Eu Vi ela Desejando outro
A gota e a lágrima
Que lágrima é essa que se mistura
As gotas dessa ducha
De tão mais quente que a gota
Sei exatamente qual é
A que limpa e a que arde
Mas quando chegam ao ralo
Parecem iguais:
A lágrima e a gota
Mas só eu sei que
Uma lava
Uma é lava
SEM TÍTULO
Ora, pronto.
Justo a mim, coube ser eu: um poema sem título!
"SEM TÍTULO!" - já está me retirando algum prêmio sem eu nunca ter ganhado um.
Ora, sem título. Sem título não dá direção! Sem título pode ser... qualquer coisa!
Qualquer coisa que não tenha título, domínio, vida, cor.
Sou sem.
Queria ter um título bonito como os outros poemas têm.
"Carrossel", e a tratativa seria sobre, o giro da morte. O lento e colorido toque
suave da vida em Paris que te mata em praça pública.
Quem sabe, "Pégaso", e recitaria sobre um romance onde seus cabelos escuros me
lembravam a constelação que meu avô me mostrava enquanto um cheiro doce de bolo
quente de cenoura com cobertura açucarada de um chocolate pretíssimo (como era
possível aquilo? tal como a constelação, e seus cabelos...) invadia nossos
narizes, meu e de meu avô, apontados pra Pégaso.
"Sol". E escreveria qualquer besteira quente, laranja, tropical, caribenha com
alguma decepção terrífica em alguma parte. "As águas eram tão claras que deu pra
ver que tudo era dor."
Em "Acetona", eu diria como meus pais removeram todos os meus sonhos de esmaltes
coloridos, e é por isso que você nunca vai me ver fora de uma paleta terracota.
Em "Plot Twist", declamaríamos que, no início, eu era quase uma crônica e fui morto por meus pais, armados de acetona, que me dissolveu em um poema lírico
tenebroso.
Mas quando você me coloca SEM TÍTULO, os olhos que me percorrerem jamais vão
ter lido sobre a ilusão de Paris, sabido qual constelação meu avô me ensinou,
qual era o bolo de minha avó, a cor dos seus cabelos, o que a clareza das águas
caribenhas revelavam, qual arma meus pais usaram pra me matar, e qualquer
reviravolta minimamente interessante sobre ser crônico-lírico.
Se quiser falar de Deus
Antes me explica
O porquê dessa partida
O amargo da distância
Esse escuro sem saída
Essa dor sem esperança
Me ouve, antes
De falar de um tal de Deus
Ele te deixou inteiro
Antes de espalhar a palavra
Toma cuidado
E olha se ele te escolheu primeiro
Agora que o mundo acabou
E o tempo parou
Deu pra perceber
Que é preciso renascer
E prestar atenção
Quando alguém te dá a mão
Tolerar o intolerável
Suportar o insuportável
Enxergar
Esse vácuo
Perdido nesse espaço
Cada beijo desperdiçado
É um minuto desesperado
Em que o tempo tá de blues
Se perguntando:
Por que eu tô passando errado?
Não é impossível
Uma forte flor
Estufar o concreto
E nascer amarela
Mesmo debaixo de todos os paralelepípedos
O vento
Ainda que me sinta pesada
Andando por aquele espaço aberto senti que o vento me levaria num instante
Porque nada sou
E o nada o vento leva...
"Um século um mês
Três vidas e mais
Um passo pra trás?
Por que será?"
Em
Será estúpido
Achar que é o fim
Quando não pertence a mim
A sentença de um destino
Que eu não sei a próxima nota?
Mas que geralmente é Mi menor
Inteira
Vem pro abate
Embate
Qualquer não-querer
Não é você
Arranca essa força
Floresce que de tanto
Estufa o concreto
Te faz aparecer
A vida ali que carrega
Mesmo abaixo de uns paralelepípedos
Deu certo
Chama o Samu
Não sinto, transbordo; não sofro; dilacero. Sangro pelos poros todos mas não dá pra ver. Dá?
Quase morri, e tipo Brás Cubas, no primeiro dia pensei em me matar, no segundo virei padre, no terceiro escrevi uma carta pra Marcela... aquela coisa toda. Não sei se nessa ordem. Um caos.
E referenciando de novo algum brasileiro de alma rasgada: Ei Renato Russo: se minha voz tivesse força igual a imensa dor que sinto, meu grito acordaria não só minha casa, mas uma galáxia inteira.
Nosso amor
Lindo fora o nosso amor
Jurado ao luar
Justificado pelo ardor
Sem previsões de acabar
Ah como fora lindo
A combinação de nosso pulsar
Relembrando esses dias
Incito-me a chorar
Triste amor de carcereiro
Amor que quer me aprisionar
Há um universo a fora
Universo que eu quero desbravar
Oh caro amor
Ainda quero te amar
Mas como hei de fazer isso?
Tu só sabes me agoniar
Infeliz carcereiro
Carcereiro que deseja me amar
Compreendo sua dor
Mas não deverias me maltratar
Isso é triste
Isso é deprimente
Mas não deveria me angustiar
Se meu coração clama por seu amor
Por que tu não podes me amar?
Nosso amor vazio
O qual fazia-me pulsar
Hoje deixa-me triste
Perdida no seu falar
Tantas promessas
Tantas falácias
Tantas palavras a se acreditar
Sua simpatia iludiu-me
Logo eu
Aquela que ansiava te encontrar
Acredito que um dia
Tu possas me demonstrar
Os sentimentos que em ti residem
Aqueles que fizeram-me apaixonar
Oh juvenil amor
Deixar-te assim
Apenas traz-me dor
Mas não posso viver nesse mundo
Nesse mundo incolor
Meu querido carcereiro
Aquele que ousei amar
Por hora me despeço
Mas espero por um futuro
Um futuro em que possas me amar
Manequim
Naturalmente esperançosa
Naturalmente desesperançosa
Lamentavelmente melancólica
Pacientemente sem pressa
Enganadamente no aguardo
Terrificamente dialética
Surpreendentemente útil
Explicitamente chorosa
Densamente tristonha
Caladamente gritante
Curiosamente forte
Vitoriosamente tenra
Tardiamente estudando
Saudosamente suportando
Cuidadosamente ponderando
Normalmente arrependendo
Milagrosamente adormecida
Redencialmente tentando
Desesperadamente ansiando
Inevitavelmente aqui
Malbec
Achava que era tronco;
Achava que era árvore;
Atestava que era madeira da melhor qualidade.
Mas é uva.
Doce e macia na Argentina;
Na França, dizem que é amarga.
No Brasil, é cheiro.
Que grudou nas minhas paredes, nos meus lençóis e no meu próprio ar; invadindo os meus pulmões com o absoluto consentimento do meu coração; que aí, então, eu já nem tinha mais a escolha de retornar praquele oxigênio fastil, e ora, bem como se eu quisesse.
fiz um poema sobre voce,
gostaria que voce tivesse lido...
mas voce foi viver, foi nisso
que eu esqueci de viver
foi assim que me lembrava de voce
e esquecia de mim...
porém, a vida é assim
uns esquece, e outros lembram
mas os que lembram são os
que mais amaram, e osque mais
sentiram...
senti a sua partida
e a te hoje sinto ela
eu você dois filho e um cachorro a meio um filme bom ne agosto diz aiiii cê toba *gaby* *zoka* ingrid s2
Faxina
Nesse dia recebi tantas demonstrações
De carinho e de afeto
Que fiz uma faxina da tristeza e me vesti de alegria!!!
Joguei fora todas as lamentações…
Me despi das lamurias,
Me desfiz das mágoas…
São águas passadas!!!
E viva o que está por vir!!!
Que venham os outros anos…
Que venha a vida!!!
Wicca
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