O face sempre pergunta no que estamos... Rogéria Cardeal Hta

O face sempre pergunta no que estamos pensando...
Hoje na minha linha trajetória sim, de produzir dez coisas, sim eu contei, andando num ônibus lotado, chegando num caminho do mato, mato mato alto faz jus ao nome, eu vim pensando na minha vida, em tudo que sempre acreditei, no que escolhi ser como pessoa, nas vezes, muitas vezes, muitas mesmo, que isso não me foi favorável, onde ser eu mesma, esperar o melhor de todos, fez de mim um alvo fácil para mentiras, enganos, maus tratos, desprezo e indiferença. Então, em um momento do pensamento eu pensei em mim, triste, por apesar de tudo eu não ter mudado, porque eu não aprendi a mentir, enganar, ferir simplesmente por ferir, não abandonar tudo nos primeiros erros ou defeitos, mas apostar, acreditar no melhor.
Então, voltei os olhos a mim mesma e pensei o quanto é bem pior ser a causa da tristeza de alguém, descpção de alguém e motivo para fazer com que alguém desista de si mesmo, de como dói e fere quando alguém escolhe estar no lado de lá, como deve ser pesada a escolha de quem vê o amor e escolhe pisar, é como ver uma flor num jardim e simplesmente pisotear... Sem tantos porquês sem querer mais encontrar essa razão... Eu me percebi, e redescobri o valor que tenho dentro de mim, nessa capacidade de não ter motivos para acreditar e sonhar e, ainda sim, esperar um dia realizar: girassóis nas mãos, um vestido vual rodado, o céu azul, num quase por de sol, eu radiante sendo eu mesma, podendo falar, sorrir, estender a mais, tocar, acarinhar e receber, ser a Rogéria que eu aprendi a ser, com alguém feliz com um sorriso no rosto a me esperar, por acreditar que eu sou a quem passou a vida a esperar, e que nada mais tem a procurar em outro lugar....
Vim com a música na cabeça, olhando na janela a chuva caindo, e no fundo no fundo, buscando sentido no existe e, que por trás de tantos sorrisos para esconder meus pesares, tenho muito mais sorrisos nos sonhos do que sou e que ainda posso ser.