Eu sou aquela q Mesmo Triste Sorri

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"Eu não sou da sua rua, não sou o seu vizinho. Eu moro muito longe, sozinho. Estou aqui de passagem. Eu não sou da sua rua, eu não falo a sua língua, minha vida é diferente da sua. Estou aqui de passagem. Esse mundo não é meu, esse mundo não é seu."

Eu sou sempre a chave reserva. Mas que faço os carros pegarem, a isso eu faço.

Mas ao menos nesse agora, eu quero ser como eu sou e como nunca fui e nunca seria se continuasse.

Eu sou o tipo dos sem tipos.

Clarice Lispector
Um sopro de vida. Rio de Janeiro: Rocco, 2015.

Pagam para ver um Deus, alguém que lhes aponte o caminho em cima do palco, mas eu não sou um líder. Eu sou o líder dos líderes.

Sou sortudo. E quanto mais duro eu trabalho, mais sortudo fico.

Se eu sou tão fechado às vezes, não me leve a mal: é que todas as vezes engasgo quando quero dizer o quanto eu sou grato a você!

Esse cara sou eu.

Eu não evoluo, sou. Eu não procuro, descubro.

Não me pergunte quem eu sou. Nem eu sei direito.

Que importa o sentido? O sentido sou eu.

Clarice Lispector
A descoberta do mundo. Rio de Janeiro: Rocco, 1999.

Nota: Trecho da crônica Facilidade repentina.

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Tudo o que sou agora

Eu estou atrás da porta, o corpo revirado, amassado, pequeno, todo dobrado. Sou uma carta gigante, chata, cheia de erros, longa demais, muito complicada. “Chega”, alguém, com preguiça de ler sobre o amor ou sem coração para se emocionar com uma carta, disse. E eu virei bolinha de papel.
Eu sou uma bolha de detergente, cansei de exterminar os restos e limpar as sujeiras e saí para voar um pouco. Só não fui avisada de minha fragilidade e estourei, para sempre nada, nem cheiro, nem cor, nem transparência, nada. Tudo foi lavado, desinfetado, seco e guardado, a vida continuou e a minha pequena vontade de arrumar a casa nem sequer é mais lembrada.
Virei a sua remela, aquela que limpei na sua meia brega e cheia de vontade de se rebelar contra o mundo manipulador. Eu sou aquela sujeira que acorda pendurada nos seus olhos, quer atrapalhar a sua visão, mas você ignora e sai de casa tão despreparado para o dia. Eu fico lá, pequena, tosca, amarelada, suja, berrando para ser vista no canto da sua alma, e você não me lava e nem me absorve, você me expele mas não me limpa, você continua acordando com sono e dormindo acordado. Eu continuo no triste papel de remela dependurada e exposta. Eu espero você sonhar comigo para que eu amanheça nos seus olhos, só é uma pena que, pela manhã, seguro em seu espelho, você não sinta nenhum incômodo.
Eu sou uma luzinha minúscula no meio da multidão, uma luzinha que pertence ao show mas não tem o que celebrar. Eu sou um pontinho enorme de tristeza e desespero no meio das pessoas enlouquecidas cantando “I can’t live, with or without you”. Eu sou uma pequena voz em meio a tantas pessoas que sofrem. Deus, eu sei, eu sei, são tantos e maiores os sofrimentos mas, por favor, não deixe de me dar força, me dar força para que pelo menos, ainda que pequena e com vontade de queimar, eu continue ao menos acendendo o meu fogo e fazendo parte da expectativa.
Eu sou um fio de esperança, um fio de alegria, um fio de amor. Eu sou todos os fios que dormiram acalmados pelas suas mãos naquele dia da despedida, se você soubesse que sempre foi só daquele carinho que eu tanto precisava, ele não precisaria ter sido o último.
Eu sou aquele homem estranho em frente ao museu em Firenze, eu vou continuar fazendo louva-deuses de folhas e enchendo peitos puros de amor eterno e esperanças, para sempre eu vou ser tão estranho, surpreendente e interessante quanto o amor.
Mas eu também sou a sacola barata de roupas sem personalidade que agora guarda tudo o que quase foi, tudo o que poderia ter sido e mais o nosso louva-deus de folhas amareladas, cansadas e quase virando pó, quase virando nada e se espalhando pelo mundo que é enorme demais para parar quando sofremos. Eu sou o nosso louva-deus e estou quase virando nada.
Mais do que tudo, sou a garotinha assustada, cinco ou seis anos, ajoelhada no chão do banheiro pedindo que os pais parassem de brigar, assustada com o amor, assustada com a vida, assustada com a porta trancada e a solidão. Essa mesma garotinha mal resolvida que vaga dentro de mim, como um espírito que não aceita evoluir, é a garotinha que quis se curar do medo do amor com um amor tão grande, tão grande, tão grande, que não existe. E ficou sem nenhum.

Eu luminoso não sou. Nem sei que haja
Um poço mais remoto, e habitado
De cegas criaturas, de histórias e assombros.
Se, no fundo poço, que é o mundo
Secreto e intratável das águas interiores,
Uma roda de céu ondulando se alarga,
Digamos que é o mar: como o rápido canto
Ou apenas o eco, desenha no vazio irrespirável
O movimento de asas. O musgo é um silêncio,
E as cobras-d´água dobram rugas no céu,
Enquanto, devagar, as aves se recolhem.

Eu faço o que faço, sou o que sou e de nada importa o que se falou!

Sou a pessoa mais legal que eu conheço.

Eu te ajudo, te sustento. Sou teu escudo. Sou o teu Deus.

⁠No fim daquele longo sonho, eu enfim fiz uma escolha. Que mesmo se eu voltasse no tempo, de centenas de formas diferentes, eu escolheria encontrar você de novo. Gostaria de conhecer você e de me apaixonar. Eu faria essa escolha triste e perigosa todas as vezes.

Olha-se para ele com o ódio dissimulado com que o assassino plebeu olha para o assassino marquês que matou a mulher e o amante. Ambos são assassinos, mas, mesmo na prisão, ainda o nobre e o burguês trazem o ar do seu mundo, um resto da sua delicadeza e uma inadaptação que ferem o seu humilde colega de desgraça.

Eu sou mil possíveis em mim; mas não posso me resignar a querer apenas um deles."
Estive pensando nesse tempinho que passou como sou engraçada. Eu como sou. Na verdade fiquei pensando em mim mesmo porque ouvi certas coisas como você não sente mais minha falta, não me procura. Ou um tanto assim você é cheia de crises existenciais. POde-se acrescentar a lista algo como é sempre a mesma coisa, os mesmos motivos pra brigar. Você nunca pode, não tem tempo. Você? nem gosta de ajudar, as vezes é bom trabaiar em casa. Coisas do tipo. Meus livros e minhas idéias. Eu mesma com minhas confusões e complexidades que as vezes crio de uma maneira inexplicavél, algo como brincar de lego e construir um quase Ninho dos Pássaros em Pequim (que audácia!). Não queria que isso virasse um desabafo mas pode ser que vire um. Sabe eu estou descobrindo que não posso falar tudo pras pessoas que mais queria conversar pq elas não vão entender. As vzs tentar mostrar meu ponto de vista, é como ir daqui a São Paulo a pé. Gosto de desconstruir as coisas para entendê-las. Gosto de ouvir MPB e cantar junto. Queria até um dia fazer aula de canto, mas não quero ser cantora. Me preocupo demais com os outros e talvez eles nem saibam, e talvez ainda eu não consiga resolver o problema deles ou apresentar uma solução. Queria comprar um pijama chique, mas é caro demais. Queria aproveitar todas as liquidações, ter roupas novas, sapatos novos, mas não quero fazer dívidas. Não quero usar o dinheiro eletrônico. Queria receber inúmeros emails, mas nem mando quase nenhum pra quase ninguém. Queria ter um quarto novo, uma cama nova. Queria morrer de tanto fazer amor! E também queria muito mais (sempre mais, como diz o namorado!) Queria ter um grande segredo pra guardar. (acabei de lembrar que tenho um sim!) Queria ter o prazer de fazer uma simples compra de mercado, porque elas me lembram minha mãe, e as tantas outras vezes em que eu pequena ficava imaginando como seria quando grande. Queria ter a minha casa, só minha. Queria ter uma biblioteca inteira, e esquecer que o namorado iria brigar por isso. Queria usar mais o computador em casa. Queria as vezes não parecer estranha por não querer conversar com (quase) ninguém. Queria comprar um álbum de bebê, mesmo sem ter bebê, sou simplesmente apaixonada por eles. Queria um chavero novo. Queria ter uma declaração como a música do Vinícius de Morais Minha Namorada. Queria tirar mais fotos. queria cuidar mais da casa, mas uma que fosse minha. Queria passar roupa sem sentir dor nas costas. Queria assistir aos filmes e nunca dormir. Queria e isso faz tempo comer pipoca. Queria cozinhar mais, tem sempre aquelas receitas que olho e penso um dia vou fazer. mas elas continuam na mesma ou melhor o dia nunca chega. Queria comer e não engordar. Queria ficar sem alguens e não sentir falta. queria entender como funciona só a aminha mente, porque mesmo sem saber acabo fazendo ela não funcionar. Queria poder dar um ctrl+alt+del em certas situações. Queria eliminar os sentimentos ruins. queria só ser feliz. Queria rir tanto quanto eu ria quando era namorada. Queria ser princesa. Queria ser sábia. Queria ser decidida. Queria não querer. Queria tantas coisas...
Que no final de todas elas, estou me sentindo como aquelas tantas vezes em que a gente se veste de alguma coisa pra ir a uma festa e depois cansada volta pra casa praticamente dormindo.
E amanhã é outro dia. E a gente é o mesmo. E tudo é igual.
Mas isso não é ruim, é apenas natural.

Eu choro, eu rio, eu amo
Eu apaixono, eu gosto, eu odeio
Sabe por que?
Porque eu posso, porque sou humano

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