Eu sei Dividir os Dons que Deus me Deu
A consciência deve ser livre. Ninguém pode ser obrigado a ser de esquerda ou de direita. Eu mesma não suporto nenhuma das duas correntes ideológicas semeadas aqui no Brasil, mas me dou bem com as pessoas das duas matizes.
A cada dia eu me ilumino com o saber diferente do meu nesta vida que é a maior sala de aula da nossa jornada existencial.
A regra humana é: faça o que eu diga, mas não faça o que eu faço. E sobretudo gritar nos ouvidos de quem não merece para fazer valer a autoridade.
O desamparo fértil
das circunstâncias
da vida fala o tempo
todo nos ouvidos,
Eu quero saber quando
chega a liberdade
dos presos políticos.
Ah! A região sórdida
do inconsciente
que não deixa
a razão descansar
para encontrar
a saída para
se reconciliar
com toda a gente.
Este travesseiro
parece um mar
e a mente um
barco a balançar
lembrando
que o General
está preso injustamente,
uma tropa, paisanos
e um velho tupamaro
em trágica situação igualmente.
Tudo isso é de rasgar
a minh'alma abertamente
que aleatoriamente
segue como a poetisa
destes invisíveis incansavelmente
Confesso abertamente que,
não tenho nenhuma pena deles, porque cada um está escrevendo
com honra clara um capítulo
para mudar o curso da História
e devolver para a Venezuela a glória.
Os heróis jamais serão
dignos da minha pena,
Cada herói merece mesmo
é mais de um poema,
Assim como o Esequibo
merece aparecer em todos
os mapas que estão em equívoco.
Tenho pena mesmo
é dos covardes que insistem
em se abrigar na soberba
se distanciando de viver
a vida com paz, dignidade
e em reconciliação com a verdade.
Você é a minha emergência
que faz com que eu queira
te amar sem nenhuma pressa,
com toda a melhor poesia
compilada, folga e a cada
dia tem me feito apaixonada.
Eu gosto de lembrar daquilo
que é bom e bonito,
Não me esqueço de lembrar
quando você dançou
Chico Sapateado comigo;
Você da minha
cabeça não tem saído,
e a minha poesia
está sempre contigo.
Acho que eu vi um
Serelepe levado
na árvore de cabeça
virada para baixo,
É bem parecido
quando sinto que
o coração está apaixonado,
Você não imagina
que já é meu namorado.
Coxinha
A Coxinha nasceu
soberana e eu não sabia,
Segundo uma lenda,
a Coxinha foi criada
para o filho da Princesa,
Por amar com ou sem
requeijão não é exagero
dedicar uma poesia
a amada Coxinha com paixão.
Neste último dia do ano...
Eu te desejo que tudo
aquilo que não valeu
seja por ti esquecido,
Você merece o melhor
no seu caminho,
Desejo que a vida te trate
com o carinho merecido
que você sempre deu,
que o Ano Novo venha
presentear com sonhos
e com tudo aquilo
que merece ser resolvido.
Poesias madrugadeiras para Rodeio
Poesias madrugadeiras para Rodeio
eu escrevo o tempo inteiro,
Porque amor por este lugar
eu tenho no meu peito,
Aqui é o meu lar mais do que perfeito.
Você é Mestre-Sala
do meu peito,
Eu a Porta-Bandeira
do meu jeito,
O Samba é o
mestre de nós dois,
A Bandeira é o amor
que não se deixa
nenhum pouco para depois.
Lantana
Só de olhar uma Lantana
florescida fico inspirada
a ser nas tuas mãos a poesia,
Eu sei que você me tem
no coração com muita alegria.
Eu sou o meu povo,
e o povo me é;
Não preciso de mandato
por onde passo;
Nada e nem ninguém
mais importa;
Não sou presença,
e sim História;
Nas linhas do destino
sou eu quem escrevo;
Nasci poeta enraizada:
(para o seu desespero).
Chovendo lentamente
sobre Camboatá-vermelho,
Com a palavra que me rege
a história no final eu escrevo,
Somente diante do Bom Deus
temo, respeito e me ajoelho.
...
A minha poesia
é Camboatá-branco
nas mãos da ventania
se espalhando toda
pelos campos da vida.
...
Tudo em mim tem
algo de Camboatá
com sementes a se espalhar,
Está para nascer quem
tem a coragem de me dominar.
...
Tapirirá florida
que com amor
concede poesia
à minha vista,
Diante sou
muito pequenina
com a minha escrita.
...
Debaixo da Pombeira
absoluta fiz a jura
de ser somente tua,
Se me amares,
retribuirei em dobro,
Algo diz que o sonho
haverá de ser cumprido logo.
...
Do caminho do tempo
sou nômade devota,
Do meu país por dentro
domino cada rota,
Nos braços de novembro
com fascínio me rendo
a floração das Tapirirás
a espera do momento
que está sendo escrito
com tudo àquilo que hei
de declarar no silêncio
que me permita escutar
o seu peito de amor batendo.
Buquês da Aldrago
dançam sobre nós,
foi há tempos tirado
o eu da escrita
desde o dia que te vi
sem fantasia.
Tudo em poesia
diária foi convertida,
o dia que eu quiser
falar do que é do eu
e do que doeu,
não me encabulo.
Se este assunto
não for tocado,
por ninguém será
nem aventado,
o eu não nasceu
para ser domado.
(O eu de cada não é
campo de batalha,
E sim nasceu para
ser academia nata).
