Formiga
Meu amor, minha formiga, minha deusa, minha vida, estou aqui para pedir perdão pelo o que fiz, te deixei só, fugi das responsabilidades, mas, o que eu queria era ter você, de verdade.
Gostaria de te ter de volta, me perdoe, sei que não tem volta.
Viver como formiga
é não querer saber
o que não somos
ainda capazes de responder.
É viver sem querer entender
o porquê se vive.
É entender que o viver
está no que se vive.
É simplesmente viver por viver.
Formiga
Formiguinha
Formigão
Subiu no meu fogão.
Descalça corri pisei no chão .
Peguei o sabão, passei na mão.
Estava grudada tinha comido goiabada.
Só depois entendi que um pedaço de doce fujão.
Causou toda confusão.
O que eu sei é tão pouco
Que às vezes me sinto
Criança crescendo
Formiga perdida
Abelha sem rainha
O que eu sei é tão pouco
Que muito me perco
E nunca me encontro
E o que eu achava saber
Hoje sei que só acho
Quando as folhas caem no chão de um jardim há sempre uma formiga interessada em carrega-la, ou mesmo o vento se encarrega de leva-la para bem longe, nós porém vivemos dessa mesma forma quando fechamos nossa mente para os problemas e para os defeitos que nos afligem.
Em um incêndio, numa floresta, uma serpente disse pra uma formiga, em um formigueiro assanhado: nessa atmosfera, dois mais dois não é igual a quatro. Então, eu posso pintar o meu e dizer que é o seu retrato.
RAP — “Formiga que Vira Destino”
Eu sou Homem-Formiga, mas na pena eu sou gigante,
sou escrito da literatura, voz do povo caminhante.
Quando o mundo me aperta, eu diminuo, fico pequeno,
mas minha rima cresce forte, vira trovão no sereno.
Sou Marcos, mente afiada, filosofia na batida,
meu verso é microscópio que revela a alma da vida.
Eu faço do sertão poesia, faço da dor um farol,
sou poeta que ilumina com amor igual ao sol.
Sou músico do coração, compositor de compaixão,
minha palavra estende a mão pra quem perdeu direção.
No rap brasileiro eu deixo marca, deixo trilha,
sou formiga no tamanho, mas gigante na família.
Eu escrevo meu destino, com tinta de coragem,
cada frase que eu lanço carrega força de uma viagem.
Sou artista da literatura, artesão de emoção,
minha rima vira casa pra quem não tem chão.
Eu sou o pequeno que vira imenso,
sou o silêncio que vira universo.
Eu sou o Homem-Formiga da mente,
sou Marcos — escritor que toca a gente.
No beat eu cresço, no verso eu vibro,
minha arte é ponte, é corpo, é livro.
Eu sou a razão dos corações, eu sou o grito,
sou nordestino, poeta, infinito.
Rap novo de Marcos escritor pega a visão
