Eu sou tudo e nada
ME ENCANTE
Me encante da maneira que você quiser, como você souber.
Me encante, para que eu possa me dar…
Me encante nos mínimos detalhes.
Saiba me sorrir: aquele sorriso malicioso,
Gostoso, inocente e carente.
Me encante com suas mãos,
Gesticule quando for preciso.
Me toque, quero correr esse risco.
Me acarinhe se quiser…
Vou fingir que não entendo,
Que nem queria esse momento.
Me encante com seus olhos…
Me olhe profundo, mas só por um segundo.
Depois desvie o seu olhar.
Como se o meu olhar,
Não tivesse conseguido te encantar…
E então, volte a me fitar.
Tão profundamente, que eu fique perdida.
Sem saber o que falar…
Me encante com suas palavras…
Me fale dos seus sonhos, dos seus prazeres.
Me conte segredos, sem medos,
E depois me diga o quanto te encantei.
Me encante com serenidade…
Mas não se esqueça também,
Que tem que ser com simplicidade,
Não pode haver maldade.
Me encante com uma certa calma,
Sem pressa. Tente entender a minha alma.
Me encante como você fez com a primeira namorada…
Sem subterfúgios, sem cálculos, sem dúvidas, com certezas.
Me encante na calada da madrugada,
Na luz do sol ou embaixo da chuva….
Me encante sem dizer nada, ou até dizendo tudo.
Sorrindo ou chorando. Triste ou alegre…
Mas, me encante de verdade, com vontade…
Que depois, eu te confesso que me apaixonei,
E prometo te encantar todos os dias…
Pelo resto das nossas vidas!
Nota: Versão adaptada de "Me encante" de Silvana Duboc. Poema muitas vezes atribuído, de forma errônea, a Pablo Neruda
...MaisÀs vezes eu olho para fora e penso que um monte de outras pessoas viu essa neve antes. Assim como eu penso que um monte de outras pessoas leu aqueles livros antes. E ouviram aquelas canções.
Eu me pergunto como elas estão se sentindo esta noite. Não sei bem o que estou dizendo.
Quando eu saí em direção ao portão que me levaria à liberdade, eu sabia que, se eu não deixasse minha amargura e meu ódio para trás, eu ainda estaria na prisão.
CANTE LÁ QUE EU CANTO CÁ
Poeta, cantô da rua,
Que na cidade nasceu,
Cante a cidade que é sua,
Que eu canto o sertão que é meu.
Se aí você teve estudo,
Aqui, Deus me ensinou tudo,
Sem de livro precisa
Por favô, não mêxa aqui,
Que eu também não mexo aí,
Cante lá, que eu canto cá.
Você teve inducação,
Aprendeu munta ciença,
Mas das coisa do sertão
Não tem boa esperiença.
Nunca fez uma boa paioça,
Nunca trabaiou na roça,
Não pode conhece bem,
Pois nesta penosa vida,
Só quem provou da comida
Sabe o gosto que ela tem.
Pra gente cantá o sertão,
Precisa nele mora,
Te armoço de fejão
E a janta de mucunzá,
Vive pobre, sem dinhêro,
Trabaiando o dia intero,
Socado dentro do mato,
De apragata currelepe,
Pisando inriba do estrepe,
Brocando a unha-de-gato.
Você é munto ditoso,
Sabe lê, sabe escreve,
Pois vá cantando o seu gozo,
Que eu canto meu padece.
Inquanto a felicidade
Você canta na cidade,
Cá no sertão eu infrento
A fome, a dô e a misera.
Pra sê poeta divera,
Precisa tê sofrimento.
Sua rima, inda que seja
Bordada de prata e de oro,
Para a gente sertaneja
É perdido este tesôro.
Com o seu verso bem feito,
Não canta o sertão dereito
Porque você não conhece
Nossa vida aperreada.
E a dô só é bem cantada,
Cantada por quem padece.
Só canta o sertão dereito,
Com tudo quanto ele tem,
Quem sempre correu estreito,
Sem proteção de ninguém,
Coberto de precisão
Suportando a privação
Com paciença de Jó,
Puxando o cabo da inxada,
Na quebrada e na chapada,
Moiadinho de suó.
Amigo, não tenha quêxa,
Veja que eu tenho razão
Em lhe dize que não mexa
Nas coisa do meu sertão.
Pois, se não sabe o colega
De quá manêra se pega
Num ferro pra trabaiá,
Por favô, não mexa aqui,
Que eu também não mexo aí,
Cante lá que eu canto cá.
Repare que a minha vida
É deferente da sua.
A sua rima pulida
Nasceu no salão da rua.
Já eu sou bem deferente,
Meu verso é como a simente
Que nasce inriba do chão;
Não tenho estudo nem arte,
A minha rima faz parte
Das obra da criação.
Mas porém, eu não invejo
O grande tesôro seu,
Os livro do seu colejo,
Onde você aprendeu.
Pra gente aqui sê poeta
E fazê rima compreta,
Não precisa professô;
Basta vê no mês de maio,
Um poema em cada gaio
E um verso em cada fulô
Seu verso é uma mistura
É um ta sarapaté,
Que quem tem pôca leitura,
Lê, mais não sabe o que é.
Tem tanta coisa incantada,
Tanta deusa, tanta fada,
Tanto mistéro e condão
E ôtros negoço impossive.
Eu canto as coisa visive
Do meu querido sertão.
Canto as fulô e os abróio
Com toda coisas daqui:
Pra toda parte que eu óio
Vejo um verso se buli.
Se as vez andando no vale
Atrás de cura meus males
Quero repará pra serra,
Assim que eu óio pra cima,
Vejo um diluve de rima
Caindo inriba da terra.
Mas tudo é rima rastêra
De fruita de jatobá,
De fôia de gamelêra
E fulô de trapiá,
De canto de passarinho
E da poêra do caminho,
Quando a ventania vem,
Pois você já tá ciente:
Nossa vida é deferente
E nosso verso também.
Repare que deferença
Iziste na vida nossa:
Inquanto eu tô na sentença,
Trabaiando em minha roça
Você lá no seu descanso,
Fuma o seu cigarro manso,
Bem perfumado e sadio;
Já eu, aqui tive a sorte
De fumá cigarro forte
Feito de paia de mio.
Você, vaidoso e facêro,
Toda vez que qué fumá,
Tira do bôrso um isquêro
Do mais bonito meta.
Eu que não posso com isso,
Puxo por meu artifiço
Arranjado por aqui,
Feito de chifre de gado,
Cheio de argodão queimado,
Boa pedra e bom fuzí.
Sua vida é divertida
E a minha é grande pena.
Só numa parte de vida
Nóis dois samo bem iguá
É no dereito sagrado,
Por Jesus abençoado
Pra consolá nosso pranto,
Conheço e não me confundo
Da coisa mio do mundo
Nóis goza do mesmo tanto.
Eu não posso lhe inveja
Nem você invejá eu
O que Deus lhe deu por lá,
Aqui Deus também me deu.
Pois minha boa muié,
Me estima com munta fé,
Me abraça, beja e qué bem
E ninguém pode negá
Que das coisa naturá
Tem ela o que a sua tem.
Aqui findo esta verdade.
Toda cheia de razão:
Fique na sua cidade
Que eu fico no meu sertão.
Já lhe mostrei um ispeio,
Já lhe dei grande conseio
Que você deve toma.
Por favô, não mêxa aqui,
Que eu também não mexo aí,
Cante lá que eu canto cá.
(De Cante lá que eu canto Cá - Filosofia de um trovador nordestino - Ed.Vozes, Petrópolis, 1982)
Desabafo de um solitário.
Mais uma noite cai e eu estou aqui mais uma vez no meu quarto, ao lado de um rádio ouvindo músicas as quais me fazem viajar em um mundo completamente esquecido, porém meu. Esquecido ao ponto de não ter com quem dividir essas palavras que ao se juntarem formam verdades que nos fazem lembrar de coisas ou fatos que marcaram muito nossa vida, vida a qual muitas vezes mal vividas, talvez por falta de um alguém ou até mesmo pelo fato de não termos coragem de assumir um amor...
O sono bate, as palavras somem, os olhos pesam... mas de uma coisa ainda tenho plena consciência, de que no dia seguinte será da mesma maneira como foi o ontem...
Será que minha vida só se resume a isso?
Será que um dia, seja perto, seja lonje, poderei ou deixarão eu viver minha vida da maneira que me for mais suficiente para me sentir realmente feliz?
Trago comigo a seguinte frase: "Felicidade não existe, o que existe são bons momentos partilhados com pessoas especiais que nos fazem sentir bem e que não duram muito tempo!"
Infelizmente, felicidade não é para todos, pois nem todos vivem da maneira que gostaria de viver para poder se sentir feliz.
Tudo no mundo depende de uma segunda pessoa para tentarmos sermos felizes, apesar de que a felicidade tem que estar dentro de nós mesmos e não nas pessoas, pois as pessoas apenas nos completam!
Eu preciso sentir que você ainda sente, eu preciso que o seu coração dê um choque no meu, eu preciso saber que seu peito ainda aperta um pouco quando eu vou embora e se espalha como borboletas nas veias quando eu chego.
Eu acho que nós sonhamos para não ficarmos separados por muito tempo. Se estivermos nos sonhos um do outro, podemos estar juntos o tempo todo.
Sinta medo, fuja, o destino chega de qualquer jeito. E agora, ele chegou. Ou devo dizer, eu cheguei. (Thanos)
Eu nunca encontrei alguém que pudesse aceitar o amor diário e demonstrativo que eu sinto em mim, e retribuí-lo tão bem quanto eu dou.
Para resolver qualquer problema, aqui estão três perguntas a perguntar-se: Primeiro, o que eu poderia fazer? Em segundo lugar, o que eu poderia ler? E terceiro, a quem eu poderia pedir?
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
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