Eu sei Dividir os Dons que Deus me Deu
Eu achava que aquele seria o último poema meu para você, mas ainda há um pedaço seu em mim, talvez um pedaço permanente.
Eu juro que tentei deixar esse sentimento de lado, pena que é a ele que me controla.
Meu coração sempre foi lento mesmo em aceitar despedidas, só que quando soube da sua partida — vi que meu amor por você continuaria viva, até o silêncio pareceu mais pesado e percebi — sua ausência vai me afetar em tanto.
Minha visão vendo você ir embora irá ficar por algum motivo embaçada, pelo menos irei tentar aceitar oque mais dói.
Você não foi feito para ficar.
Eu te amo — não para agradar aos que nos observam,
mas por nós, pelo silêncio que só nós dois compreendemos,
pela verdade que nasce quando teu olhar encontra o meu.Amo porque meu coração escolheu teu nome sem pedir licença,
porque cada gesto teu semeia em mim um universo inteiro.Eu te amo — não para provar nada a ninguém,
mas porque, quando é amor de verdade,
ele existe por si, vive por si e basta por si...
Texto revisado:
Nunca acredite quando alguém diz: Eu não gosto de nada. Por trás dessa frase sempre existe um interesse oculto, ainda que a pessoa não o reconheça. Muitos afirmam não gostar de fazer nada, mas, ao dizer isso, revelam que, no fundo, apreciam alguma forma de estar — seja o descanso, o silêncio ou simplesmente o tempo parado. Ninguém é totalmente vazio; sempre há um prazer discreto, uma centelha escondida, aguardando o momento certo para ser descoberto.
Se eu estou morto em meus delitos e pecados, não posso eu por minhas próprias capacidades enxergar o que não posso ver, portanto, tudo o que há de errado em mim, é o espírito que me revela, não posso eu colocar em mim a minha própria confiança, coloco em Deus e sigo em frente confiando e sempre buscando não a mim, mas a Ele.
Sol na pele,
ar puro na alma.
É aqui, entre ondas que chegam
e ventos que passam,
que eu lembro: a vida também se reinventa.
Cada gole é um brinde ao agora,
um convite silencioso
para confiar no tempo,
para respirar mais fundo,
para escolher recomeçar.
Porque dentro de mim mora uma força mansa,
feita de quedas que não me quebraram
e de manhãs que insistiram em nascer.
E quando o mar canta, eu escuto:
há sempre um motivo para sorrir,
há sempre um caminho que se abre,
há sempre um raio de luz disposto
a tocar quem não desiste de brilhar.
E eu sigo
Intensa, resiliente, inteira
celebrando a vida,
hoje e sempre.
Eu te amo, estranho
Eu te amo estranho.
Estanho, sabe?
Eu te amo estranho.
O estranho jeito
que fico em admirar
o teu olhar.
O estranho fato
de que depois de um banho
pós-trabalho
você fica
estranhamente mais atraente.
O estranho fato
de que eu gosto desse seu jeito
pós dia de trabalho,
que faz você ficar
mil vezes mais atraente
aos meus olhos.
Eu te amo estranho,
porque é estranho e incrível
o fato de que eu só sinto isso por você.
Claro que seria estranho se não fosse…
Mas tu vê como é estranho o amor?
Estranho que ele colocou
o seu jeito estranho
para que eu,
uma simples pessoa aleatória,
te amasse.
É realmente estranho
como a vida funciona,
e o amor também.
É estranho
como me sinto
estranhamente especial
ao teu lado.
Nossa linguagem de amor
é estranha;
nossas brincadeiras
parecem estranhas
para quem vê de fora,
mas para nós
é só a nossa estranhisse
e tá tudo bem.
Porque a gente sabe
que é estranho,
e é essa coisa estranha
que fortalece
o nosso amor.
Eu lembro
da maneira estranha
que você me abordou
pela primeira vez.
Lembro das palavras estranhas
que saíram da sua boca estranha
naquele momento.
Mas eu ri.
Eu ri e te achei
um super estranho
no meio
de toda aquela estranhisse.
Eu estranho essas coisas,
porque como vou viver
se um dia
o meu amor estranho se for?
Eu não vou conseguir gostar
de coisas estranhas
em outro estranho.
Vê como a palavra
“amor” e “estranho”
para mim
só combinam perfeitamente
quando se tratam
de ti.
É estranho eu gostar
do seu jeito de comer
estranhamente atraente.
É estranho eu gostar
do seu cheiro estranho,
que em qualquer outra pessoa
eu acharia estranho,
mas não é o estranho
que eu acho em você.
É o estranho único,
essa estranhice
que só funciona
com você.
21nov25
"Pais, avós, bisavós, trisavós, tetravós, etc, todos CLTs, agora eu que tenho que herdar a responsabilidade de ser um empresário rico?"
“Quem sou Eu para dizer a minha princesa que ela virou um dragão, antes de conhecê-la Eu era um sapo”.
Quem Sou Eu?
Quem sou eu?
Eu sou minha dúvida,
Um outro jeito de ser,
Que não se fala no mundo.
O que pensam de mim?
Um começo que está longe do fim?
Não sei.
Nunca saberei.
É diferente comigo,
O que se pensa, o que se sente.
Me vejo em meio a tanta gente,
Um aperto eloquente, não me surpreende.
Eu sou minhas falhas, minhas virtudes,
Minhas vitórias, minhas derrotas,
A soma das minhas memórias.
O que não sou, eu não penso.
O que nada sei, no silêncio busquei,
O que disseram, eu relevo.
Eu sou imperfeito, mas consciente.
Eu sou suficiente.
Ai de mim
Se eu não fosse dessa gente forte e guerreira
que carrega as dores da vida
As vence e as supera
com pureza na alma
E um sorriso leve e solto no rosto.
Sendo bem sincero, a observação foi grande.
Olhar não é crime.
E eu olhei mesmo — porque beleza assim não passa despercebida nem por quem tenta fingir que não sente nada.
Ela tem algo que não cabe em explicação.
Não é só o rosto bonito, nem o jeito.
É uma presença. Uma coisa que incomoda e acalma ao mesmo tempo.
Uma mulher que você olha e entende, na mesma hora,
que não é pra você.
E ainda assim o olhar insiste.
A paixão que nasce disso é platônica: aquela que você sente, aceita e engole.
Porque você sabe que a vida não vai te dar essa chance.
Não é drama, é consciência.
Stoicismo mesmo: reconhecer que existe algo belo no mundo e que não te pertence.
Eu olho, admiro, e deixo quieto.
O sentimento não vira pedido, não vira tentativa, não vira coragem.
Fica só ali, guardado, parado, firme — como quem respeita a distância entre o desejo e a realidade.
E, no fim, é isso:
ela segue linda, intocável, inalcançável.
Eu sigo olhando, sabendo que não posso ter.
E aceito — porque olhar não é crime,
mas desejar o impossível é só mais uma forma silenciosa de continuar vivo.
MÃE
Eu lembro da tua calma
Eu lembro da tua áurea
Eu lembro do teu sorriso
Eu lembro da tua meiguice
Eu lembro da tua força
Eu lembro das tuas dores
Eu lembro das tuas canções
Eu lembro das tuas manhãs
Eu lembro da tua fé
Eu lembro da tua simplicidade
Eu lembro da tua bondade
Eu lembro da tua verdade
Eu lembro do teu colo
Eu lembro do teu cheiro
Eu lembro do teu jeito sereno
Eu lembro do teu aconchego...
Eu me lembro Mãe
Ahh... Como me lembro!
E quando lágrimas vem nos meus olhos
O coração aperta
e eu morro de saudades !
Sempre há de ter uma música
em que irei dançar .
Sempre há de ter um lugar
em que eu possa morar.
Sempre há de ter um olhar
em que eu possa abraçar .
Sempre há de ter um sorriso
em que eu possa mergulhar.
Sempre há de ter um amor
em que eu possa amar.
Sempre !
Hoje, ao cuidar do jardim
Eu pensei assim:
de que me vale cuidar da flor
se não tenho um amor
pra quem eu a possa ofertar?
E logo em seguida
surgiu-me mais uma pergunta
De que me valeria amar alguém
Se não a tivesse junto a mim
E se junto a mim, o amor acabasse
Pode ser que o amor durasse
E o desenlasse não fosse feliz
De que me valeria fazer tanta coisa
Se o mais importante eu não fiz
E de que me valeria fazer o mais importante
Se de instante em instante
A vida passa
E se a vida não passasse
Qual seria a graça
De ficar pra sempre nessa dor
E qual é o motivo da pressa
Em morrer sem viver
Sem flor a chorar por mim?
E então, nessa hora eu pensei assim:
Acho melhor eu cuidar desse jardim
Edson Ricardo Paiva
Eu queria saber
Por que é que eu insisto em me perguntar
Sobre coisas que não tem resposta
É como morrer mil vezes
Enquanto se vive uma vida
Que nem chega a ser assim ...
Tão longa
O mundo esconde o valor das coisas
Enquanto a vida vai vendendo
O que não vale quase nada
Até que um dia
Vem o tempo e nos desvenda
A esses e a tantos segredos
Carregados de mais perguntas
Somos cegos
Seguindo os caminhos traçados
Guiados pelas vozes de lobos vorazes
Que a bem da verdade sempre foram
Muito mais cegos do que nós
Não percebem, não sabem
Que aquilo a que se busca
Não se pode alcançar
É como um raio de luz colorido
Caindo do Sol pela manhã
E o azul do Céu, que desaparece
No momento em que a gente o toca
Felicidade, uma ilusão
O brilho da Estrela deixou de estar lá
E a vida não é como se pensa
Durante a guerra sempre os rios congelam
E os seus invernos são mais frios
Parece que foi sempre assim
A vida nos nega um sorriso
Justamente nos momentos
Em que tudo que mais se precisava
Era de um sorriso, simplesmente
Eu queria ter palavras
Pra explicar que não tenho respostas
Tem dias que o que mais desejo
É saber a verdade das verdades
Mas a única palavra que me vem
Me causa o querer e a vontade
de não querer saber mais nada.
Edson Ricardo Paiva.
Eu
Vivendo minha vida
Num mundo que não é meu
Uma lâmpada
Acendida anteontem
Esquecida
Quando amanheceu
Uma voz rouca e profunda
Fruto
De relação desarmônica
Vendo outros olhos
Que veem
Entendo
Que vendo o que veem
Não enxergam nada
Ou pouco dizem
Creio-lhes eu
Pode ser que sofrendo
Insuficiência verbal aguda
Mudas
Corações moldados
Em rocha intrusiva
Uma relação harmônica
Plutônica erosiva
Crônica, agudizada
Cínica em seu modo
Em desarmonia com o meu
Uma lâmpada acesa lá fora
Cá dentro, um lugar à mesa
Creio eu
Pode ser um dia.
Edson Ricardo Paiva.
