Eu sou uma Mulher Super Perigosa
A Cada dia eu me emudeço
A cada minuto me desfaleço
Numa solidão de sentinela
No alto de minha janela
Pra capturar um poema
Seja de um triste ou alegre dia
Ou no por do sol escondido
Por um olhar desapercebido
Como um grito de criança
Na voz viva a esperança
Uma brisa discreta que passa
No telhado úmido a fumaça
Mesmo um pássaro voando
Entre nuvens brancas passando
Vai na esquina uma despedida
Criaturas de paixão nascida
Enquanto o abraço da noite
Sorrateira chega novamente
E passam as horas vorazmente
Eu fito meus olhos nas estrelas
Enquanto cai o orvalho nas flores
Das lembranças tuas os labores
E nas saudades minhas os amores
Do ritmo mecânico das horas
Uma máquina e um coração
Imaginam qual a emoção
No teatro da vida o momento
Que no espinho do tempo a dor
Colhe como recompensa a flor
A sorte da espera um amor
Nessa minha janela eu sonho
E com a boca desses olhos castanhos
Vou devorando a fruta madura
Doce como os poemas da vida
Enquanto no céu alaranjado
Vejo avião branco sumindo
Riscando segredos esquecidos
Então olho pra baixo e sinto saudades
Dos ruídos inocentes de criança
Brincando aos últimos raios de sol
Os pássaros voltando ao ninho
E um trem apitando perto de casas
Enquanto luzes vão se acendendo
E os cenários se rendem
À noite onde as pessoas se recolhem
Quase inconscientemente, eu me tornei um contador de histórias numa era em que a narrativa médica estava quase extinta. Isso não me desestimulou, já que eu sentia a influência das grandes histórias de estudo de casos neurológicos do século XIX. Eu era solitário mas profundamente realizado na minha existência quase monástica por muitos anos.
Eu penso poesia
Intuição à la carte
Reflexão prisioneira
Ao desarranjo harmonioso
Da ação libertadora
Minha asas mecânicas
Na fluidez automática do piloto
Velocidade irracional
Aplaudindo a estagnação
Combustão e loucura neuronal
Implodida, recuada
Vencendo a gravidade
Minha potência de agir descabida
Planta desnudada invernal
Com raízes de sangue suga
Extração do abstrato
Sem ar de arrogância
Sem pretensão de humildade
Em aguas turvas misteriosas
Encontros e desencontros
De partículas eternas
Navegar em meio as aguas
Nesse mar tranquilo ondulado
Isolado do mundo que só eu
Pensar do meu sonho fugaz
Ouvir das ondas uma voz
Arrastada por caracóis
Entre brisas e lembranças
Com esse cheiro de solidão voraz
Que nas cálidas noites sem lua
Do triste momento o meu anseio
Ser acariciado por tua mão nua
Eu posso ver os teus olhos
Com os azuis dos olhares meus
Mas meus mares você não vê
Com os azuis dos olhos teus
Ela é mais sentimental
Que eu
Ela voa
Fala com o mundo
Sem medo de perde
As vezes me perco
Querendo me achar
Em seu olhar
Ela é mais sentimental
Que eu
Sentimos juntas
A chuva cair
Mas só ela sabe
Amar
Dentre as mil formas de dizer "eu te amo", a que tem sido mais importante nos últimos dias: "como é que você está hoje?"
Às vezes sinto falta de quem eu era. No entanto, a certeza que acalma o meu ser é saber que a vida passa de forma inesperada e ligeira tornando a cada dia os meus passos mais velozes e incertos.
Eu sei que fiz besteira, sei que fui eu quem estragou tudo, mais você não tem noção do quanto eu sinto sua falta
Eu não quero mais escrever o que sinto. Eu não quero mas necessito. Eles me dizem que preciso focar no pressente, e esquecer o resto. Mas para mim é possível: eu vivo absorto nos três tempos - passado, presente e futuro.
Eu tenho tanta coisa
Que eu gostaria de falar
Mas as palavras fogem como água
Quando eu quero me expressar
A verdade é que eu me sinto
Sem forças pra continuar (caminhar)
A vida é muito inconstante
E nos prega muitas peças
Quem diria que um dia
Iríamos ter tantas promessas
De pessoas que só falam
Mas fazer não às interessa
Quem diria que viveríamos
A todo instante a nos perguntar
Do por que estarmos no mundo
Será que só foi pra chorar?
Por que a dor, ela existe
E insiste em nos acompanhar
Como seria interessante
Viver sem sentir dor
Não ter pesos em nossos ombros
Não sentir no peito o ardor
Das dores que a vida deixa
Junto com elas o amargor
É inútil falar tanto
Porque falando a dor não passa
Então eu sigo a diante
Sabendo que pra mim basta
Essa dor intolerante
Que no peito queima igual brasa.
Eu confundo as datas e as palavras, mas tenho certeza o que eu sinto por você, é pra vida inteira.
BN1996
29/11/2016
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