Faz de Conta Qu eu Acredito
PERNAS
Era nas tuas pernas
Macias
Morenas
Espelhando desejos
Que eu encostava a cabeça minha
Quando não tinha
Aconchego nem beijos.
Pernas não são eternas
Fraquejam
Perdem brilho
E cor.
Depois resta a saudade
De um tempo de ardor
Que alimentava o amor
Nas tuas pernas
Fraternas
Quentes
Que guardavam cavernas
Ferventes
Ardentes
No tição
Da paixão.
(Carlos De Castro, in Há Um Livro Por Escrever, em 15-04-2023)
Existe um i
que andou por aí
falando de mim
junto com um a
disse que eu ia
onde nunca
pensei em ir
bem vagais essas vogais
A vida me ensinou aos dez anos, que eu deveria apenas viver
aos vinte anos ela provou que a realidade era bela e estava na melhor fase
aos trinta, que seria interessante sonhar, traçar planos
aos quarenta novamente a vida indica que viver deve ser prioridade
aos cinquenta ela mostra que os sonhos ainda podem se realizar
aos sessenta tudo que se quer é paz e viver um pouco mais
aos setenta entende-se perfeitamente o que é lucro, pois cada dia é um ganho
aos oitenta começa a provar que assim como aos dez anos de idade viver é a melhor coisa que existe, porém com aquela sensação de dever cumprido....
Tua presença
Se alguns sentimentos bons passaram a ganhar sentido com a tua presença então eu quero me alimentar do teu cheiro, da tua respiração e dos teus sorrisos cada vez mais.
Não há mais espaço para as antigas máscaras, que um dia eu usei para me esconder. Hojeeu sou livre, não há mais amarras, enada do que fui pode me prender.
Sou um livro em branco pronto para escrever, um jardim a desabrochar, uma história a contar, enada do que fui pode me deter, nada do que fui me veste agora. Pois a alma que habita em mim é outra, é diferente, é capaz de sentir novas emoções, de amar de formas inéditas, de enxergar a vida com mais cores, e de vivê-la de modo mais autêntico.
Assim como as roupas se desgastam, também meus antigos padrões foram se desfazendo, se desmanchando, e dando lugar a novas sensações, poisagora eu sou livre para me reinventar, para encontrar um novo agora. A beleza está nessa evolução, em se permitir mudar, em se permitir ser outra versão.
A vida é um eterno renascer, uma metamorfose que não para, e a cada dia que passa me torno mais eu. Livre, autêntico, fiel somente ao meu eu. As águas que fluem nunca são as mesmas. E é na dinâmica do vir a ser, que encontramos a nossa verdadeira razão de viver.
Eu estava pensando como eu estava triste, mas no começo do ano você chegou na minha vida e me alegro e agora não consigo ficar sem falar com você pois foi você que me tirou da depressão e me alegro, Aceita namora comigo?
Eu não me distanciei de você, - você que me distanciou de você, mas eu quero mudar isso se você deixar.
Minha filha não conheceu meus pais
mas eu conheci meu neto
Por isso faço versos
para que ele saiba
o que meus retratos sentiam por dentro
VADE RETRO SATANÁS
Vade!
Afasta-te de mim, Satanás
E se não fores capaz,
Eu levo-te à Boca do Inferno
Aquele penedo eterno
Que na história e nos anais
Fica ali na Guia de Cascais
Ao sul deste Portugal profundo
Que ainda crê no Demo
Do inferno extremo
Do outro lado do mundo.
Ó diacho!
Não é preciso ir mais longe…
Empurro-te daquele penedo abaixo
E cais no oceano em chamas
Onde proclamas
Não seres demónio mas monge.
(Carlos De Castro, in Há Um Livro Por Escrever, em 30-04-2023)
Tenho esperanças...
Tenho esperança que um dia, onde quer que eu vá, eu veja solidariedade e fraternidade genuína, que as pessoas desejem o bem independente da cor, da condição social e de suas escolhas;
Tenho esperança que as pessoas antes de julgar o desconhecido, sejam antes conhecedoras das coisas para evitar erro, assim como julgamos seremos julgados;
Tenho esperança que o invisível será visível e que a empatia seja a "bola da vez", sem esperar nada em troca;
Tenho esperança que seremos melhores como seres vivos, seremos gratos com a natureza e a trataremos como ela merece, todavia, não sobreviveríamos se ela não mais existir;
Tenho esperança que haja respeito ao outro, as famílias, as crianças... Que ninguém tente destruir uma família para buscar seus próprios interesses, afinal, "O que Deus uniu o homem não separa", que sejamos pessoas que levantem a bandeira em prol da família! Não as infidelidades, não ao desamor... Não a prostituição...
Tenho esperança que um dia evoluiremos o nosso modo de pensar, seremos mais conscientes, que as criações vindouras não nos mate, que desejemos apenas o necessário para viver bem e em harmonia.
Tenho tantas esperanças dessas e outras coisas que não caberiam aqui.
Bom, a primeira coisa a se fazer é ter esperança não é?
Eu sinto a vontade de chorar, de vez em quando ela vem me visitar. Não há razão, não há motivo.
Apenas uma tristeza que eu não consigo explicar, compreender ou ignorar.
Deixar a dor fluir e não mais me preocupar, pois às vezes é preciso chorar para se curar.
É como se fosse uma ferida antiga, que insiste em não cicatrizar. E quando menos espero, ela grita, e me faz de novo sangrar.
Talvez seja a dor do passado que ainda não aprendi a lidar, ou o medo do futuro incerto que me faz querer me afogar.
Talvez seja o peso da vida carregada, ou a falta de amor no coração.
Uma tristeza vaga, que me acompanha.Talvez seja o peso da saudade que me aperta o peito como um laço, ou a melancolia da idade, que me faz pensar no tempo que passo.
Não sei se é fraqueza ou coragem deixar as emoções a me dominar, mas a dor que sinto é uma bagagem que em alguns dias fica difícil carregar.
Tudo bem, sem culpa, sem medo, sem pudor, porque às vezes é preciso sentir para se libertar dessa dor.
A vontade de chorar vem do nada, e eu me pego assim, sem explicação. São lágrimas que se recusam a cair, junto a uma tristeza que insiste em me seguir. Fico ali, sufocado em minha própria dor. Talvez seja porque eu já chorei demais, e agora a tristeza se tornou pesar. E é engraçado, porque é assim que a vida é, um monte de coisas que sentimos, mas não podemos explicar completamente, e mesmo quando tentamos, ainda não faz sentido.
Eu olho para o céu noturno e me pergunto se alguém mais sente como eu. Se há alguém lá fora que também está perdido e se sente tão sozinho quanto eu.
O que é que se passa aqui, neste peito que não se acalma? É o coração que dói assim, ou a alma que busca a calma?
É uma angústia antiga, que ressurge sem explicação? Ou uma dor que se consolida, e ganha força no coração?
Maldita dor que não tem remédio. É preciso se distrair buscando sentido, nessa vida tão cheia de tédio. Talvez um dia eu possa entender, por que essa dor veio a mim, e quem sabe eu possa encontrar alguma paz para o meu fim.
Eu gostaria de poder te mostrar todas as coisas bonitas que vejo, porque eu sei que você iria apreciá-las tanto quanto eu.
Às vezes, quando me sinto perdido ou sozinho, eu escrevo para você. Mesmo que eu nunca as envie, ou que nunca chegue a você.
Às vezes penso em tudo que escreveria se pudesse. Eu te escreveria textos de paz, para acalmar o teu coração. Eles seriam a minha forma de dizer que quero sempre seu bem.
Escreveria sobre os sonhos que sonho, sobre as lágrimas que choro, sobre a alegria que sinto, sobre tudo o que me faz feliz.
Eu te escreveria sobre a felicidade que sinto, sobre a dor que me consome, sobre a paz que procuro, sobre a esperança que me move. Sobre as vezes em que chorei e as outras em que tive esperanças. Sobre como o mundo mudou, sobre o que ainda não compreendo. Sobre as lições que aprendi e sobre aquelas que ainda não entendo.
Contaria sobre minhas noites sem dormir, e sobre como às vezes eu só quero sumir. Contaria dos sonhos que se esvaem em meio à rotina.
Falaria sobre as verdades que preferimos omitir, sobre a dor e sobre a cura, sobre a vida e sobre a morte, sobre a esperança que me faz continuar.
Sobre as músicas que me arrepiam a pele, e sobre os livros que me salvam da loucura.
Diria que a vida é uma merda, mas que vale a pena ser vivida. Diria que o amor é uma piada, mas que com você eu rio mesmo assim.
Diria sobre a dor que me rasga a alma, e sobre a felicidade que me faz sorrir, sobre a saudade que me corrói por dentro, e sobre a esperança que me mantém vivo. Só que eu não posso escrever tudo isso, não só porque você não está mais aqui, mas porque as palavras são limitadas, e o que eu sinto é infinito, como o universo que me cerca.
Por isso guardo tudo dentro de mim, e deixo que a vida me ensine que as coisas são como são, e que eu não posso mudar nada.
Mas ainda assim, eu escrevo, porque é a única forma que conheço de dar voz aos meus sentimentos, e de me conectar com o mundo lá fora.
Você não sabe, mas eu escreveria sobre o som da sua voz, raspando como um disco de vinil antigo, e que me faz lembrar de todas as noites que passamos juntos, sem um pingo de sono.
Escreveria sobre todas as coisas que me fazem sentir vivo e morto. Escreveria sobre o tempo, que passa tão rápido e cruel, e nos deixa com a sensação de que não fizemos nada como deveríamos. Sobre os mistérios que habitam a noite, sobre os segredos que o silêncio encerra.
Diria o quanto ainda é importante pra mim, e o quanto te admiro e respeito, e que cada pensamento meu, era pra ser um abraço quente em teu peito.
Escreveria tantas coisas que talvez até faltasse papel ou espaço para registrar tudo o que sinto. Escreveria inclusive sobre a escrita, e a liberdade que ela traz, e que talvez te faltou muito isso para enfim alcançar a paz.
Não sei, talvez seja melhor assim, deixar as palavras soltas no ar, e deixar que cada um as encontre do jeito que melhor lhe convier.
Eu amo algo que não sei, um sentimento tão profundo que vive em meu coração, hm sentimento sem lei, sem forma, sem explicação.
É como um raio de sol, que aquece minha alma fria, um brilho que vem do céu, e me guia em meio à agonia.
Amo algo que não vejo, que não posso tocar, mas sinto seu desejo, e não posso negar.
Eu amo algo que não sei, mas sei que é verdadeiro, e se um dia eu descobrir, será meu maior tesouro. Porque sinto com todo o meu ser, e enquanto o meu coração bater, esse amor nunca irá morrer.
Eu amo algo que não sei, algo que não posso explicar, um sentimento que não sai, e que me faz sempre sonhar.
Talvez seja um sonho de um dia, ou uma lembrança de um passado, mas sei que nunca me deixaria, pois é algo que sempre me tem amado.
Sigo buscando sem saber, sem entender o que é, nem porquê, mas feliz por ter esse sentimento, que me leva sempre ao contentamento.
É como um vento que sopra, sem rumo, sem direção, mas que traz em si uma força, uma emoção sem explicação.
Não sei o que é esse algo, mas sinto que é parte de mim, e por mais que eu tente explicar não encontro palavras assim.
É uma sensação que me invade, e me faz querer viver esse amor que não sei o que é, mas que me faz feliz, sem perceber
Talvez um dia eu descubra o que é esse amor que não sei, enquanto isso, sigo amando, sem me preocupar em entender o porquê.
Talvez seja uma loucura, um delírio sem sentido, mas é a minha verdade.
Às vezes tento explicar, mas as palavras parecem insuficientes, e é como se eu estivesse tentando descrever uma cor que nunca foi vista.
É como se me guiasse nessa jornada sem rumo ou destino.
Não sei, e talvez nunca saberei, apenas uma sensação que me invade, um desejo que me consome.
Não posso explicar o que é, nem definir o que sinto, mas sei que é forte e intenso, e não me deixa em paz.
Talvez seja um vazio que tento preencher com uma busca incessante por algo que não tem nome. Apenas sei que esse sentimento me move e me inspira, me faz escrever versos soltos, é o que me faz sentir vivo.
É como um fogo que arde sem explicação, uma chama que me consome dia após dia, sem que eu possa controlar sua combustão.
É como uma sede que não se sacia, um desejo que não tem nome ou forma, uma angústia que me acompanha sempre, mesmo quando tudo parece estar em paz e normal.
Talvez seja uma loucura passageira, ou talvez seja um amor que ainda não conheço, uma paixão que ainda não encontrei, uma conexão que ainda não estabeleço.
Eis um mistério que não se desvenda. Amor, ou o que quer que seja, uma vontade incontrolável que sinto em meu ser, de seguir em frente e não desistir.
Às vezes tento explicar aos que me rodeiam, aos que me questionam, mas não há palavras, não há gestos que possam traduzir a intensidade desse sentimento.
Simplesmente é uma brisa suave que vem e vai, uma presença que não consigo enxergar.
Talvez seja a liberdade que sinto, ou a felicidade que me invade sem aviso, quem sabe uma ânsia que me faz querer mais. Talvez seja o medo de não saber, ou a esperança de um futuro indeciso.
Não sei o que é, mas amo mesmo assim. Não sei como será o futuro, se algum dia terei esse amor em minha vida, mas por enquanto amo à distância, com toda a intensidade que meu coração é capaz de sentir.
Não sei explicar o que sinto, nem sei se quero entender, só sei que amo algo que não sei, e que é algo que me faz crescer.
TALVEZ AMANHÃ ONTEM
Talvez…
Eu te conte o que não soube
Dizer-te
Ontem
Por causa das tuas
Palavras cruas,
Como pedras das ruas
Geladas
Que me atiravas
Sem dó nem piedade.
Talvez…
Amanhã eu não te saiba
Dizer nada
Porque nada sei
Do que soube
Ontem,
Que já era hoje
De madrugada.
(Carlos De Castro, in Há Um Livro Por Escrever, em 01-05-2023)
"Passos"
Naquela bolha onde eu respirava
Meu coração estilhaçado
Sangrava fio a fio
Minava meu sorriso
Minha alegria
Um dia o sol parecia não ser mais tão belo
Um dia meu sorriso se apagou
Esvaiu pelas frestas da ferida
Como água fervente
Que a pele derretia
Foi um barulho tão terrível
Que o silêncio ecoou
Onde está as fibras da minha alma
Onde em que abismo se encontra
Meu incoerente , insípido
Coração....
É quase como se eu pudesse viajar no tempo
Fecho os olhos e consigo estar lá
Quando ainda não era
Quando ainda não havia deixado de ser
Louco pensar no conceito de passado
No futuro que parece tão distante
E no presente que muitas vezes julgamos insignificante
A única coisa que não podemos mudar é o tempo
O ponteiro do relógio está regendo as leis do universo
E nós o contamos como fazemos com todo o resto
Quantificando sem entender
Sem perceber
O tempo está passando
E nada permanece o mesmo
A pele tende a se enrugar
Pessoas, ora ou outra, vão nos deixar
A comida vai esfriar
A bebida, esquentar
Vai restar no fim de tudo
Bem vagamente
A lembrança como resquício histórico
A saudade vai apertar no peito
Mas nada mais poderá ser feito
Com a alma tão cansada,
Caminho sem rumo certo,
A tristeza me acompanha,
E eu sigo sempre incerto.
As lágrimas escorrem pelo rosto,
E o coração aperta de dor,
A vida parece um peso imenso,
E eu já não sinto mais amor.
Eu vi a dor me abraçar e me esmurrar sem nada poder falar...
Eu vi o desprezo de mim zombar sem nada poder falar...
Eu vi o abandono me levar nos braços daqueles que deviam me amar...
Eu vi a solidão me tomar sem nada poder falar...
Eu vi o medo me dominar sem nada poder falar...
Eu vi a escuridão me tomar sem nada poder falar...
Eu vi no sorriso fingido o amor não correspondido, sem nada poder falar...
Eu vi e tive que aprender a conviver com quem me desprezou e nunca um gesto sincero nem uma palavra de amor para mim falou, apenas o vazio e a dor sem nada poder falar...
Eu vi os que falaram palavras lindas cometerem coisas horríveis sem nada poder falar...
Eu vi sozinho no corredor da morte minha vida escorrendo como um rio...
Eu vi tudo que eu era e tudo que nunca fui, vi tudo que perdi e tudo que nunca terei sem nada poder falar...
Eu vi meu corpo no chão sem direção alguém de repente tocou meu ombro uma voz eu ouvi
Estou e estarei contigo por onde fores, eu pude falar, eu não conhecia Deus mas dali em diante nada mais eu pude duvidar, nele eu posso confiar
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
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