Eu sou Praia eu sou Montanha
Sou o "infinito". Uma metamorfose ambulante. Não sou bipolar, mas sou inconstante. Amo e odeio. Não suporto injustiça. Vivo questionando a vida. Acredito em Deus.
Sou o fogo, e ela é a gasolina, e não há sinal de que vamos parar ou diminuir o ritmo até algo explodir.
Sou uma carta gigante, chata, cheia de erros, longa demais, muito complicada. “Chega”, alguém, com preguiça de ler sobre o amor ou sem coração para se emocionar com uma carta, disse. E eu virei bolinha de papel.
LAMENTO DOS IMPERFEITOS
Não sou perfeito
Estou ainda sendo feito
E por ter muito defeito
Vivo em constante construção
Sou raro efeito
Não sou causa e a respeito
Da raiz que me fez fruto
Desfruto a divina condição
Em noites de céu apagado
Desenho as estrelas no chão
Em noites de céu estrelado
Eu pego as estrelas com a mão
E quando agonia cruza a estrada
Eu peço pra Deus me dar sua mão
Sou seresteiro
Sou poeta, eu sou romeiro
Com palavra, amor primeiro
Vou rabiscando o coração
Vou pela rua
Minha alma às vezes nua
De joelhos pede ao tempo
A ponta do seu cobertor
Em noites de céu apagado
Desenho as estrelas no chão
Em noites de céu estrelado
Eu pego as estrelas com a mão
E quando agonia cruza a estrada
Eu peço pra Deus me dar sua mão
Vou pelo mundo
Cruzo estradas, num segundo
Mundo imenso, vasto e fundo
Todo alojado em meu olhar
Sou retirante
Sou ao rio semelhante
Se me barram, aprofundo
Depois vou buscar outro lugar
Sou impulsiva, dramática, exagerada, mas vivo com intensidade. Tenho paixão pelas coisas. E pelas pessoas. Sou movida pelo que sinto, pelo que vem de dentro, pelo meu coração. A razão? Que se exploda! Posso me dar mal, mas prefiro agir com o que vem lá do fundinho.
Sou independente
Sou forte
Sou firme
Sou segura
Sou mulher.
E tenho um orgulho imenso por tudo isso.
Mas sou gente.
Um ser humano também.
Às vezes sou dependente, frágil, assustada, insegura.
Quero tanto que nestes momentos minha sensibilidade seja respeitada
e bem cuidada,
e acalentada
e entendida.
Sou refém da lua cheia
ela entra pelo quarto
conhece-me os desejos
os beijos guardados
as sombras e crateras do meu cativeiro
sou refém da meia-lua
ela me sabe os pedaços
tristezas e segredos
invade-me à madrugada
assiste o amor arder
sem endereço
sou refém de mim
a lua é pretexto.
Sou nordestino!
Sou do sertão terra quente
que é bem difícil chover
nasci de um povo valente
acostumado a sofrer
sou nordestino oxente
e tenho orgulho de ser
Louco mesmo é quem vive aprisionado com muitos compromissos, me chamam de louco por que sou livre, mas louco mesmo é os caretas que vive uma vida inteira sem fazer suas vontades, A vida é muito curta para nao aproveita-la
Não me compare a ninguém. Sou única, com meu jeito, meu modo, meu costume. Cada um tem sua particularidade, cada um tem uma diferença. As pessoas não precisam se igualar, elas precisam se completar. E eu estou completa!
Queria ter a coragem de dizer às pessoas que amo que não sou perfeita, que muitas vezes errei, e irei errar muitas mais. Dizer que às vezes digo as palavras erradas nas horas erradas, e que outras sou um pouco egoísta. Queria me desculpar por não ser um exemplo, por julgá-las quando erram mesmo sendo eu a que mais deveria ser julgada. Queria que me vissem derramar uma lágrima para saberem que não minto quando digo que me arrependo, para verem que me importo, verem que nunca foi de minha intenção decepcioná-los. Porque, decepção é, sem dúvida, o pior sentimento existente. E é por isso que isso tudo fica apenas na minha consciência, seria muita decepção descobrirem meus defeitos.
Não sou um herói, estou longe disso. Estou mais pra um vilão. Que adora o perigo, que teme as ordens e que pensa que vodca é água benta. Sou louco, enigmático, sou aquele que num passe de mágica enlouquece até mesmo as criaturas que ainda nem nome tem. Na verdade eu... me desconheço.
Não sou de meias palavras, olhares atravessados, meias verdades, meio quente,
meio lúcida, meia boca...
gente morna me embrulha o estômago.
Se eu, só sei ser inteira, por favor não me venha com metades.
E não sei o que sinto, não sei o que quero sentir, não sei o que penso nem o que sou. Verifico que, tantas vezes alegre, tantas vezes contente, estou sempre triste.
