Morte: Apoteose Ou Crepúsculo Denso? A... Paulo César de Miranda

Morte: Apoteose Ou Crepúsculo Denso?
A Doutrina Espírita nos dá o discernimento de que a morte (desencarnação) é o encerrar de um dos capítulos na vida imortal. Sabemos que de acordo com os nossos feitos, durante o transcurso de uma reencarnação, estamos escrevendo o enredo desse capítulo e que deverá ter um desfecho final.
A Lei de Deus para as suas criaturas é: nascer, crescer, viver, procriar, envelhecer e morrer. Quanto mais apego tivermos ao corpo e as coisas materiais, dificultará a nossa saída deste e a desencarnação poderá durar dias, meses. Nesses casos a desencarnação pode nos dar a sensação de um crepúsculo tormentoso, repleto de angústias que transformará o estado psíquico do ser, fazendo com que ele chegue atormentado no mundo espiritual. Possivelmente esse crepúsculo denso suportado com resignação, nos facultará um estado de redenção no mundo das essências.
Por outro lado, uma vida vivida com humildade, desprendimento e caridade, pode nos conceder uma passagem apoteótica com irmãos muito iluminados nos aguardando com aplausos. Paulo, o Apóstolo Dos Gentios, ao desencarnar foi recebido no mundo espiritual, nada mais, nada menos que, por Jesus de Nazaré (méritos relativos adquiridos), através de um quadro apoteótico que os olhos humanos não puderam ver.
É preciso, num esforço intenso e constante, trabalharmos no sentido de diminuir ou eliminar as chagas tão conhecidas da humanidade: o orgulho, a vaidade e o egoísmo.
Muitas vezes decidimos: vou aproveitar a vida usufruindo de todos os prazeres carnais e materiais que ela me oferece, pois, ela é efêmera. Quando nos aproximamos do final e vislumbramos o mar revolto que iremos enfrentar, nos arrependemos tardiamente. É compromisso de toda religião orientar o seu adepto quanto a sua transformação moral e contribuição para um mundo melhor.
O mais importante no final, qualquer que seja o desfecho, é enfrentarmos as adversidades com paz de espírito, serenidade e confiança num Pai amoroso que nos ampara incondicionalmente. Paz e Luz para todos!
Por: Paulo César de Miranda – 29-05-2016.