Sabe, eu vivi, talvez... talvez tenha... Léo Memphis

Sabe, eu vivi, talvez... talvez tenha achado estar vivendo enquanto morria, não sei ao certo, mas sei que meus erros me ensinaram mais do que um dia eu pude imaginar, não cai n'um clichê, não... não sou escritor, nem poeta, mas sempre soube observar muito bem as coisas e de um tempo pra cá fiz da minha vida a maior de todas as poesias, de base o amor e do acordar ao sonhar em mente ver, viajar e pensar nos olhos dela, me apaixonar, aprender aceitar e amar por perceber que tudo o que sempre esperei estava nela, era ela, então não pude mais me ver sem, como um vicio, uma dependência, mas não.

Neste dia foi diferente, porque apesar de todas as coisas que vivemos, não queria nem chegar perto da palavra 'terminar', não quero nem imaginar, mas fui atingido no ponto fraco, ela soube me pegar, foi como perder o controle do carro numa velocidade muito grande, parecia não ter volta, parecia que, apesar do desespero eu ainda controlava, até colidir para perceber que não... e sim, eu colidi, com o meu eu próprio e tudo o que eu precisei ver.

Pensar saber o que estava fazendo, percebi que não fui tão bom observador naquele momento, demorei o que pareceu décadas para perceber que nada que eu faça pode destruir isso, é puro, é amor de verdade, é mais forte do que qualquer coisa existente e, na verdade, não quero jamais destruir. Fui burro e fraco por um curto momento, mas quando percebi me arrependi como nunca antes e notei que não estava nenhum pouco enganado antes da colisão, porque é aquilo, ali estão todos os sonhos da minha vida e, ela não acertou meu ponto fraco, ela é meu ponto fraco e não meu vício, porque vício a gente cura com tratamento e passa, mas ela não, vai além de qualquer coisa, mi'alma gêmea que nasceste em mim como eu nasci nela, sabendo que desde o nascer a toda eternidade estaríamos fadados a viver um para o outro, é isso, ela é meu amor, eterno amor, posso afirmar que nada agora pode me fazer querer voltar, que daria minha vida sem dúvida porque não há como viver sem ela, é sim, ela quem faz de mim assim, feliz e muito eu, como eu devia ser desde que nasci porque eu vim para fazê-la sorrir.