Feliz aniversário, filha: 71 mensagens para celebrar o seu dia

Muitas vezes é a falta de caráter que decide uma partida. Não se faz literatura, política e futebol com bons sentimentos.

Nelson Rodrigues
Fla-Flu:... e as multidões despertaram!

A função da oração não é influenciar Deus, mas especialmente mudar a natureza daquele que ora.

Soren Kierkegaard
Discursos Edificantes em Vários Espíritos. São Paulo: Editora Liber Ars, 2018.

Os filósofos limitaram-se a interpretar o mundo de diversas maneiras; o que importa é modificá-lo.

Karl Marx
MARX, K., Teses Sobre Feuerbach

A leitura engrandece a alma.

É bom ter esperança, mas é ruim depender dela.

Se não soubermos esquecer, nunca estaremos livres de tristeza.

O amor é o desejo irresistível de ser irresistivelmente desejado.

Não há pior inimigo que um falso amigo.

Demasiada maquilhagem e muito pouca roupa para vestir é sempre um sinal de desespero para a mulher.

Tudo o que vemos ou parecemos não passa de um sonho dentro de um sonho.

Não é permitido irritarmo-nos com a verdade.

Mãe é o amigo mais verdadeiro que temos quando a dificuldade dura e repentinamente cai sobre nós; quando a adversidade toma o lugar da prosperidade; quando os amigos que se alegram conosco nos bons momentos nos abandonam; quando os problemas complicam-se ao nosso redor, ela ainda estará junto de nós, e se esforçará através de seus doces preceitos e conselhos para dissipar as nuvens de escuridão e fazer com que a paz volte aos nossos corações.

O amor é uma bela flor à beira de um precipício. É necessário ter muita coragem para a ir colher.

Um livro é a prova de que os homens são capazes de fazer magia.

O encontro de duas personalidades assemelha-se ao contato de duas substâncias químicas: se alguma reação ocorre, ambos sofrem uma transformação.

As duas cartas de amor mais difíceis de escrever são a primeira e a última.

Aqueles que abrem mão da liberdade essencial por um pouco de segurança temporária não merecem nem liberdade nem segurança.

O homem pode acreditar no impossível, mas nunca pode acreditar no improvável.

Avec Elegance

Hoje a maioria das pessoas que têm acesso à informação sabe que é peruíce usar uma blusa de paetês às duas da tarde e que é deselegante comparecer a um casamento sem gravata. Costanza Pascolato, Gloria Kalil e Claudia Matarazzo são alguns dos jornalistas especializados em ajudar os outros a não cometerem gafes na hora de se vestir ou de se portar à mesa. Mas existe uma coisa difícil de ser ensinada e que, talvez por isso, esteja cada vez mais rara: a elegância do comportamento.

É um dom que vai muito além do uso correto dos talheres e que abrange bem mais do que dizer um simples obrigado diante de uma gentileza. É a elegância que nos acompanha da primeira hora da manhã até a hora de dormir e que se manifesta nas situações mais prosaicas, quando não há festa alguma nem fotógrafos por perto. É uma elegância desobrigada.

É possível detectá-la nas pessoas que elogiam mais do que criticam. Nas pessoas que escutam mais do que falam. E quando falam, passam longe da fofoca, das pequenas maldades ampliadas no boca a boca.

É possível detectá-la nas pessoas que não usam um tom superior de voz ao se dirigir à empregadas domésticas, garçons ou frentistas. Nas pessoas que evitam assuntos constrangedores porque não sentem prazer em humilhar os outros. É possível detectá-la em pessoas pontuais.

Elegante é quem demonstra interesse por assuntos que desconhece, é quem dá um presente sem data de aniversário por perto, é quem cumpre o que promete e, ao receber uma ligação, não recomenda à secretária que pergunte antes quem está falando e só depois manda dizer se está ou não está.

Oferecer flores é sempre elegante. É elegante não ficar espaçoso demais. É elegante não mudar seu estilo apenas para se adaptar ao de outro. É muito elegante não falar de dinheiro em bate-papos informais. É elegante retribuir carinho e solidariedade.

Sobrenome, jóias e nariz empinado não substituem a elegância do gesto. Não há livro que ensine alguém a ter uma visão generosa do mundo, a estar nele de uma forma não arrogante. Pode-se tentar capturar esta delicadeza natural através da observação, mas tentar imitá-la é improdutivo.

A saída é desenvolver em si mesmo a arte de conviver, que independe de status social: é só pedir licencinha para o nosso lado brucutu, que acha que “com amigo não tem que ter estas frescuras”. Se os amigos não merecem uma certa cordialidade, os inimigos é que não irão um dia desfrutá-la. Educação enferruja por falta de uso. E, detalhe: não é frescura.

Martha Medeiros

Nota: Texto original da autora, publicado no jornal Zero Hora, em 2001. O texto adulterado também surge com os títulos "Elegância de Comportamento", "Toque(s) de Elegância" e "Jeito de ser", por vezes atribuído erroneamente a Henri de Toulouse-Lautrec.

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É uma infelicidade da época, que os doidos guiem os cegos.

William Shakespeare
SHAKESPEARE, W. Rei Lear (Acto IV, Cena I)