Essência
A vida é o amor em abundancia na constância e consistência suspensa entre a essência cristalina da gotinha de orvalho da manhã que desperta e fluidifica em luz do sonho perene que teve enquanto adormecida na acetinada pétala da flor.
O amor é em essência uma generosa descoberta e ao mesmo tempo uma grande aflição de revolta, quando não estamos previamente preparados. Algumas pessoas, descobriram por tão pouco que me amam tão intensamente que por conta disto, passaram a me odiar de forma contraditória pelo resto de suas vidas.
O homem é um animal industrioso, ardente por mais, os perfis variam, mas a essência, não raro, prevalece na Eterna Repetição. Com esses, aconcelho-te a evita-los, não revelar-se, as máscaras são amigas legítimas quando convive-se com serpentes peçonhentas.
A Educação é aessência primordialda
humanidade,é o que distingueo ser civilizadodo homem em seu
estado natural.
Jamais perca a sua essência quando você estiver lá no topo, não se contamine ao ponto de esquecer que você veio lá de baixo.
Humildade filho(a).
Família é a essência de tudo, é nossa fortaleza, se você construiu uma, não se desprenda, não perca sua família por aventuras da vida.
Portanto, o que Deus uniu, ninguém o separe.
Recado de Deus para você.
Seu corpo é só o seu cartão de visita, o que importa mesmo é o seu caráter, sua essência, fidelidade e lealdade.
As pegadas na areia são para marcar a minha presença, o vento para confirmar a minha essência e a água do mar para lavar a minha alma.
A solidão de alguém está muito além de abraços sorrisos e palavras de conforto. A nossa essência e inviolável .
A ESSÊNCIA DO AMOR
Toda vez que tinha uma desilusão corria a praia, era muito mais fácil para André entender a imensidão do mar que a essência das pessoas, e imaginar que aquilo tudo era gratuito, imaginar que um Ser superior com sua generosidade infinita armazenara ali tantas oferendas... e assim era frequente suas idas à praia; no entanto nada era traumático, nada que deixasse marcas indeléveis, diante daquela imensidão qualquer problema tornava-se ínfimo, mesmo com aquela forma de pensar de que amor é arrimo da dor ou a dor arrimo do amor, era assim. Mara, sua primeira paixão de adolescente, a que recebera os primeiros bilhetes, com frases e desenhos de paixão, preferira o rival das gincanas e torneios colegiais; mas depois vieram namoros firmes e noivados desfeitos, todos superados depois de algum tempo, então um dia olhava as fotos, relembrava os momentos, rebuscava os detalhes e ria dos resquícios de felicidade; a vida era uma aventura que tinha que ser vivida. Uma agrura ou outra, alguns arranhões, mas era só; algumas doses de vinho, um livro, um pouco de solidão, alguns poemas. e tudo ficava no arquivo das lembranças, catalogado com muitos aprendizados. era um caminho ou muitos caminhos, um labirinto que nos levaria aonde, o universo que nos compõe compõe o universo propriamente dito. não cometeria os mesmos erros, e pensando assim parecia policiar-se de um prisma adjacente e estratégico, mas não era bem assim, ou pelo menos não era funcional diante de um universo de emoções; se pudéssemos definir André numa única palavra essa palavra seria sensibilidade, era uma pessoa suscetível então o que doía em alguém próximo doía nele, o que encantava, uma bela atitude lhe fascinava assim aconteceram
Outras paixões; ansiedade, medo, insegurança, mas não era um martírio, nem era um jogo, ou era? detalhava os traços, a forma de falar, sorrir, olhar, tudo lhe fascinava no alvo de suas emoções, mas nada tanto como um pouquinho de timidez; um rosto feminino espantado era irresistível. mas quem inventou a paixão? com certeza Marylin Monroe naquela famigerada foto, tentando abaixar a saia do vestido por causa de um vento inconveniente, tenha inventado a paixão para a metade da população masculina contemporânea e quiçá para a parte da modernidade lésbica, o que se insurgia como um pecado, mas quem não pecaria por paixão?
Alguma coisa no passado incomodava.. sempre haveria algo no passado a incomodar mas já aprendera a conviver com isso. era sempre algo mal resolvido, algo que deixara de dizer ou fazer, e isso às vezes lhe salvara, outras o condenara; principalmente a conviver com essa sensação, alguma coisa no passado...
A Central do Brasil estava como em todas as segundas- feiras, todos apressados; ninguém se via, ninguém se percebia, muitos se esbarravam; muitas mãos estendidas, olhos suplicantes e não eram só os olhos dos pedintes, no entanto descrevia o amanhecer como como uma aquarela divina; o romantismo é leviano a ponto de ignorar o inferno que queima a essência no interior humano; nossas canções de exílios morreriam de vergonha diante de olhos tão infelizes, mas diante da beleza quem não se torna leviano. A hora de entrar no trem era um suplício, era a sua supercarga de stress diária, mas ao juízo final, aquilo provavelmente contaria como atenuante para a remissão de seus pecados. O trem sacolejava num serpentear como se tentasse despertar muitos que voltavam exauridos de mais uma batalha do cotidiano; as casinhas subiam o morro desordenadamente, às vezes perigosamente como uma maquete mal elaborada; André num rompante de filosofia, comparou tudo aquilo com a alma humana e murmurou pra si mesmo: "diante da necessidade até a desordem se harmoniza." alguém colocou algo na sua mão explicando uma necessidade, era um dos muitos vendedores de coletivo, uma das muitas desarmonia social; afora isso tinha cantores, poetas, filósofos, pintores e todos juntos estavam ali como uma plateia passiva, assimilando ou não, participando ou não, indiferentes ou não; mas ali era o teatro real, a realidade crua na peça do cotidiano. André Jogou uma cédula ainda úmida, afinal vinha da praia, no chapéu que se encontrava na mão de um jovem que declamara um poema que falava na essência do amor, seu destino era a próxima estação: Olinda, e seu espetáculo pausava ali para recomeçar no dia seguinte, depois daquele resto de ocaso que lhe faria refletir sobre a essência do amor
ALMA
Necessidades é a minhas essência de existir,
Não existiria sem ausências...
Então despedidas, crepúsculos me preenchem
Me completam; esse esvaziar-se
Que vai soprando as horas,
Este inexistir que faz germinar prosas,
Esse ar que não se inspira nunca,
É isso que me alimenta,
O passo que eu nunca consigo dar,
O inalcançável, a silhueta
Que não diviso,
O vulto que não distingue-se, a alma...
PELA ESSÊNCIA
Pegou sua espada e seu escudo, protetores para juntas e coletes, seu capacete e seu cavalo negro; o olhar no horizonte onde as savanas davam lugar as montanhas; sabia que tinha que combater, não sabia por que, mas tinha que lutar, não sabia contra quem ou contra o que, mas tinha que combater, tinha que batalhar... seu cavalo negro como a noite, como as perspectivas do porvir galopou na insanidade, trotou nas quimeras, se perdeu nas cavernas da insegurança. Seu pai combatera o bando de Lampião, batalhas duras nas caatingas secas e solos rachados pelo clima árido do sertão nordestino; foi tempo de duras batalhas contra o cangaço, contra a fome, contra a seca; o êxodo para grandes cidades, trazendo saudade e solidão... agora tinha um inimigo silencioso, invisível abstrato, alem dos lobos e serpentes, todos os danos e perigos que uma floresta pode oferecer. Um monstro emergeria do lago com seus tentáculos... nas montanhas certamente teríamos chuva de meteoros, mas isso seria só pequenos transtornos, obstáculos facilmente transponíveis seu maior perigo era o invisível, inaudível, intátil; a angústia da incerteza. Galoparia incansavelmente no seu corcel negro para que seu sonho não morresse com o crepúsculo, para que suas esperanças brilhassem nos primeiros raios da aurora galoparia no seu corcel, galoparia incansavelmente, galoparia pela essência na essência da vida...
a minha verdade não é minha
e a minha essência é multidão
eu brinco de ciranda ao redor da montanha
de mãos dadas comigo mesmo
penso que sou feliz e isso é tão longínquo
que os rios me carregam
e as estradas me conduzem
em fila indiana até que eu caia de um crepúsculo
e ressurja no nascente e os primatas
que eu fui eram tão ternos,
tinham a ternura das tristezas e das indecisões
e isso fazia deles seres melhores do que hoje somos
agora eu fico sozinho comigo mesmo e os meus cromossomos
ora refletindo, ora contemplando
e eu me pergunto: será que eu não sou Deus?
porque afinal de contas, eu também sou solitário,
eu também sou triste, fico perdido no que me constitui
e no que compõe o meu DNA.
Primata? -Não, os dias gloriosos se foram;
preservei daquele símio só o angustiante prazer
de se entregar a paixão... e quando ela passa
iluminando o vale com sua aura, eu brinco de ciranda
de mãos dadas comigo mesmo ao redor da montanha
até que ela o encontra sob a copa de uma amendoeira frondosa
se abraçam terna e loucamente apaixonados
a fazer piscar de acanhamento astros há mil anos luz ...
e eu fico pensando: ah, se eu não fosse Deus...
Quer conhecer a essência de um homem, observe as suas atitudes, não se detenha apenas nas palavras proferidas por ele.
"A Morte, em sua essência, já detém a mais absoluta riqueza: a própria vida. Se a barganha fosse sua moeda, qual tesouro lhe seria negado?"
