O dia que você não abriu a porta pra... Jônatas de Novaes Amorim

O dia que você não abriu a porta pra mim

Foi um dia cansativo, um dia estressante.

Fui de casa, pra casa dela, com a mente bem pensante.

Será que ela vai estar lá?
Será que ela vai me escutar?
Será que ela vai me perdoar?

Será, será, será....

Chegando perto, em ato sincero, fui bem discreto e abri o portão,
Naquele silêncio da madruga, ouvi o meu coração.

Estacionei o carro, tomei coragem,
Nessas horas erros, não podem ter margem

Subi a escada, sem hora marcada,
Não ouvia um pio,
Fui de surpresa, deu cala frio,
Lá fora um gelo, lá dentro um quarto bem quente, era tudo o que eu queria para a gente.

Bati na porta, dei dois TOCs, pessoas ouviu, mas não abriu.

Naquele momento a tristeza apareceu e tudo que eu tinha programado pereceu.
Por um instante nada se ouvia, com isso resolvi descer a escadaria.

Fui descendo de cabeça erguida, fiz a minha parte de maneira linda,

Tentei,
Ver você, pra te explicar:
Que o meu coração, bate pra te amar.

Tentei,
Ver você, pra te mostrar:
Que o meu amor, jamais vai acabar,

Tentei,
Ver você, para estudar:
Sobre a genética e vida, da mulher que vou casar,

Tentei,
Ver você, para mudar:
Essa situação, que é de se analisar,


Tentei, tentei, tentei e tentei.

No caminho de volta, entrei no carro, abri o portão, as luzes da rua apagada, fui seguindo na escuridão.

Parei numa rua liguei o som, devido a altura senti um frisson,

Pensei um pouco, resolvi telefonar, mas novamente ela foi me ignorar,

Dei a partida, na volta da ida, uma voz dizia, acelera e vira,

Voltei com calma, a Deus pedi perdão, pelo vazio imenso que pairava o meu coração,

A dor passava, a cada momento que chegava mais perto de casa,
Com a esperança do amanhã, que não se atrasa.

Cheguei em casa, saudei quem lá estava,
Cheguei em casa, fiz uma oração,
Cheguei em casa, senti saudades:

Do Meu filho que está distante e da mulher amada.