Artificial Beleza Certo dia a mãe... TY Monteiro

Artificial Beleza

Certo dia a mãe natureza foi até o artesão do universo, o artífice perfeito, conhecedor de tudo que é belo e caprichoso e encomendou um atributo diferenciado, inigualável que seria muito admirável por todos.
A palavra linda , cabe a natureza em tudo, porém a este ser ecoaria por gerações que conhecessem tal beleza que foi dada a você mulher.
Porque tanta beleza num só ser, covardia, desproporção, má distribuição , erro? Poderia mas, este artesão não errou jamais.
Sim pertence a você mesmo o adjetivo (belo). Foi agraciada com o belo, predestinada a lisonjas sem fim, justamente contada entre as maravilhas desse mundo.
Como resistir a seu olhar, como não ser cativo dessa simpatia, como não reparar em seu sorriso(oque não faria pra te ver sempre sorrindo), apetecível educação de comportamento sisudo.
Meu desejo é despir de toda prudencia que priva o homem da insanidade, descer do pedestal dos sacros quebrando as regras do bom costume e caminhar na direção do surreal prazer que seria tocar seus lábios.
Grande prazer é lhe arrancar um sorriso, para tanto, jamais pouparei elogios, educação, carinho e presentes alcançáveis.
Sua beleza não é natural, você a muito foge do natural e do comum. Forjada foi por mãos e mente inerrantes, provem do Eterno, beleza excêntrica, perfeitamente artesanal, feitura do Artífice dos artífices.
O violento desejo imediato que tenho de ter você tal qual violência dos canários da terra, converto em paciência, esperança e perseverança por saber que, o amor existe, compensa e que um dia poderei compartilha lo com mulher menina, anti-natural de impar beleza artificial.