O AMOR SE FOI EM SUA VAIDADE Ele se... M. F. Staff

O AMOR SE FOI EM SUA VAIDADE

Ele se foi...
foi entre ruas procurando o amor,
clamando preces para encontrar o conforto em alguém.

Ele se distraiu...
ao olhar incessantemente por lugares mais atraentes,
na simplicidade da esquina ele a viu.

Por não ver os detalhes que o amor foi plantando
que viu naquela esquina uma mulher com pouco a lhe dar.
Cego ele de não ver que a maior riqueza daquela mulher
estava nos olhos sinceros e no seu jeito recatado.

Por desconhecer o verdadeiro sentido de amar
descartou o olhar discreto e interessado daquela mulher.
Cego pelo vaidade e pelo materialismo
ignorou a curiosidade em saber o porquê da mulher sempre
estar sentada naquela esquina, perto de um bar popular.

Ainda tempos depois, ele continuou a ir atrás do amor
e a bela mulher sempre no mesmo lugar.
Uma sexta à noite, então, ele caminhou perto da mulher.

Tempos depois de ver sempre a mesma cena,
percebeu a mulher na frente do bar chorando.
Agora ele se dirigia à ela até parar a frente dela.

_Por que chora, moça? Posso te ajudar?
_Obrigada, mas ninguém pode me ajudar.
_Por que não? Há solução para tudo.
_Não há solução para um coração na esperança de encontrar alguém especial. Quando acho que vou achar alguém para amar, que vai me amar, esse alguém não vem.

Ele se foi...
foi falando de coisas bonitas para aliviar o coração daquela mulher, que retribuiu com um sorriso.

O amor passou aos olhos dos dois trazendo bem estar,
mas sempre vaidoso não percebeu o que acontecia,
se despediu da mulher e continuou a procurar o que
ele achava que era amor.

A cada passo dele que o afastava daquela mulher,
ela o via, chorando e pensando "pouco tempo perto de mim, tão bem perto dele, ele se foi, o amor se foi".