Eu sei Dividir os Dons que Deus me Deu
Não mande me procurar. Eu fiquei onde o tempo me esqueceu, onde você me deixou e a saudade fez morada.
Foi quando eu achei que não lembrava de coisas passadas que me deparei com sua lembrança tão viva dentro de mim.
Estou levantando a bandeira do "deixe a vida me levar", deixando a felicidade entrar, que eu tenho sede de viver.
E se o mundo não der a volta, que eu preciso, pra te encontrar. Ficarei com as lembranças, que tempo nenhum conseguirá apagar.
Se tem amor pra me dar, eu te dou amor por uma vida inteira.
Mas se tens de mim esquecimento, te esquecerei por uma vida inteira também. Porque amor só faz bem quando é recíproco. E uma dose de amor próprio é indispensável.
Nesse meu mundinho, eu quero paz e alegria. Amor e sabedoria.
Gritos e calmaria. Calor e frio. Chuva e sol. Quero água e vinho. Beijos e abraços. Quero pureza. Quero natureza. Quero o que vem de dentro. Quero sofisticação do belo. Quero o elo. Quero jogar para o alto e deixar pra ver se volta. Quero vida.
É Zé, o que eu chamo de falta de sorte é não ter um bocado de força de vontade pra sonhar, lutar e conseguir. Aí sim Zé!
E foi melhor assim.
Você foi o rascunho do livro que eu pensei em escrever.
Mas mudei o roteiro.
Troquei os personagens.
A história ficou sem brilho.
Apaguei.
Recomecei.
Gosto de histórias que brilhem, nem que seja no olhar de quem a lê.
Eu só quero que a vida me queira.
Me abrace.
E me deixe ser.
Eu só quero que na vida eu seja...
Uma eterna reticência pra fazer valer.
Por mais que eu me esforce sou muito mais coração que razão.
Por mais que eu me esforce, sou muito mais eu do que as pessoas querem que eu seja.
É que essa carinha enjoada, eu tenho desde que me entendo por gente. Essa minha falta de paciência é a arte que ainda não aprendi a ter. Esse jeito ansioso, estabanado e irritante é a parte que faz parte. Minha intensidade é marca registrada. Meu sentir é aflorado. Minha raiva logo passa, mas a memória nem sempre perdoa! Não sou a mais bonita, nem a melhor do mundo. Mas no contorno dos meus defeitos tantos, eu ainda sou a melhor que posso ser. E o que sou será, sempre, o que de melhor eu terei para oferecer.
Por mais que a vida me espanque, eu sigo.
Estou em vida para cair e levantar. Só me ensinaram a arte do viver. Ainda não aprendi a vegetar.
É que eu tenho mania de rir fervorosamente, descompassadamente, sem freio nem receio. Motivo suficiente para conquistas e olhares tortos. Quer saber, que olhem!
Meu riso não se tira fácil e incomoda, eu sei.
Mas é assim que tem que ser. É assim que é.
Esse meu riso frouxo e extremo é a marca de quem eu sou, e num futuro incerto, será o eco de quem eu já fui.
