Fragmentos

⁠Sou aresta que precisa ser aparada...

⁠Ideais... Tenho aos montes!

Frustrações, o mesmo tanto.

Resiliência?

Minha alma é elástica...

⁠Ao mesmo tempo em que aparentamos mistério, por mais indecifráveis que queiramos parecer, somos meramente previsíveis. Aqueles que estão muito próximos de nós, seja presencial ou energeticamente, nos lê...

⁠Parti-me em pedaços.
Rompi-me em sentimentos e suspiros
e um vendaval de sensações espalhou meus fragmentos.
Desfiz-me!

⁠Sou como a nascente que não cabe em si, por isso jorra...

⁠Quando não somamos, potencialmente diminuímos; estejamos atentos quanto à proporção...

⁠Inquilina do tempo, habito as horas vazias...

⁠CAOS

Vida doce e medonha
É aquela que sonha
Encontrar meu eu
No meio do caos.
Vida sem-vergonha
Fez-me um ser "pamonha"
Isso nem doeu
Nesta vida de sal.
Flechas pontiagudas
Furaram-me o ego,
Assim, como o prego
A pregar minha dor.
Não me desvencilho
De tal empecilho
Enquanto o saldo não vem.
Pelo portador serviente
Seguindo a corrente
A mesma a caminho do caos.

⁠Misture-se à multidão, mas não fique alheio. Deite fora tudo o que possa te distrair em teu senso de observação e vai sentir o quanto é feliz; o quanto seu fardo é leve...

⁠Cicatrize-se!
Que a sua capacidade de se regenerar seja maior que a sua ferida!

Não se desgaste nem se consuma. Às vezes é melhor enfrentar nossas brotoejas e esperar o tempo passar... E isso em nada se parece com concordar com tudo o que acontece. Tampouco, é ficar em cima do muro ou em outra posição confortável. Melhor é contar os dias, até que eles caibam nos dedos das mãos...

⁠"ACORDAR"

Quando dei por mim,
já escalava várias camadas do céu acima de mim.
Quando dei por mim,
dei pela falta dos momentos bons que ficaram longe...
Quando dei por mim,
tentei dar meia volta, mas já havia nadado tanto,
que ficaria à deriva num mar de arestas sem fim.
Quando dei por mim,
implorei que fosse sonho, e, que a luz do sol viesse me tirar do torpor, enfim!
Quando dei por mim,
vi que não vivi, mas vivi sonhando.

⁠Depois do evento da internet, não há mais gente humana: só pseudo-semideuses.
Duro vai ser quando acordarmos e descobrir que não somos inteiros, mas, apenas semi...

⁠Tropeço nos obstáculos à minha frente com passos trôpegos. Embriagada, ando eu, de vinho e de vida...

⁠Todo feitiço que é lançado volta ao seio de quem o lançou. Assim, como um bumerangue, nada é pessoal ou específico... É antes, uma questão de ação seguida de reação; Lei universal...

⁠O singelo é inquilino permanente da simplicidade.

⁠Seja teimoso; rasgue a terra, abra picadas e floresça onde menos esperam.

⁠E se olhar para trás fosse um caminho de seguir em frente? Recomeçar?? Nem sempre a chegada destaca-se da partida. É como o ditado do bom filho a casa volta, E se o mundo dá voltas estas mesmas são necessárias.

⁠Essa Noite eu sonhei com a minha mãe, mas dessa vez foi diferente, parecia uma visita senti sua pele lisa...

Saudade ontem de mim⁠



Atrás de poesia caminho segredando confissões retraídas,
silenciosas e enclausuradas.

Juntando, palavras soltas, soletrando silabas,
rimas em gestos e canções.

Remendando sentimentos nos silêncios das madrugadas,
ataviados, rebuscados, confidentes.

Em tempos de chuvas e estios, lua cheia e ventanias,
conversas soltas no sereno das calçadas.

Carrego pipocas, sacos de algodão-doce, mimos açucarados,
enviesados, embrulhados, entesourados de sonhos.

Costuro retalhos, pedaços de vidas e vendavais,
afetos, pessoas e estradas.

Intervalando pensamentos acanhados, renitentes,
queixosos, solitários, e insistentes.

Nas lembranças do de repente, escrevo memórias,
impregnadas de gente, vidas e solidão.