Menos professor, menos... (the end) 13... Professor Glauco Marques

Menos professor, menos... (the end)

13 de outubro de 2013 às 22:11
Existe certa história, uma parábola e quem sabe, não passa de uma estória de certo homem que buscava a felicidade a todo custo, em todos os lugares, ou em coisas e fatos. Até o dia que estava passeando com uma ex-aluna que mesmo jovem andava de maneira diferente, sorria de maneira diferente, vivia de maneira diferente. Nisso o telefone da moça toca e rindo, como se estivesse com sua mãe, amiga ou namorado, atendeu de maneira sucinta e rapidamente terminou a conversa, querendo brincar com a jovem o velho professor pergunta, era o futuro marido? Mamãe? E ela responde canonicamente, não professor, minha secretária desmarcando uma consulta. Naquele momento o velho professor sorriu, parou os olhos cheios d’água e respondeu pra si mesmo: esse é meu propósito como professor, como ser humano, como lápide de vida. Ela não tinha ideia do que era aquele momento, acho que nem a secretária parou para pensar nisso, porém nesse momento sabemos que o que difere o sucesso do fracasso, seu próprio carro de um trem, sua própria vida de viver a dos outros,são suas escolhas.
E não contei a verdade, estávamos nos encontrando só para entregar as roupas novas que ela, seu namorado e sua mãe compraram para a festa no orfanato. É isso, os melhores fazem o bem... Acho que nasceram para isso...
O que me irrita profundamente é a necessidade que a sociedade tem de não me deixar falar dos melhores, que coisa horrível, tenho que acalmar os perdedores que nunca deixarão de se encontrar,todos nós nos encontramos, só que os melhores, que lutaram, suaram, ralaram e tiveram que escolher entre a pior escolha do momento, mas a melhor de futuro tem assuntos, tem ideias, não existe nada de ruim quando os iguais se encontram.
Só que tem sempre um ser religiosamente composto de motivos, que pautado nas derrotas cotidianas dos perdedores, arrumam brechas para que o mundo acredite que a culpa do seu fracasso é nossa. Não é nossa, é exclusivamente sua, hoje, ontem e sempre. Você paga a conta de seu sucesso, você paga a conta de seu fracasso.
Agora o mundo fica me olhando e faço de propósito, veja a senhora por detrás de nós, ficou assustada quando viu que ali tinha uma doutora de 24 anos e no mínimo pensou: ela é Universal. Não,ela é brasileira, nascida em Guadalupe, costuma frequentar a França e Cancun ef inal do ano vai passar 15 dias nos EUA onde o irmão estuda por conta de nossos impostos, já que venceu a bolsa de engenharia civil. A mãe deve orar todos os dias por esse fardo de ter dois filhos vencedores, não drogados e não homofóbicos.Deus que cuide da alma dessa mãe.
Desculpem-me todos, isso tudo sóaconteceu por causa de um sorvete de chocolate e morango.