Fala Comigo

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Sonhei que você sonhava comigo, parece simples, mas me deixou inquieto.

Eu sempre me importei mais com os outros do que comigo, sempre protegi o coração das pessoas e não me importei muito com o meu, sempre achei que se as pessoas que eu amasse estivessem bem me bastaria. E realmente, bastou. Mas, às vezes, até o bastante é pouco. Aí você entende o quão ruim é querer e não ter.

Sonhei que O Astro dizia que o único signo que combina comigo é o "banana flambada". (inferno de regime, eu nunca mais durmo com fome).

Ele quer sacanagem comigo, mas daquele tipo de sacanagem pura com direito a perguntar baixinho "tá doendo"?

Eu não quero alguém para me fazer feliz,
eu quero alguém para construir a felicidade
junto comigo. :)

Vem sentar-te comigo, Lídia, à beira do rio

Vem sentar-te comigo, Lídia, à beira do rio.
Sossegadamente fitemos o seu curso e aprendamos
Que a vida passa, e não estamos de mãos enlaçadas.
(Enlacemos as mãos.)

Depois pensemos, crianças adultas, que a vida
Passa e não fica, nada deixa e nunca regressa,
Vai para um mar muito longe, para ao pé do Fado,
Mais longe que os deuses.

Desenlacemos as mãos, porque não vale a pena cansarmo-nos.
Quer gozemos, quer não gozemos, passamos como o rio.
Mais vale saber passar silenciosamente
E sem desassosegos grandes.

Sem amores, nem ódios, nem paixões que levantam a voz,
Nem invejas que dão movimento demais aos olhos,
Nem cuidados, porque se os tivesse o rio sempre correria,
E sempre iria ter ao mar.

Amemo-nos tranquilamente, pensando que podíamos,
Se quiséssemos, trocar beijos e abraços e carícias,
Mas que mais vale estarmos sentados ao pé um do outro
Ouvindo correr o rio e vendo-o.

Colhamos flores, pega tu nelas e deixa-as
No colo, e que o seu perfume suavize o momento —
Este momento em que sossegadamente não cremos em nada,
Pagãos inocentes da decadência.

Ao menos, se for sombra antes, lembrar-te-ás de mim depois
Sem que a minha lembrança te arda ou te fira ou te mova,
Porque nunca enlaçamos as mãos, nem nos beijamos
Nem fomos mais do que crianças.

E se antes do que eu levares o óbolo ao barqueiro sombrio,
Eu nada terei que sofrer ao lembrar-me de ti.
Ser-me-ás suave à memória lembrando-te assim — à beira-rio,
Pagã triste e com flores no regaço.

Ricardo Reis
Odes de Ricardo Reis

Virás comigo, disse sem que ninguém soubesse
onde e como pulsava meu estado doloroso,
e para mim não havia cravo nem barcarola,
nada senão uma ferida pelo amor aberta.

Repeti: vem comigo, como se morresse,
e ninguém viu em minha boca a lua que sangrava,
ninguém viu aquele sangue que subia ao silêncio.
Oh, amor, agora esqueçamos a estrela com pontas!

Por isso quando ouvi que tua voz repetia
"Virás comigo", foi como se desatasses
dor, amor, a fúria do vinho encarcerado

que da sua cantina submergida soubesse
e outra vez em minha boca senti um sabor de chama,
de sangue e cravos, de pedra e queimadura.

Pablo Neruda

Nota: "Soneto VII" de "Cem sonetos de amor"

Não perca seu tempo comigo, porque não quero entrar no seu carro se eu não puder entrar na sua vida. Não me conte seu passado se eu não puder viver seu presente. Não faça planos comigo se não puder me incluir no seu futuro. Não me apresente seus amigos se, amanhã, vou virar só mais uma.

Às vezes eu falo pra mim mesma: isso não pode estar acontecendo comigo, definitivamente.

Não se preocupe comigo. Eu sou muito feliz.

Clarice Lispector
Montero, Teresa (org.). Correspondências. Rio de Janeiro: Rocco, 2002.

Nota: Trecho de carta escrita a Tania Kaufmann, em 1 de setembro de 1945.

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Passou. Pronto. Virei o disco, troquei de músicas, me renovei comigo mesma.
Me enxergo mais pronta, ‘me descobri’ mais inteira, mais leve para sentir, mais provada de aromas, mais… Minha. Hoje sou muito mais Eu-para-mim, do que Eu-para-nós.

Peço teu prato favorito,
e a bebida que você gostava de tomar comigo;
Vou aos lugares onde sorríamos juntos,
Pego o telefone... Quero, mas não ligo;
Falo do jeito que você falava,
adotei tuas expressões e até alguns de teus trejeitos;
Tudo apenas para atenuar a dor da saudade
e, de alguma forma, ainda sentir você comigo...

“Gosto quando se entrega pra mim. Quando demonstra que esta feliz por estar comigo, quando ri de qualquer coisinha besta que eu digo. Sei lá, isso me faz bem. Me faz pensar que você gosta dessa coisa de “estar junto”, e que nada mais te importa quando somos só você e eu.”

Era uma aproximação de alma que rolava comigo, com você (...) pessoas sensíveis, que têm uma alma parecida.

Se você precisar de uma mão, conte comigo, eu tenho duas.

Esse negócio de não sofrer por antecipação não funciona muito comigo não.

Não gosto de cara feia. De verdade. Se você tem algum problema comigo é só dizer. Me chama pra conversar e a gente fala sobre isso. O que não suporto é gente carregada, com humor azedo, cara de bunda e que está sempre suspirando, relinchando, como se a vida fosse um fardo, como se carregasse o mundo nas costas. Não tenho paciência pra esse tipo de gente.

Rosa Vermelha

Trago uma rosa vermelha
aberta dentro do peito
e já não sei se é comigo
se é contigo que me deito.

A minha rosa vermelha
mais parece uma romã
pois quando aberta de noite
não se fecha de manhã.

Trago uma rosa vermelha
na minha boca encarnada
quem me dera ser abelha
de tua boca fechada.

Trago uma rosa vermelha
não preciso de mais nada.

José Carlos Ary dos Santos

Nota: Composição de José Carlos Ary Dos Santos/Alain Oulman, voz de Amália Rodrigues

A vida tem sido muito dura comigo, mas ao mesmo tempo tem me ensinado muita coisa.

Quando me vi tendo de viver comigo apenas
E com o mundo
Você me veio como um sonho bom
E me assustei