Estava um Pouquinho Ocupado Desculpe me

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Se você não tem namorado é porque ainda não enlouqueceu aquele pouquinho necessário a fazer a vida parar e de repente parecer que faz sentido. Enlou-cresça.

O seu sorriso vale mais que um diamante. Se você vier comigo, aí nós vamos adiante.

Charlie Brown Jr

Nota: Trecho da música Dias de luta, dias de glória.

Não se julga aquilo que não se conhece. Me desculpe se suas dores são idealizadas e, com isso, superficiais. Minhas dores são do coração e esfaqueiam. Eu sangro. Acredite em quem realmente já sentiu essa sensação que você diz arrogantemente saber, sem saber realmente o que é.

Deus, me desculpe por estar quase sempre reclamando da minha vida, e de meus pais. Me desculpe por muitas vezes ter perdido a minha fé. Me desculpe por só pedir e esquecer de agradecer. Mas obrigada por me proteger, por acreditar em mim e por estar sempre ao meu lado, e que sempre esteja.

Não se desculpe por quem você é e pelo o que você quer.

Meu coração está doendo, não dormi direito a noite toda, e as poucas vezes que dormi sonhei com você!

Todos buscam a sinceridade mas ninguém está preparado para ouvi-la.

Se você quer testar sua memória, tente se lembrar hoje sobre o que você estava preocupado há um ano atrás.

Urbanização

Tudo o que vivêramos
um dia fundiu-se
com o que estava
a ser vivido.
Não na memória
mas no puro espaço
dos cinco sentidos.
Havíamos estado no mundo, raso,
um campo vazio de tojo seco.

Depois, alguém
urbanizou o vazio,
e havia casas e habitantes
sobre o tojo. E eu,
que estivera sempre presente,
vi a dupla configuração de um campo,
ou a sós em silêncio
ou narrando esse meu ver.

Deus estava satisfeito com a sua obra, e isso é um erro fatal.

Quando eu nasci,
ficou tudo como estava,
Nem homens cortaram veias,
nem o Sol escureceu,
nem houve Estrelas a mais...
Somente,
esquecida das dores,
a minha Mãe sorriu e agradeceu.

Quando eu nasci,
não houve nada de novo
senão eu.

As nuvens não se espantaram,
não enlouqueceu ninguém...

P'ra que o dia fosse enorme,
bastava
toda a ternura que olhava
nos olhos de minha Mãe...

Conhecer aquilo que dele estava escondido é, para o homem, a embriaguez, a honra e a perda de si próprio.

Não foi nada de especial, chutei com o pé que estava mais à mão.

Amar você me manteve vivo, enquanto eu estava na água, eu fiz um trato com Deus. Se ele me deixasse ver seu rosto mais uma vez, nunca mais pediria nada a ele. Bom, ele cumpriu a parte dele e eu vou cumprir a minha, irei embora sem pedir nada!

“O filósofo das ruas estava se tornando mestre de um jovem da elite social. O jovem admirou o mendigo e o mendigo se encantou com o jovem. Começaram a ser amigos. Ambos viviam em mundos distintos, mas foram aproximados pela linguagem universal da sensibilidade e da arte de pensar. Uma fascinante história seria desenhada.”

(O futuro da Humanidade. - Página: 29)

Sorriram um para o outro. E tudo estava certo, outra vez, e tudo tinha um gosto bom.

Quando o sol estava se tornando insuportável — porque sempre chega um momento em que até o bom se torna insuportável.

Eu estava sonhando.
E há em todas as consciências um cartaz amarelo:
"Neste país é proibido sonhar".

Lembro como se fosse ontem, mas aconteceu há exatos vinte anos. Eu estava sozinha - não havia um único rosto conhecido a menos de um oceano de distância - sentada na beira de um lago. Fiquei um tempão olhando pra água, num recanto especialmente bonito. Foi então que me bateu uma felicidade sem razão e sem tamanho. Deve ser o que chamam de plenitude. Não havia acontecido nada, eu apenas havia atingido uma conexão absoluta comigo mesma. Não há como contar isso sem ser piegas. Aliás, não há como contar, ponto. Não foi algo pensado, teorizado, arquitetado: foi apenas um sentimento, essa coisa tão rara.
De lá pra cá, nem hino nacional, nem gol, nem parabéns a você me tocam de fato. Isso são alegrias encomendadas e, mesmo quando bem-vindas, ainda assim são apenas alegrias, que é diferente de comoção. O que me cala profundamente é perceber uma verdade que escapou dos lábios de alguém, um gesto que era pra ser invisível mas eu vi, um olhar que disse tudo, uma demonstração sincera de amizade, um cenário esplendoroso, um silêncio que se basta. E também sensações íntimas e indivisíveis: você conquistou, você conseguiu, você superou. Quem, além de você, vai alcançar a dimensão das suas pequenas vitórias particulares?
Eu disse pequenas? Me corrijo. Contemplar um lago, rever um amigo, rezar para seu próprio deus, ver um filho crescer, perdoar, gostar de si mesmo: tudo isso é gigantesco pra quem ainda sabe sentir.

Martha Medeiros
MEDEIROS, M. Doidas e Santas. Porto Alegre: L&PM, 2008.

Nota: Trecho da crônica "Emoção X Adrenalina"

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A foto é literalmente uma emanação do referente. De um corpo real, que estava lá, partiram radiações que vêm me atingir, a mim, que estou aqui; pouco importa a duração da transmissão; a foto do ser desaparecido vem me tocar como os raios retardados de uma estrela. Uma espécie de vínculo umbilical liga a meu olhar o corpo da coisa fotografada: a luz, embora impalpável, é aqui um meio carnal, uma pele que partilho com aquele ou aquela que foi fotografado.