Eu Gosto do Risco dos que Arriscam

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Apenas um aviso que eu deixo bem simples: se quiser, me procura você.

Não é fácil, muitas vezes eu me sinto sufocar de saudade, de vontade de estar perto.

Por mais longe o sol esteja ele nunca deixou de brilhar, por mais que o tempo passe eu nunca vou deixar de te amar.

Baby eu lamento, mas não tenho tempo de sentir as tuas dores, as minhas eu já não aguento.

Te escrevo, enfim, me ocorre agora, porque nem você nem eu somos descartáveis.

Eu tenho tanto pra te dizer e... no entanto, veja meus olhos rasos d’água: é a expressão de todo o carinho que sinto por você!

Não me encham o saco, eu fico aqui, meu bem, entre escombros. E nem morri.

Dê-me um ponto de apoio fixo e eu faço a Terra mover-se

E eu continuava assistindo à erosão da minha vida, sem que pudesse fazer nada. Muitos menos compreender Isabel.

Até que um dia resolvi imitá-la.

Eu quero o pensar-sentir hoje e, não, tê-lo apenas tido ontem ou ir tê-lo amanhã. Tenho certa pressa em sentir tudo.

Clarice Lispector
Um sopro de vida. Rio de Janeiro: Rocco, 2015.

Os maiores ladrões que eu conheço usam terno e gravata,
são tratados como autoridade,
e são super bem recebidos onde quer que estejam...

Eu conheci razoavelmente bem Clarice Lispector. Ela era infelicíssima, Zézim. A primeira vez que conversamos eu chorei depois a noite inteira, porque ela inteirinha me doía, porque parecia se doer também, de tanta compreensão sangrada de tudo. Te falo nela porque Clarice, pra mim, é o que mais conheço de GRANDIOSO, literariamente falando. E morreu sozinha, sacaneada, desamada, incompreendida, com fama de "meio doida”. Porque se entregou completamente ao seu trabalho de criar. Mergulhou na sua própria trip e foi inventando caminhos, na maior solidão.

Preciso de você para dizer eu te amo outra e outra vez. Como se fosse possível, como se fosse verdade, como se fosse ontem e amanhã.

Eu posso estar errada, mas eu sei que se eu fizer o que acho certo, vou estar de consciência limpa, e quem sabe até mais feliz do que já estou. Desculpa, mas não vou fazer nada para agradar ninguém, quero fazer do meu jeito, ou então, nada feito.

Eu queria que existisse um canto do mundo que nunca me dissesse “hey, você se expõe demais” e que me deixasse ser assim e apenas me deixasse ficar quietinha e quente quando o mundo resolvesse me magoar.

E "eu te amo" era uma farpa que não se podia tirar com uma pinça. Farpa incrustada na parte mais grossa da sola do pé.
Ah, e a falta de sede. Calor com sede seria suportável. Mas ah, a falta de sede.
Não havia senão faltas e ausências. E nem ao menos a vontade. Só farpas sem pontas salientes por onde serem pinçadas e extirpadas.

Clarice Lispector
Uma aprendizagem ou O livro dos prazeres. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

"Eu achei que quando passasse o tempo, eu achei que quando eu finalmente te visse tão livre, tão forte e tão indiferente, eu achei que quando eu sentisse o fim, eu achei que passaria. Não passa nunca, mas quase passa todos os dias. Chorar deixou de ser uma necessidade e virou apenas uma iminência. Sofrer deixou de ser algo maior do que eu e passou a ser um pontinho ali, no mesmo lugar, incomodando a cada segundo, me lembrando o tempo todo que aquele pontinho é um resto, um quase não pontinho. Você, que já foi tudo e mais um pouco, é agora um quase. Um quase que não me deixa ser inteira em nada, plena em nada, tranqüila em nada, feliz em nada."

Eu sinto que sei que sou um tanto bem maior !

Eu sou uma pessoa extremamente frágil por dentro. Isso aqui é uma casca.

Eu tenho medo do ótimo e do superlativo. Quando começa a ficar muito bom eu ou desconfio ou dou um passo para trás.

Clarice Lispector
Um sopro de vida. Rio de Janeiro: Rocco, 2015.