Em pleno domingo, me sento no chão, a... Hallysson Rhuan

Em pleno domingo, me sento no chão, a escuridão me dá aquele abraço aconchegante e a solidão senta do meu lado para não me sentir sozinho. A tristeza me traz aquele café quente, chega o vapor que sai da xícara dança com o vento. A raiva me dá uma caneta e um pedaço pequeno de papel, talvez seja pra descontar tudo em uma coisa que tem a mínima ideia que se passa em mim. Com esse dia incerto me pergunto, o que seja de mim amanhã? Será que novamente vou mascarar a tristeza, a raiva e a solidão que meu rosto denuncia ou será que vou com a cara e a coragem mostrar o que realmente se passa dentro do meu eu? Bom, também amanhã é um dia incerto, aliás, são 365 dias incertos. Talvez todos queriam ter o poder de tentar pelo menos decifrar a incerteza, mas não existe esse poder, pelo fato de que a incerteza nunca seja descoberta, mas sim sentida. Acho que essa toda melancolia de uma noite incerteza que antecede um dia incerto seja a chave para tudo, tudo aquilo que tentamos descobrir. Enfim, espero que com toda essa incerteza eu decida o que vou fazer amanhã, e que amanhã não seja um dia tão incerto como hoje.