Familia tem de ser Careta- Lya Luft

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O amor se perde na correria diária.
Nos pequenos gestos ao final do dia. nas palavras não ditas, e por não serem ditas são esquecidas.
Lamento que o amor decida a hora de partir. Mas nunca vai de uma vez. Amor se alimenta de vida.

A experiência modera anseios, tira a angústia e dá uma certa leveza a vida.
Beleza e juventude são efêmeros.
O que acumulamos de essencial para o nosso viver, carregamos dentro de nós para sempre.

Desembrulha teus eus, remate seus nós, refaça seus laços.
Vida é isso, inventos, beleza, imprevisibilidade.

A vida não é um conto de fadas, menina, mas é mágica quando aprende-se que a magia é viver bem com vc, entre encantos e desencantos.
Sempre amarradinha na fé.

Podemos fugir do mundo inteiro,mas dentro de nós existe uma estrada que só a gente pode trilhar e em algum momento o confronto com nós mesmos será inevitável.

Se a sociedade está podre, você não pode culpar a janela pela paisagem.

Os amigos nos traz alegria, bem está,
energia, e mais batidas no coração só pelo fato de dividir emoções.

⁠A justiça é cega, mas não é tola.

A liberdade de expressão se fortalece quando o jornalismo imparcial é exercido todos os dias.

Estão enganando você, pois seus atos não passam de imitações que você viu algures.

O amor é uma construção neoliberal

⁠Há um buraco negro em meu peito,
um abismo que devora a luz que sou,
deixando a minha alma inquieta, fora da órbita.
Um universo na minha mente se expande,
planetas de pensamentos que colidem e se metamorfoseiam;
tanta imensidão não cabe neste corpo tão diminuto,
que agoniza sob o peso da própria grandeza.
Meus amores e sonhos, infinitos na sua finitude,
são tão distantes quanto as estrelas que piscam longínquas.
Ah... metafísica! Em nenhum mundo encontro disposição,
apenas o fardo de estar indisposto,
cansado de aqui, cansado de lá,
Alá me acuda, ou Deus, que fiz eu aos deuses?
Estou cansado de teologia,
cansado de qualquer lugar que me aprisione.

⁠Na calçada onde o concreto se racha,
Sob passos apressados, vejo figuras:
Mendigos, esses monumentos esculpidos pela dor e pelo abandono,
Partes da paisagem, sombras de aversas.
Estátuas esquecidas em praças que ignoramos,
Com rostos e histórias, mas nós, indiferentes,
Passamos como se o tempo não os reclamasse,
Mergulhando na rotina, nas horas lentas.
Hoje me interrogo: o que é ser visível?
A roupa que visto, o bem que acumulo,
É só camuflagem, armadura que me isola.
Sob essa fachada, frágil e cativa,
Sinto a tênue linha entre ser e não ser. Vida miserável...
Eu, que me nomeio alguém, sou apenas um rosto entre muitas máscaras,
Um nome sem significado na memória do mundo.
Se eu me apagasse, quantos chorariam a ausência?
A vida seguiria, indiferente às minhas lutas.
Um mendigo cai, e a rua devora o corpo,
Com a mesma indiferença que o ignorou em vida.
Passam as gentes, a calçada permanece,
E a vida avança, sem pausas, sem lamentos.
A invisibilidade é pena pesada;
E eu, tão próximo desse triste destino,
Percebo que o meu endereço é só um nome,
Uma casa, talvez, mas não um lar.
Fernando disse sabiamente: “Hoje não há mendigo que eu não inveje,
Só por não ser eu.” Na imensidão citadina,
Todos somos mendigos, de afeto, de memória, de um sentido,
Buscando ser vistos, mesmo que por um breve instante,
Nessa profunda solidão que é viver.

⁠Que hoje você encontre beleza nas pequenas coisas,
acolhimento nos silêncios
e força até nos passos mais lentos.

Que o seu dia seja leve,
incrível e abençoado —
do jeitinho que a sua alma precisa.

Edna de Andrade

⁠Eu te vejo.
Sei que você faz muito, mesmo quando não aparece.
Sei que você aguenta mais do que deveria.
Sei que você cala, pra manter tudo em paz.

Mas eu tô aqui pra te lembrar:
Você também merece colo.
Você também merece ser cuidada.

— Edna de Andrade
@coisasqueeusei.edna

⁠Eu te vejo. Inteira.
Não pelo que você faz, mas por quem você é.
Não pelo que oferece, mas pelo que carrega.

Você não precisa se provar.
Quem é de verdade, fica —
porque reconhece a sua alma antes do seu esforço.

— Edna de Andrade
@coisasqueeusei.edna

Quantos pedaços seus existem por ai? Quebrados, espalhados, entregados.. Nascemos 'um', partimos 'vários'. Durante a vida alguns encontros nos despedaçam, enquanto outros nos fazem querer se entregar quase por inteiro. Muitos querem um pedaço mas são poucos que, quando tem, carregam pra sempre consigo.
Levamos conosco várias partes de outros alguns. Sou pedaço de mim, dos meus pais, de quem amei, de amigos.. somos MOSAICO! Sou hoje tantos! Tento me entender, mas sou mistura. Sou muitos outros que também não se entendem e que são mistura de outro alguém. Deixei muito de mim na pessoa que amei. Ela se foi e me levou com ela. Não sei se de longe cuidou da parte que levou, mas o que ficou pra mim foi pouco. Vazio. Me sentia desmontado. Fraco. Algumas partes que ficaram em mim se desgrudavam de encontro ao chão. Pessoas próximas juntavam e tentavam reorganizar mesmo sem saber como. Nem eu sabia. Não lembrava mais como eu era. Como era a "organização" de cada parte minha. Mas não importava. Aquilo era um eu que já não existia, que abria a porta pra outro chegar. Uma nova configuração. Viajei, conheci, chorei, esqueci.. alguns pedaços até joguei fora, mesmo muito me faltando. Queria estar completo de novos pedaços. Belos. Hoje to colorido, esperando pra ver como será que vou estar amanhã. Se vou me quebrar, me doar, achar o que falta ou se talvez eu recomece tudo de novo. Acredito que a beleza esteja ai: no recomeço. Ao contrário da Fenix, que volta a vida, nós apenas esvaziamos e preenchemos nosso mosaico de maneiras diferentes e essa 'diferença' é que faz tudo ser mais lindo. Mesmo assim, tem quem prefira não mexer em nada. Ter todos os ladrilhos simétricos, da mesma cor. Mas isso não dura muito, a vida não deixa. Tem gente que se monta pra desmontar. Ha também quem prefira sempre se reciclar e que troca as vezes vários pedaços por um único daquela pessoa que quase não tem. Mas esse único é tão lindo e singular que preenche muito mais. Bom, hoje não tento mais entender. Aprendi a me admirar, mesmo estando as vezes vazio, as vezes colorido, as vezes quebrado e outras polido.. É ai que mora a paz. Somos pedaços, somos arte, mesmo despedaçados, por que somos MOSAICO!

Mateus Ribeiro de Aquino
@mateusribeir0

"Hoje acordei cinza

Dentro de mim morava o desassossego

Morava a inquietude por algo que nunca vi

Acordei minhas pernas e sai em busca do nada

Passei por uma moça que fazia da rua sua casa e sua cama de pedra lhe aquecia do calor insuportável que me queimava a roupa.

Me sentia despido perto de tanta falta

Passei por algumas centenas de pés enquanto vagava por horas atrás do incerto
Pés esses que andavam depressa
Que sem dúvida eram mais rápidos que meus olhos

Pés descalços que se queimavam ao tocar na cama da moça de pedra.

Me senti invadindo um espaço que deveria ser de todos

Mas até ai a palavra dever já havia sido enterrada possivelmente bem longe daqui
Talvez em outro país

Mas eu nunca sai daqui

Parei no meio daquilo tudo e olhei pro céu

Não é que ele ainda estava lá

Ele era chuva, ele era como eu

Mas era cinza por fora enquanto assim era lá dentro de mim.

Será que longe ele ainda é azul?

Os canhões da cidade nunca vão nos deixar saber

Eles não deixam escolha, ser cinza já era obrigação

E não saber se ia chover já era normal

Essa sombra negra que se confundia as nuvens já era o que nos cercava a cabeça a tempos

Mas os pés eram rápidos demais pra enxergar.

Palmei meus ouvidos, me enrolei no meu corpo dormente, ainda de olhos trancados, e por um segundo descobri o que me inquietava

Lembrei o que me faltava

Era a paz, que a tempos não vinha nos visitar
E que possivelmente já havia ido embora
Junto com o dever

Junto com a moça

Junto com os pés
Junto com o céu

E junto com o meu sossego.

Agora vou procurar por esse lugar onde eles foram parar
E se um dia você quem os encontrar

Não me avise

Aproveite o que é quieto
Por que se eu os achar

Prefiro matar meu desassossego primeiro

Do que perder mais uma vez pra quem deles não sabe cuidar"


Mateus Ribeiro de Aquino
@mateusribeir0

A imprecisão vocabular, num adulto, é prova de mente confusa. A falta do senso das proporções, prova de desonestidade inconsciente.
Você aprende português e matemática -- isto é, quando aprende -- para se vacinar contra esses dois vícios.

Não há nada mais machista do que a natureza. Com exceção das hienas, o império do macho é universal entre os mamíferos. Com certeza é uma construção cultural imposta aos bichos pelo Estado burguês.