um telhado para o outro tive que dar a volta na quadra corri já ofegante e com alguma esperança de encontrar o entrei na mata procurei e para minha tristeza o felino do Dinho fez sua refeição, comeu os filhotes que estavam sobre meus cuidados.
Pela manhã, logo cedo resolvi procurar os restos mortais, mais depressa fui a casa dos meus amigos e com um sorriso os avisei que uma gata havia jantado os filhotes. No portão disseram que íamos vingar a morte dos passarinhos,
me vesti e fomos caçar os restos mortais e para minha surpresa Dinho gritou:
- A ratazana, exclamou RO.
Mate-o logo - disse Dinho?
Um dia maravilhoso, na rua encontrei o gato caçador, olhei para um lado e para o outro, esperei na tocaia e vi o felino entrando em uma construção inacabada e percebi que toda caça ele devora dentro da casa. Não fui à escola e descobri que a fêmea tinha filhotes.

Gilson de Faria.
15/02/2021