Eu sou uma Mulher Super Perigosa
Eu me sentia como os poemas de Bukowski, você como Clarissa Corrêa, eu era o Ringtone Psychosocial do Slipknot, e você Papel Machê do João Bosco, gostava mais de São Paulo, você era loucamente apaixonada por Manaus, eu me banhava na praia de Boa Viagem, você vivia as beiras do Rio São Francisco, eu café, você leite, eu fogo, você gelo, eramos equivalentes e totalmente divergentes, divergentes em tudo que gostávamos, e equivalentes em gostar das nossas divergências.
Tem dias que eu me escondo na sombra das lembranças, porque meu coração vive à gotejar suor de saudades.
A Morte
Há alguns minutos atrás eu fiquei pensando em como podemos ser surpreendidos a qualquer momento com uma situação realmente difícil. Quase não paramos para pensar nela, sobre ela, qual conclusão temos a respeito dela ou até mesmo se à aceitamos. Penso sempre que isto não vai acontecer comigo, muitas vezes ela vem sem avisar, somos pegos desprevenidos e quase sempre ficamos imaginando se devíamos ter feito algo a mais ou nos reconciliado, perdoado, esquecido o mal que nos foi feito. É uma palavra pequena, porém fortíssima, a morte. Você já está preparado para morrer? Já pensou que amanhã pode ser seu último amanhecer? Sua última noite? Última janta? Última briga? Último beijo? O seu último adeus. Acredito-me que não tenho medo da morte propriamente dita, mas sim da maneira como vou morrer, seja dormindo, assassinado, acidente, doença ou de velhice, uma morte natural. É mais uma maravilha misteriosa que Deus nos dá para não entendermos a sua sabedoria. O que significa morrer por alguém? O que significa morrer para o mundo? E a morte do corpo? Como podem existir tantas ‘mortes’?
Poucos de nós nos preparamos para o dia da morte, em geral, deixamos para pensar neste momento quando estamos à caminho de um hospital, quando soubemos de alguém grave acidente e se for com algum parente nosso, se for outra pessoa não pensamos, mas sem qualquer evento parecido, não paramos nem se quer para lembrar dela. Planejamos a vinda de um filho, mas nunca para a partida eterna dele, por quê? Porque não pensamos em morrer na nossa vida. Sim, uma frase com duplo sentido. Morrer e ser enterrado e perder a vida para salvar outras. Algumas pessoas podem não entender o que quero dizer, mas quando rezamos por alguém, dedicamos nossa caridade à alguém, morremos um pouco para nós e vivemos um pouco mais para está pessoa, ou seja, dando a vida pelo próximo, (Vejamos, se você ‘mata’ o seu homem velho, deixa de ser como era antes, então você renasceu, você morreu e ressuscitou então você se renovou. Isto é uma questão muito boa para se pensar, em como podemos deixar o nosso homem velho para trás. Mas é ai onde quero chegar). É lindo isso né?! Como pode a morte ser bonita Henrique? Como é possível enxergar beleza na morte?
Deixar o homem velho e ressuscitar com Jesus, o que precisa ser feito é simples mas o complicado é mudar nossos hábitos, vícios e manias que nos fazem pecar e assim, morrendo. Ser um homem novo não é só mudar suas atitudes, é também reconhecer que perante Ele não somos nada e precisamos sim cada dia mais buscar fazer o melhor para Ele e não para os homens.
Eu sempre vejo a morte de alguém jovem como uma salvação para no mínimo duas pessoas, a primeira para aquele que descansará e a outra ou outras vidas, são das pessoas que Deus salva através da morte de alguém, para viverem de maneira diferente. Talvez enxergar os seus erros, pecados, não para culpa-los, mas para fazê-los encontrar o caminho certo, a vontade de Deus. As pessoas nunca morrem atoa, tenham em mente isso, seja jovem, velho, rico ou pobre, Deus escreve corretíssimo. E vejo a morte de alguém idoso, como uma verdadeira recompensa, descansar e repousar em Deus, deve ser uma paz enorme não é mesmo? Não existe presente maior do que receber a vida eterna e ter ensinado gerações verdadeiros valores. Esta palavra morte muda vidas, talvez a sua mãe ou seu pai esteja longe de você hoje, o seu pai, sua mãe ou irmão, não é aquele que você quis que fosse, a sua família te envergonha, o teu namorado não te respeita, os seus amigos que você não aceita, o marido que não aceita a esposa e a esposa que não aceita os pecados do marido, o amanhã pode não existir pra algum deles, quanto tempo você perdeu julgando e matando eles no seu coração? Talvez Deus te chame amanhã e você disse para alguma dessas pessoas que você ama elas e que elas são importantes pra você? Porque quando Deus as chamar e você disser, estas pessoas ouvirão, mas não poderão abraça-lo e nem dar um beijo mais retribuindo o carinho.
Alguns de nós experimentamos a morte ainda em vida, é a chamada morte ôntica, a morte da alma, a morte do ‘não ser’, uma morte dolorosa, que conseguimos sentir, podemos enxerga-la e pior, vivemos ela. Podemos entrar nessa morte quando pecamos, quando manchamos nossa alma com o pecado, quando insultamos o nosso corpo e o Espírito Santo então é expulso de dentro de nós, por nós mesmos. Morremos assim também quando descobrimos que não somos nada, não somos importante para ninguém, não somos úteis, ninguém nos ama como achamos que deveríamos ser amados, quando Deus faz tudo ao contrário da nossa vontade e então, sofremos, pecamos, buscamos amores imperfeitos, prazeres, alucinógenos, viramos consumistas insaciáveis, buscando preencher esse vazio em todos os lugares onde imaginamos que vamos encontrar essa peça que nos falta, e o pior, longe Dele.
Morra todo dia para você mesmo, para o seu egoísmo, suas necessidades, suas vontades, faça seus próprios sacrifícios, se doe para quem você não conhece, reze, ore, peça por quem mais precisa, não espere a morte bater a sua porta para você sentir vontade de perdoar quem você gosta ou alguém que precise de perdão, não perca tempo olhando a tristeza que te rodeia, olhai as aves do céu, vosso Pai celeste as alimenta. Quem de vós pode acrescentar uma hora só a medida da sua vida? Buscai primeiro o Reino de Deus. Pelo milagre da morte e ressurreição muitos serão salvos.
Alegrem-se, coragem, ânimo irmãos, pois não estou sozinho e nem vós que lês.
Confio que Deus está agindo, onde eu não posso agir.
Confio que suas providências estão a caminho, mesmo que eu não consiga ver.
Confio que me susterá, mesmo quando eu não for capaz de crer.
Sua mão, sua poderosa mão, firmemente me fará prevalecer.
Ainda que as ondas rujam e queiram me amedrontar
Ao ouvir sua voz, imediatamente vão baixar.
Sinto o calor do seu olhar, a me conduzir, a me acalmar.
Sinto o aconchego do seu colo a me ninar.
Para outra vez eu dormir!
Meu farol pode cair, mas já que é imaginação humana, eu poderia sonhar quantas vezes eu quiser durante toda minha vida.
Eu vi também.
O jázigo dos pobres
Melancolia e saudade
Ai, a dor dos pobres homens
Ai, lá se vai minha mocidade.
Trechos curtos de longo alcance
Refletidos na luz do luar
Sereno pranto vi de relance
Também vi o amor acabar.
Sorrisos arregaçados também vi
Nas noites chuvosas vi também
Regai-me fruto de meu colibri
Jorrai meu sangue na escuridão!
Almas cansadas também atendi
Almas confusas atendi também
Ajudai o próximo como ajuda a ti
Sangrai bem pouco na imensidão!
Minha voz agora me falha
Minha visão me falha também
Erros tolos cometi na farra
Assustado, disse amém.
Já chorei por quem amava
E por quem eu odiava também
Inimigos que me odiavam,
Assustado, amava eles também.
Não me julgues por amar
Não me julgues se errei
Só me julgue se puderes
Me amar, como te amei.
Não me pinte como um santo,
Não me pinte como um rei,
Mas também não sou diabo
Sou humano e morrerei.
Eu prefiro que eu me escreva com o lápis,
porque ele é a mais pura humildade,
quando erra se apaga e corrige,
já a caneta,
é insistente e ignorante e SO pode ser corrigida substituindo-a.
com um véu de branco esquecimento...
Eu digo que você é a personificação da morte, porque desejo estranhamente tuas mãos em volta do meu pescoço. E que teus olhos persuadem, porque a partir do momento em que os olho, viro tua submissa, sem nem pensar nas consequências que teus pedidos podem me levar. Mas não há importância. Eu te devoraria metaforicamente pro resto do pequeno infinito que teríamos, de qualquer forma. Eu inventaria uma cura para todo tipo de câncer do mundo se isso me fizesse poder te levar do inferno até ao meu lado. Garoto, você é minha ruína. Interprete como quiser, mas entenda que nada é pior do que te escutar de longe e te ver perdido entre lábios vermelhos e irresistíveis. Tudo o que eu posso te dar são beijos apaixonadinhos, e amor, se tiver sorte. Talvez possa também te dar olhares amedrontados e um pouco de prazer, mas é só isso. Eu quero te levar para o fundo do mar, para o espaço, para o céu, ou inferno, se for mais apropriado. E então você descobrirá que eu anseio por você a tempo demais. E anseio por qualquer coisa que venha da tua boca, dos teus olhos, do teu corpo. Descobrirá que o que acontece em mim não é febre, e sim, desejo por você. Eu fervo por você. Eu entro em convulsão, eu decomponho. Eu enlouqueço. Eu continuo a mesma. Te faço ser minha cura. Te faço ser meu objeto se quiseres mudar as posições. Te faço sofrer. Te faço feliz. Te faço outro homem, embora você seja todo o mal e o bem em um só, de uma maneira positiva. Porque eu te vi chegar. E eu quis isso. Quis ficar eufórica, quis sair do monótono. Quis ficar acima da tua lista de prioridades. Quis ficar por baixo de você. Quis sentir teus lábios meus, fora de mim.
Quis sentir você dentro de mim.
Pensei que era inteligente por dizer o que eu pensava muitas vezes. Tem coisa mais burra que isso? Existe sempre aquela certeza boa de tô-fazendo-a-coisa-certa. Aquele orgulho absurdo em dizer eu-falo-tudo-o-que-penso. O que a gente ganha com isso? Mudando a pergunta: o que a gente ganha se gabando de dizer todo o bê-a-bá que pensa?
Cicatrizes existem, mas o rancor não mora aqui, eu garanto. Passou e pronto. E se ainda tá amassado, a gente sacode, disfarça e tudo fica bem.
Clarissa Corrêa
Enquanto eu não me convencesse que a culpa era sua, verdadeiramente sua, totalmente sua, escandalosamente sua e que era você, não eu que tinha que pedir desculpas, eu jamais seria capaz de me desligar de você. Mas agora parece que finalmente estou me desligando de você, estou arrancando essa erva daninha que era você no meu coração, estou limpando a fuligem que ficou nas beiradas, estou renovando meu coração, me renovando. Estou que nem me reconheço mais, rindo por aí sem motivo aparente, fazendo balizas desajeitadas, ocupando minha cabeça com Direito Constitucional. Estou enfim com a agenda lotada e não tem lugar nela para você, nem na minha vida, não mais.
Quando eu conhecei panelada, nos tempos de criança, que os anos já me levaram,panelada era comida de pobres, porque as vísceras e as tripas do boi, eram baratas e rico não dava valor.Hoje, trata-se de comida de ricos.
VIVER
Eu havia esquecido
A sensação do vento
Tocando o meu rosto
Eu havia esquecido
Que os pássaros voam
Em busca de uma suave Liberdade
Eu havia esquecido
O simples beijo de um beija - flor
Eu havia esquecido
Onde nasce o Sol ou quando surge a Lua
Eu havia esquecido
Que nesta vida levo apenas uma bagagem
O amor e a simplicidade de poder vivenciar
Momentos tristes,
Momentos felizes
Mas enfim...
Eu havia esquecido
Que não posso me esqueçer do que é belo
E de todas as oportunidades
Que DEUS me concede para poder viver.