Eu Deixo a Vida como Deixo o Tedio
Senhor, não consegui fugir de ti
No mundo eu me escondi
E você me achou, me resgatou.
Pai, das trevas você me tirou
E mesmo sem eu merecer
Me deu teu amor, e me amou.
Por muito tempo eu me vi perdido
Sem nenhum rumo ou caminho a seguir
Mas tua luz estava lá comigo
E hoje eu posso dizer... e hoje eu posso dizer....
Eu seguirei o teu caminho
Na tua casa eu vou morar
Eu deixarei de andar sozinho
E com você vou caminhar
Você me pergunta se eu te amo.
Digo que sim.
Você me pergunta o porquê.
Mas a resposta não cabe nas palavras.
Ela mora nos gestos que escapam da boca:
nas panquecas com mel feitas de surpresa,
no silêncio que não coça a garganta,
no erro que você comete
e eu deixo passar como nuvem.
Não por dó —
mas porque o amor é míope (como eu sou)
e prefere enxergar embaçado.
O amor é transcendental.
Ou seja: escapa.
Foge das definições como um gato —
no peitoril da janela,
olha para você, mas não obedece:
é a imprevisibilidade que se deixa ficar.
É um peixe vivo na banheira da alma —
algo inadequado, mas presente.
Ou a sombra de um pássaro:
risca o chão e some antes de você apontar —
pura efemeridade.
É sagrado,
porque é inútil (não serve para nada).
Como um copo d’água na madrugada —
não sacia, só umedece os lábios.
É real,
porque não precisa ser provado.
E é impossível.
Como traduzir o cheiro da chuva
sem nomear a saudade?
Eu nunca fui um assassino,
mas máquinas só enxergam zeros e uns.
O Estado me deu fome, tristeza, dor e opressão.
Aí depois veio Deus, e me deu justiça, esperança e real mudança.
Então, armado até os dentes, fui fazer os desejos do Senhor.
Sem Ele, não haveria permissão pra matar.
Na minha lógica, só tinha que pegar o que era meu por direito,
e buscar o arrependimento — sem machucar ninguém.
Enquanto vocês se submetem a coisas que nem entendem.
E é isso que acontece. Todos os dias. Séculos. Milênios.
Eu queria tanto, ser tanto, ser muito. Mas será que mereço ser?
Tenho que me contentar com o pouco que sou e com o pouco que tenho; tento mais, mas nunca vem.
É como quem não encontra palavras suficientes pra dar conta do tamanho do que sente - então repete: o tanto e o muito que quero ser, ter, merecer.
Mas será que eu mereço?
Essa dúvida arrasta a gente pro chão, força esmagadora que não permite levantar. Como se a resposta já tivesse sido dita: "Sim, talvez você tenha mesmo que aceitar isso por enquanto."
Quando olho para a lua, me bate uma tristeza. A lua me faz lembrar você. Aí eu choro porque estou sozinho.
Eu tenho uma fé enorme. Eu me apego a ela em momentos difíceis.
A MORTE CHEGOU DE BRANCO
A morte chegou de branco
mas quem a viu não fui eu.
Foi a moça do barranco
que mal a viu se escondeu.
Chegou de branco trazendo
um sopro de terras santas
de rosas castas e rios
onde em claros arrepios
se deita o sonho gemendo...
Chegou de verdes colinas
de longínquos povoados
e tinha toda a pureza
da risada das meninas
das águas virgens das plantas
dos campos mal-assombrados.
Chegou de branco! De branco...
De branco como o silêncio
como as núpcias de branco
como o primeiro suspiro
da moça que no barranco
só por vê-la se escondeu.
A morte chegou de branco
mas quem a viu não fui eu.
📜 Carta do Discípulo Silencioso
> Amados,
Eu não tenho muitas palavras nos lábios, mas tenho milhares guardadas no coração.
O que meus olhos veem em silêncio, o Senhor entende em profundidade.
Vi outros falarem com coragem, enquanto eu fiquei quieto.
Vi sorrisos em vozes altas, enquanto o meu sorriso nascia só por dentro.
Mas o Deus que vê em secreto também vê a mim.
E Ele diz:
> "Não temas, pequeno.
Porque o meu amor não depende da tua força.
O teu silêncio fala mais alto do que o barulho do mundo."
Eu não prego como Pedro.
Nem grito como Paulo.
Mas amo como João — com o coração entregue, mesmo calado.
Que aquele que também é tímido saiba:
Você não está só.
O Pai te vê.
O Filho te chama.
E o Espírito te cobre com paz.
Escrevo a ti, irmão em silêncio, para que não te sintas invisível.
Porque até quem vê navios... pode ser aquele que guia a bússola.
Com amor,
O discípulo silencioso.
📖 “Aquele que ama permanece em Deus, e Deus nele.” (1 João 4:16)
É isso que eu sou: solidão...
sem dor... sem autocomiseração...
simplesmente solidão
puramente solidão
mas não só solidão
nunca só na solidão.
É isso que eu sou: solidão
e eu só sei viver assim...
Eu mesma preencho a solidão que há em mim.
Eu sei... minha hora vai chegar
desde sempre está marcada
quem garante que não será a hora errada.
A decisão não é minha...
Talvez, por mim, jamais tomaria tal decisão,
ou a tomaria na hora errada
ou antes da hora... ou depois da hora
quando a nunca coisa que resta é ir embora.
Há hora certa?
Verei o sol amanhã?
Quem garante?
A única garantia: alguém não o verá...
Quem será?
Eu dominava o mundo
quando seus olhos estavam nos meus
agora sou apenas eu
tudo que eu dominava se perdeu.
Meu mundo...só meu...
vazio de sonhos,
sem esperanças,
apenas lembranças
de que um dia foi seu.
Eu dominava o mundo
agora, nem domínio próprio tenho,
meu coração está morto
joguei fora a chave
...
cansei desse mundo torto.
"Et si tu n'existais pas
Dis-moi pourquoi j'existerais..."
Quem seria eu?
"Et si tu n'existais pas"
eu seria obrigada a te inventar
Usaria as palavras pra te criar,
de Deus eu iria brincar...
Eu sei .... tu sabes
não há eu sem ti
não há tu sem mim...
"Et si tu n'existais pas"
Quem seria eu?
...
Quem tu serias?
E se eu não existisse
porque tu existirias?!
(" " Joe Dassin)
Você lembra quando eu disse que não conseguia parar de sorrir?
Pois é... e eu continuei sorrindo por um bocado de tempo,
sorria à toa... a alma repleta de felicidade,
pensei que seria assim pra todo o sempre... em todo tempo...
pra toda a eternidade.
Mas, percebi que era um pseudo-sorriso
um sorriso criado pela minha fértil imaginação
desesperada por alegrar meu coração...
que há tempos andava triste...
solitário por demais
Hoje ele continua solitário
e os meus lábios mantêm o sorriso
mesmo com a alma partida
... a sua chegada foi a sua partida...
tudo falso...
e eu que só queria ser feliz de verdade.
Um dia eu encontro a fórmula mágica da felicidade...
eu sei...devaneios :(
por que afinal você veio?
Em nuvens... densas nuvens
mais escuras a cada passo
E eu que achei que havia chegado.
Isso é coisa do passado
que me fazia acreditar
que no futuro eu ia te encontrar.
O passado passou... o presente passou
o futuro passando
e as densas nuvens cada vez mais densas ficando
acho que é assim que se vai perdendo a esperança
espera-se...espera-se...espera-se
e não se alcança.
daí você cansa... e perde a esperança.
Até a ilha mais distante
tem espaço pra companhia...
Eu escolho: posso ser uma ilha
cercada de gente por todos os lados
ou não
posso ser uma dessas gente
e aparecer na sua ilha de repente
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
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