Eu te Amo do Amanhecer ao Anoitecer
Eu nunca gostei de religião porque acho que foi inventada para domesticar o Homem, nos reduzindo ao nível de animais. Mas por outro lado, às vezes, com certa tristeza penso que é necessária: se mesmo domesticado o Homem é assim tão selvagem, mal e cruel, qual seria o seu nível de selvageria sem ela?
Eu sei que a morte faz parte da vida, mas dizer que eu não a temo é mentira, também não sou corajosa o suficiente para procurá-la, tampouco, desiludida o bastante para chamá-la. Resiliente a espero quieta no meu canto.
Embora exista coisas que o dinheiro não compra, eu acho que é demagogia dizer que dinheiro não traz felicidade, já que na falta absoluta dele é impossível que alguém seja feliz.
Dizem que a felicidade é simples, eu diria que não necessariamente. A minha por exemplo, nem sempre é assim. Às vezes, é extremamente fashion e esbanja luz, brilho, cor e purpurina.
Gente Bonita
Quando eu falo de gente bonita, não é de corpo que estou falando, é de astral, energia, sorriso largo, pensamento positivo, é de simplicidade que estou falando.
Quando eu falo de gente bonita, não é de corpo que estou falando, é de delicadeza, gentileza, leveza, amabilidade, é de afeto que estou falando.
Quando eu falo de gente bonita, não é de corpo que estou falando, é de generosidade, bondade, espontaneidade, é de reciprocidade que estou falando.
Quando eu falo de gente bonita, não é de corpo que estou falando, é de mãos estendidas, de abraços que enlaçam, de gestos de ternura, de olhares sem julgamento, de palavras de luz, é de prece nos lábios que eu estou falando.
Quando eu falo de gente bonita, não é de corpo que eu estou falando, é de caráter, principíos, valores, dignidade, é de respeito que estou falando.
Quando eu falo de gente bonita, não é de dinheiro que eu estou falando, é da felicidade de se alegrar com a felicidade e as conquistas do outro.
Quando eu falo de gente bonita, não é do corpo que estou falando, é de essência, empatia, é dessa gente que se perfuma toda por dentro e saem por aí como um bálsamo aliviando as nossas dores e deixando em tudo que tocam esse cheirinho de Deus!
Luto
O luto vestiu-me de lágrimas e, eu chorei por dias, semanas, talvez meses. Na verdade não sei por quanto tempo chorei, sei apenas que chorei até afogar a dor que dilacerava-me o peito. Sob esse oceano de águas salgadas sepultei meu sofrimento, virei as costas e continuei a vida, fingindo não sentir mais nada, exceto nos dias que a saudade mergulha fundo nesse oceano de memórias doloridas e traz à tona a dor de volta.
A cada novo desafio que a vida me impõe eu cresço, desenvolvo-me emocionalmente e espiritualmente e torno-me mais madura. Mas o meu coração não muda, ainda o sinto palpitar a cada nova experiência como se eu fosse aquela adolescente de trinta anos atrás, cheia de sonhos, borboletinhas no estômago e esperança no olhar.
Sob o fino véu da poesia, eu voyer da intensidade que singra por esses mares proibidos aplaudo silenciosa para não assustar a magia.
Eu acredito que, assim como os rios, nós também chegamos onde temos que chegar, independente das voltas que tenhamos que dar.
Último dia do mês
Gratidão também é prece e é por isso que eu termino esse mês abençoado agradecendo a Deus e às forças soberanas do universo que me conduz com sabedoria por esse emaranhado de mistérios que é a vida.
Agradeço por todas as minhas conquistas e as que estão por vir.
Agradeço pelas alegrias compartilhadas, pelas bençãos recebidas e por esse milagre lindo que é viver.
Agradeço pela esperança que até aqui acompanhou-me, pelo aprendizado, a superação, a força, a coragem e pelos livramentos.
Agradeço por esse mês lindo que termina e com a esperança em dias melhores renovada recebo o próximo.
Gratidão maio! Bem-vindo junho!
Você fez florescer a vida em mim de forma tão intensa, que eu sinto como se em mim fosse primavera o ano inteiro.
Às vezes, dá vontade de entregar os pontos, esquecer que eu já cresci, e como uma criança indefesa pedir colo pra Deus.
Todas as noites antes de dormir eu repetia o nome dele como se fosse um mantra, uma prece, fechava os olhos e no conforto dos lençóis mácios encolhia-me como criança indefesa aconchegada em seus braços, adormecia feliz e acordava cheia de saudades com o nome dele ainda na boca.
O meu compromisso é com o que, de fato, eu faço. O que a tua imaginação faz em meu nome não é responsabilidade minha.