Eu Deixo a Vida como Deixo o Tedio

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Realmente, não creio na alma humana, nem nunca cri. Tenho a convicção de que as pessoas são como as malas: cheias de coisas diversas, são expedidas, atiradas, empurradas, lançadas ao chão, perdidas e reencontradas, até que, por fim um Último Transportador as atira para o Último Comboio.

Os desejos humanos são infindáveis. São como a sede de um homem que bebe água salgada, não se satisfaz e a sua sede apenas aumenta.

É egoísmo pensar somente em nós próprios como centro do mundo e construir um mundo fechado que nos isola das oportunidades que a vida pode oferecer.

A verdadeira beleza é tão particular, tão nova, que não se reconhece como beleza.

Convém ter uma religião e não crer nos padres, assim como convém fazer um regime e não crer nos médicos.

Os vícios entram na composição da virtude assim como os venenos entram na composição dos remédios. A prudência mistura-os e atenua-os, e deles se serve utilmente conta os males da vida.

Quando a árvore é pequena, o jardineiro orienta-a como quer. Mas quando a árvore cresceu, já não pode reorientar as suas curvas e sinuosidades.

Os fatos são como os bonecos dos ventríloquos. Sentados no joelho de um homem sábio articularão palavras de sabedoria; noutros joelhos, não dirão nada ou dirão disparates, ou comprazer-se-ão em puro diabolismo.

A sociedade é como o ar: necessário para respirar, mas insuficiente para dele se viver.

É preciso ensinar aos homens como se não ensinasse realmente, / propondo-lhes coisas que não sabem como se as tivessem apenas esquecido.

Alexander Pope
The Works of Alexander Pope

Quando as coisas não são como nós gostaríamos que fossem, devemos gostar delas tais quais elas são.

O mal que fazemos não atrai contra nós tanta perseguição e tanto ódio como as nossas boas qualidades.

Um pensamento, quando é escrito, é menos opressor, embora às vezes se comporte como um tumor maligno: mesmo se extirpado ou arrancado, volta a desenvolver-se, tornando-se pior do que antes.

Fazer poesia é como fazer amor: nunca se saberá se a própria alegria é compartilhada.

Questionar quem deve ser o patrão, é como discutir quem deve ser o saxofonista num quarteto: evidentemente, quem o sabe tocar.

Morremos como mortais que somos, e vivemos como se fôramos imortais.

Os grandes erros são muitas vezes feitos, como as cordas, de uma quantidade de fios.

Oh! Se os ricos fossem tão ricos como os pobres imaginam.

O trabalho é desejável, primeiro e antes de tudo como um preventivo contra o aborrecimento, pois o aborrecimento que um homem sente ao executar um trabalho necessário embora monótono, não se compara ao que sente quando nada tem que fazer.

Falta muito para que a inocência tenha tanta proteção como o crime.