Faz de Conta Qu eu Acredito
Cada novo conhecimento importante que se faz decompõe-nos e volta a compor-nos. Se esse conhecimento for da maior importância, passamos por uma regeneração.
O hábito é que me faz suportar a vida. Às vezes acordo com este grito: - A morte! A morte! - e debalde arredo o estúpido aguilhão. Choro sobre mim mesmo como sobre um sepulcro vazio. Oh! Como a vida pesa, como este único minuto com a morte pela eternidade pesa! Como a vida esplêndida é aborrecida e inútil! Não se passa nada, não se passa nada. Todos os dias dizemos as mesmas palavras, cumprimentamos com o mesmo sorriso e fazemos as mesmas mesuras. Petrificam-se os hábitos lentamente acumulados. O tempo mói: mói a ambição e o fel e torna as figuras grotescas.
A técnica é um criado que faz tanto barulho a arrumar a sala ao lado que os patrões não conseguem fazer música.
O ingrato merece indulgência, realmente; o que ele faz, tão-somente, é confundir-se com o seu benfeitor.
Não é de forma alguma um pequeno número de fortunas colossais que faz a riqueza de um país, mas a multiplicidade de fortunas medíocres.
O verdadeiro patrão é alguém que participa apaixonadamente do trabalho que fazemos, que o faz conosco, e através de nós.
