Eu Sonho o que eu quero Pedro Bandeira
Nossos corações atiçados a amar, jamais pensariam que nos deixariam. E em cada coração, mora as memórias de nós dois.
Seria a pessoa mais feliz do mundo se tu me amasse. Sou delirado por ti, mas você não quer nada. Isso me frustra.
Saudade dos momentos mais simples. Um chamêgo, um cafuné, você colocando sua cabeça sobre meu ombro. O amor estava no ar nas ações mais simples.
Por que você não me retribui com o teu amor? Canso de demonstrar tu o que sinto por ti, mas sinto que faço à toa.
Regozijo-me em ter você por perto. Teu toque, apenas tua presença deixa meu estômago cheio de borboletas.
As coisas acontecem exatamente como devem acontecer, se fosse de outra maneira não seria a mesma coisa, seria algo diferente.
Portanto "Se não fosse assim, não seria". O Senhor nos dá o livre arbítrio, porém, Ele sempre esteve, está e eternamente estará no controle de tudo para toda Eternidade Eterna Eternamente do início ao fim.
As coisas acontecem exatamente como devem acontecer, se fosse de outra maneira não seria a mesma coisa, seria algo diferente, e não teríamos a oportunidade refletir sobre isto e de estar experienciando o que se fez.
Portanto
"Se não fosse assim, não seria".
Com os anos fiz alguns amigos, mas um em especial deve ser notado. Ele é bem quieto, as vezes teu jeito me incomoda. As vezes é tudo o que eu preciso. O silencio me acompanhava, como se tudo que eu tivesse fosse ele. Mas me senti insatisfeito, ele era muito intenso ocasionalmente. Escolhi deixá-lo. Hoje sinto sua falta, gostaria de vê-lo, hoje quero apenas a sua presença, sua amizade me basta.
Caminhando em meio as árvores,
Procuro por campo aberto,
Essa claustrofobia está me dominando.
Esgueirando-me por entre os espinhos
Rasgando minhas vestes, o tom de verde fica cada vez mais escuro.
A perda da noção do tempo corrói minhas lembranças,
Não sei mais o que foi ontem ou hoje.
Cada vez mais densa e estreita, sufocante.
Sinto toda pressão do mundo em meu peito,
que só não cede pela lei da ação-reação.
Algo em mim quer tanto sair quanto eu a quero esconder.
Nunca lidei bem com demonstrar fraqueza,
Uma espessa neblina turva minha visão,
Me impedido de ver o que está bem a minha vista,
Me vejo sempre temendo o próximo passo.
Sempre temendo estar perdido.
Não sei me portar,
Minhas águas são turbulentas demais,
Minha correnteza sempre leva o que nasce em minha margem,
A terra que me cerca é sempre tão frágil,
Minhas pedras são tão afiadas, sempre acabo me cortando,
Meu caminho é tão sinuoso, me faz prolixo, sempre me alongo demais.
Meu correr sem uma paisagem forte única me torna apenas indesejado.
Sempre uma trajetória a não ser tomada.
No seu colo eu quero me deitar,
As ondas das suas mechas me chamam mais que a atenção,
Suas curvas estão sempre em meu pensar,
O frescor da sua presença me faz muito mais que um viajante, quero morar.
Quero regar suas flores, quero ter dar de beber,
Acalme minhas inquietudes.
Minhas quedas são mais bonitas em sua flora.
Meu erro foi a demasia.
Sempre demais,
se me mostro é demais, se me escondo é demais.
Procura-se equilíbrio. Vivo ou morto.
Sua presença aqui me agrava o problema
e sua ausência faz essa cidade tão vazia.
Não sei se devo me mostrar, não acho que você gostaria,
porém não sei se me esconder seja a saída.
Por enquanto, vou vivendo, existindo na verdade,
viver é demais pra mim.
Da sua boca saem coisas que me aquecem e me esfriam o peito
e sigo flutuando entre esses polos, nessa roleta sempre acabo me doendo.
Pego despreparado, me vejo sempre exposto,
larguei meu escudo e minha armadura, uma flecha transpassou meu peito
feriu meu coração,
achei que isso jamais fosse possível. Mas a realidade é dura, a vida é campo de batalha.
Contudo, uma coisa é certa,
não vou parar de lutar até ganhar você,
você é minha vitória.
Acalme-se!
Sempre ouvindo e dizendo: Acalme-se!
Dizendo para si mesma o quanto é necessário retomar o controle e
seguir o caminho por entre as luzes dessa cidade.
Tentando não pensar demais, silenciar sua mente.
Logo a sua mente, tão brilhante! Com tanta coisa para dizer, que tanto sente.
Tentando romper as muralhas ou se escondendo em um casulo,
Não sei bem ao certo, “todos estão tão longe”.
O colorido parece estar te deixando e tudo ficando tão escuro,
disse-lhe que isso está acontecendo com todos,
disse-me o quão difíceis são esses tempos.
Conversando contigo me sinto entendido,
como um estrangeiro que anseia por uma ajuda em um país pouco amigável.
E que encontra seu compatriota.
Um passarinho que, por algum motivo,
canta uma melodia própria e mesmo assim é ouvido.
Gosto de pensar que sente isso também,
quero ser para ti um lugar seguro,
onde não precisaria usar armaduras, nem espadas.
Não precisaria esconder-se.
Nem imaginas como é necessária.
Como és bela, obra renascentista!
Faz todas as linhas convergirem ao seu lindo rosto. Cativas.
Se pudesses se ver como a vejo,
Se pudesse se ver com meus olhos,
se Atenas fosse humana um dia se quer,
se Vênus por um dia se tornasse mortal,
entenderia minha admiração por ti, Musa.
Esta fase passará e com ela sua dor.
Será difícil o caminho, mas és forte e sábia.
As cores vão voltar, bem rápido, eu acredito.
Espero que você também me volte, com boas notícias.
Leucanthemum vulgare
De repente você brota em mim.
Em minha vida, no terreno barroso da minha existência,
E traz o sol para secar o solo e iluminar os trieiros da minha mente.
Sua aparição tão repentina me embarga a voz, me enrubescer a
face e congela minhas mãos.
Me faz ter medo de te tocar, não quero machucar suas pétalas, já
não brinco de bem-me-quer,
Tenho medo da resposta, também temo em você me notar nervoso,
luto contra minha vontade de sua tez,
Mas você faz com que eu sempre escute um jazz de Ella and Louis
ao fundo, que eu queira me mover.
Começo a me sacudir, afrouxando o solo onde estou estacado, fujo e
salto para arrumação
Arrumando a mesa, realocando o vaso, para receber sua chegada,
espanando os móveis,
Me levanta a poeira, me ataca a sinusite, juro, é apenas sinusite.
Afirmo, em alto e bom tom, tentando me convencer de que você
não tenha se enraizado em meu peito frio,
Sempre foi assim, suas histórias sempre são assim, você muda o
ambiente,
Mesmo o quarto mais escuro, abre-se a janela, bonina.
Olhos do dia, o sol se cega com seu brilho,
Logo de manhã você se abre ao primeiro raio de luz de Hélio.
Falando nele, lhe rezo para que lhe traga logo para cá, Daisy.
Quero te regar te ver crescer e florescer,
Sua beleza me cura a visão, Olhos do dia.
Capítulo lindo, deixe seu cheiro em meu lar.
