Felicidade Tristeza
Tem pessoas que lentamente vão se afastando de nós, e não tão lentamente, vamos percebendo que elas não nos fazem tanta falta assim.
As pessoas de má coração muitas vezes usam da verdade para machucar e não por terem no caráter o valor de serem verdadeiros.
Que a terra nos transforme em realidade, mas que o céu esteja firme para nos dizer que podemos sonhar. Que o tempo seja breve para a tristeza, mas que seja infinito para a felicidade. Que consigamos tudo que desejamos, mas, na ausência daquilo que mais queremos, sejamos fortaleza para ir buscar. Que a vida não seja apenas sorte, mas que a fé sempre nos prevaleça e faça da sorte, um milagre de destino diário. Que cultivemos as rosas contidas dentro de cada ser que encontramos pelo caminho. Todavia, quando dos seus espinhos nos ferir, que saibamos tirar proveito da sabedoria dos ferimentos que nos acomete. Que tudo que seja certo, seja feito. Porém, mesmo não acertando sempre, possamos entender que há aprendizado em cada erro e que seja extraído, também deles, o melhor de nós. E que, finalmente, a vida seja simplesmente vida e que sejamos apenas nós mesmos: cheios de realidades e sonhos.
Monstros vivem dentro da sua imaginação e geralmente, eles tornam-se reais. Se fortalecem a cada decepção e a cada sentimento negligenciado. Vivem das memórias e insistem em assombrá-lo a cada choro. Vivem da sua sanidade e das suas escolhas, da sua percepção e das suas palavras, de quem foi e de quem ficou. Escolhem cuidadosamente o momento certo de retornar. Abraçam-lhe com ternura para logo depois, lançá-lo num calabouço de desespero e solidão. Ouvem cada voz interior sua e ignoram cada possibilidade de lucidez. Ignoram seu cansaço, ignoram seu vazio. Apenas não se importam. Despedaçam sua alma como se fossem donos dela. Residem em sentimentos como lealdade e honestidade, em sorrisos que nunca lhe pertenceram e deduções que vagam na eternidade. Insistem em dizer que tudo ficará bem uma, duas ou três vezes. O tempo é eterno, o passado é irreal. Monstros vivem de… ilusões.
Existem rumores de que um estranho, uma subespécie de monstro habita as condutas de esperança da alma.
Evidências e traços misteriosos cercam a mente humana. O ser humano é duvidoso e excecional, fugaz e magnífico, poético à sua forma doente de ser. Imperfeições são evidências, traços perfeitos daqueles que acreditam em si.
Não posso definir o peso das correntes que cercam minhas mãos, muito menos definir o amor que irei receber do mundo, embora simplesmente acredito que a vida não irá dar mais dor do que posso suportar.
Não existem monumentos em minha homenagem, nem mesmo canções em meu nome, mas reconheço no mais sublime amanhecer que o pesar dos sentimentos e o clarear das emoções não serão em vão, pois eu sei que possuo um sonho.
É nossa luz, não nossas sombras que nos assustam. Você precisa cavar fundo, muito fundo para descobrir o que realmente lhe faz feliz.
Dizer que não conseguimos é simplesmente fácil, mas sequer conseguimos olhar para nosso interior e descobrir o que fazer e como fazer, queremos possuir um porto seguro, mas sequer notamos a tempestade se aproximando.
Em algum momento além de caminho percorrido, você percebe que rosas machucam se tocá-las nos espinhos e que pessoas se afastam conforme tudo o que já dissemos e fizemos. Estar sozinho não significa estar solitário, mas estar solitário significa procurar por algo que você nem sabe o que é. A procura de ao menos paz para o coração. A procura de um coração.