Amor Quero um amor, profundo. Puro, cheio de defeitos. Quero um...

Amor Quero um amor, profundo. Puro, cheio de defeitos. Quero um amor leve. De confiança. E de erros perdoados. Um amor de abdicações. Momentos de tédio e de pai

Amor

Quero um amor, profundo.
Puro, cheio de defeitos.
Quero um amor leve.
De confiança.
E de erros perdoados.
Um amor de abdicações.
Momentos de tédio e de paixões.
Um amor ardente, carente, latente, decente, que prende.
Quero um amor com cheiro. E cheio.
Íntimo. Amigo. Doce comigo.
E também de grosserias. Histerias. Parcerias.
Que aumenta e diminui
conforme as circunstâncias.
Mas que venha em abundância.
E que sempre dure!
Nada de "amor eterno enquanto dure".
Não que amores sejam intermináveis e que a intensidade não seja importante.
Mas porque fazer durar depende de cada um. E que durem da mesma
maneira os sacrifícios e os momentos difíceis!!
Não quero amor de novela.
Quero lavar a panela.
Quero um amor com e sem paixão.
Um amor natural. Real. Factível. Possível.
Quero um amor tradicional. E não tradicional. Quero fetiches. Fantasias. Estrepolias.
Filhos. Faxina. E dor de barriga.
Quero um amor para compartilhar. Momentos, vitórias. Vergonhas.
Quero um amor que console. Quero um amor que critique. Quero um amor sincero. Quero um amor que minta para não me chamar de feia.
Quero receber flores.
Quero perdão e preocupação.
Quero que o celular fique rolando pela casa, sem restrições. Mas eu quero nunca escolher fuxica-lo.
Quero um amor confiável, amável, afável. Ás vezes, intragável.
Um amor selvagem. De coragem.
De troca. Que enforca.
De saudade.
Quero um amor que saiba filosofar.
A minha filosofia. Que entenda quem eu sou. E que, portanto, me ame.
Assim, detestável e amável.
Não quero fadas, não quero contos. Quero encontros e desencontros.
E se ele quiser ir, que seja feliz.
E se eu quiser ir, que eu seja feliz.
Quero amar sem apego, sossego, segredo, nem medo.
Quero um amor que fique comigo para sempre, mas que do qual, um dia, se eu me separar, que a separação doa. E muito. Porque significa que não foi banal.