Esperando um Filho
Meu pai... Ah, meu pai. Meu pai era assim: um homem deitado numa pilha de travesseiros. Lembro-me ainda de que ele era uma imensa pessoa, vermelha e inchada, espirrando sangue e chamando pela neném. Jeruza tinha dez meses e então traziam-na para o quarto. Mal via papai, a menina abria a boca no mundo e os dois enchiam o quarto de choro e sangue até quase se afogarem. Era um rio de borbulhas quentes e fétidas. uma vez, fui surpreendido pelas suas águas e só não me afoguei porque alguém me puxou pelos cabelos e soprou-me os lábios. Duvida? Não tem problema, livro aceita tudo. E que importância tem se, quase trinta anos depois, resolvo passar um rio de águas e borbulhas vermelhas bem no quarto de papai?! O tempo faz-nos perder coisas, mas dá-nos obter outras". (Estranhos na noite, romance, 1988)
Lembre-se, historias contém vírgulas, vírgulas significa um tempo mas não quer dizer que a história acabou.
Ser escritor deve ser algo mais que um simples espirrar de palavras. Aliás, tenho algo de escritor: terríveis olheiras, minhas olheiras estão pavorosas. Um jeito esquisito, jeito de anjo ou desesperado. Tenho alguma coisa que é quase ódio, quase orgulho de mim mesmo." (Estranhos na noite, romance, 1988)
O crítico é um investigador, um Sherlocky Holmes. Bem que gostaria que ele descobrisse quem era o defunto do Seminário, o que eu apalpei no corpo do Cristo. Mas ele é um tonto. A culpa não é dele, é daquela luneta que ele usa, como se fosse astrônomo, como se caçasse estrelas. O que eu conheci era de artes plásticas. E tinha a sensibilidade de um hipopótomo! Mas eu queria um crítico assim: que pusesse Tomé na cadeia por causa de Faropa, que torpedeasse o navio de Padre Souza, lógico que ele vai para Roma num cruzeiro! E que fizesse tudo aquilo que eu não fiz. Por exemplo: não deixar mãe Rosa envelhecer." (Estranhos na noite, romance, 1988)
Dormindo o unico momemto em que tudo que eu quero é meu, que eu faço oque quero. Será que um dia isso vai deixar de ser considerado só um sonho?
Nunca seja egoísta com o próximo. Um dia você pode não precisar de ninguém, mas no outro você não sabe o que irá acontecer. Lembre-se: o mundo dá voltas.
E se for pra você ser egoísta, não seja, isso não é um dom de Deus.
As vezes se prender a um mundo de ilusões é tão bom quanto encarar a realidade, mas como todo sonho uma hora é nescessario acordar
De mãos dadas com um desconhecido íntimo
Percebi que a solidão é a saudade de quem caminha ao meu lado.
Se você é daqueles que não vê problema em sonegar um impostinho, estacionar rapidinho num local proibido ou fingir que não reparou o troco a mais que lhe foi dado, tente votar em alguém com princípios bem diferentes dos seus para nos representar. Mas não espere coerência política de alguém eleito por um voto incoerente.
Cada um de nós somos fotos invisíveis de outros tempos, de outras vidas, de outras culturas, que se vão desenhando no nosso presente, atualizando jeitos, faces e vozes." (Corina, 2007)
Ali, absorvida no viverbrincar, as meninas fazem parte de um outro universo, quase posso senti-lo. A impressão que tenho é que, se estender a mão, toco na finíssima bolha que forma esse mundo só delas. Olho-as novamente e, no meio da tarde, aquelas meninas como que parecem mágicas, ancestrais. São todas alices em seu país de maravilhas. Ali, brincando, o tempo não existe para elas." (Corina, 2007)
Eu sou um sonhador!
É difícil viver de sonhos, primeiro porque é difícil deixá-los viver. Sim. Os sonhos muitas vezes não sobrevivem à dureza do imperativo "ter que fazer".
Quando somos crianças, nos obrigam a acreditar em papai noel para pouco depois descobrirmos que não, ele não existe, e daí acreditarmos que sonhos não têm fundamento. Nos obrigam a acreditar em bicho-papão para nos assustar, e qual não é nossa surpresa de um dia enxergar o mundo a nossa volta e saber da violência, e que pessoas morrem de fome, de frio, de falta de amor? Nos aprisionam em mentiras para nos esconder da realidade da qual realmente pertencemos e que podemos/devemos mudar. Mas o pior, pior mesmo é quando nos fazem acreditar que por sermos crianças não podemos querer, porque não sabemos o que desejar, e que devemos almejar o que querem pra gente: o melhor. É exetamente aí que matam nossa capacidade de sonhar. Porque o melhor sempre é ganhar mais dinheiro, ter mais poder.
Sonhar - não há tempo para isto. O certo é trabalharmos o dia todo, chegarmos cansados, assistirmos tv e dormir. Dormir um sono bem leve e preocupado, sem tempo para devaneios, afinal de contas, o outro dia virá com mais e mais trabalho, e temos de estar preparados. No tempo 'livre' temos de estar ocupados: Ficar deitado sem fazer nada e pensar; ler um livro, ou um blog de poesia e literatura e pensar; olhar o movimento da rua e pensar - NEM PENSAR!!! Temos que fazer cálculos, planejamentos, gráficos... Sermos matemáticos e administrativos. Temos de cuidar da aparência, da beleza e esconder nosso teto de vidro. A vida está sempre atrasada, tem pressa e deve simplesmente seguir. Mas para onde? Para quê? Por quê? É difícil nadar contra a corrente e dizer: - EU SOU UM SONHADOR! E do outro lado alguém me grita: - Há contas a pagar! MAS EU PRECISO, PRECISO SONHAR!
Vivemos em um mundo opressor. Ou escolhemos ser livres e assumimos a condição essencial da vida que é sonhar ou somos reprodutores estéreis de um cárcere capitalista sufocador.
P.S.: Não venha me dizer: -"tá, isso tudo que você falou é lindo, mas não funciona..." Ao que eu responderei: - "Conhece felicidade? Ela não vem de carro ou carruagem. Tá dentro da gente, e é a gente quem faz!"
No mesmo lugar
Jamais seguirei
Um caminho
Sem que não possa
Me levar na bagagem.
Hoje sou assim
Amanhã sou assado
Mas nunca serei outra pessoa
A não ser eu mesma
Todo dia diferente
Ao mesmo tempo permanente
Não, não consigo sair de mim
Confins da escrita ...
Pouco adianta escrever um texto com belas palavras se suas emoções não estão impressas nele, pois escrever é expressar as emoções em palavras, é abrir seu coração, é quase como caminhar em um parque em uma bela manhã de sol ao som de pássaros que cantam alegremente e ver as borboletas voando despreocupadamente, é algo realmente maravilhoso, pois é escrevendo que me encontro comigo mesma, me sinto bem, me sinto segura, é só eu e as palavras, ninguém mais além de nós, quase que inseparáveis pois sem as palavras não consigo viver, sem as palavras minha sede não é de água e minha fome não é de comida, sem as palavras eu não sou mais eu.
Se você acha que a morte pra um animal é tão simples assim,então não duvide que pra você será a mesma coisa.
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