E por ventura, sorrio novamente por... Paul Gambler

E por ventura, sorrio novamente por causa de suas palavras de outrora, que junto ao seu encanto e ao seu olhar cheio de vida me fizeram sorrir algumas vezes.
Seus negros cabelos dançavam ao ritmo dos ventos entorpecendo os meus sentidos enquanto me via hipnotizado pela sua delicadeza.
Seu jeito único, todo engraçado e meio desastrada era capaz de contagiar a todos que dela se aproximavam,conseguia facilmente que o olhar de cada um ali naquele lugar fosse desviado a ela, sem esforço algum. Era de uma naturalidade mágica o que dela emanava, impossível não nota-la.
Eu vi a luz da lua ser reproduzida com uma enorme perfeição a um palmo da minha visão, ela estava ali, parada enquanto eu alternava entre estar fascinado e questionar sobre o grau de veracidade do que eu acabara de ver.Se a estrela mais brilhante do céu tivesse um nome, arrisco falar que ela teria o nome dela.
Era impossível descreve-la com palavras, era como um desenho feito por da Vinci, indecifrável e magnifico ao mesmo tempo.
Talvez o mais romântico dos poetas, o mais louco dos pintores e o mais genial dos músicos desejaram um dia em vida, ser inspirado por algo daquela magnitude. A vida parou para vê-la passar, atenta a cada movimento.
Era a silhueta que constantemente habitava a mais sonhadora das mentes, era algo capaz de fazer o mais frio dos corações arder em chamas e derrubar a mais temida das fortalezas.
Impossível não se sentir humano ao lado dela, desejar com todas as forças o seu toque correr por todo o seu corpo, ouvir os seus sussurros e encarar o que seus olhos mostravam.
Eu me via questionando a quem tivesse me ouvindo de onde ela veio, pra onde ela ia e quando ela voltaria, se um dia eu iria novamente ver a mais bela das estrelas cadentes.
Tamanho era o seu encanto, sua voz doce era tão mágica que fazia dela a unica coisa a desejar ser ouvida no momento em que ela falava.Eu estava ali, vendo o personagem principal de uma obra de Shakespeare,esperando pelo momento de entrar em cena, sem cortinas, sem platéia, nada, somente ela e toda a sua capacidade de trazer pra vida real o que muitas vezes pensamos existir somente na ficção dos pensamentos...