Escuridão
No meu mundo
Só há escuridão
Só há solidão
Só há tristeza
Só há lágrimas
No meu mundo
Era pra ter amor
Era pra ter felicidade
Era pra ser perfeito
No meu mundo
Construo o que sinto
Construo o que vejo
No meu mundo
Sempre vai ser assim
Era pra ser eu e você...
Sou Ester, sou estrela que brilha na escuridão
Dócil e submissa sou sábia, sou mãe da nação
Poderosa em Deus com jejum e oração
Coroada, escolhida
O rei me deu seu coração
O corvo...
Símbolo lendário de maldição...
De cor negra como a escuridão...
A tudo calado observa...
Lentamente caminhando na multidão...
É temido por onde passa...
É sinal da peste que mata...
Mísero de beleza...
Ele vaga...
Sua sina é arrebatar...
Corpos distorcidos...
Em latente agonia...
Buscar...
Não faz distinção...
A todos aponta sua mão...
Terrível pensar...
Na forma cruel que tudo pode terminar...
De horizonte em horizonte despreza o ontem...
Para o amanhã que talvez não irá chegar...
Olhe ao fundo da taça que lhe ofereço...
Siga meu conselho com apreço...
Aproveite enquanto pode...
Na chegada da hora certa...
O corvo vem lhe buscar...
Às vezes
na escuridão da noite,
acordo pensando em você.
Acordo de um pesadelo - porém lindo.
Às vezes, no clarão do dia,
tudo se escurece para mim.
Não consigo enxergar nada além de você,
mesmo que você não esteja ali.
Mãe, me entenda, não é frescura
Estou perdida pela noite escura
Essa escuridão só me assusta
A neblina está cobrindo tudo
Estou afogando bem no profundo
Posso te pedir um favor?
Não me julga, mas, pelo amor, me ajuda!
Venha para escuridão
A paz e uma ilusão
A luz e minha presa
O caos destruirá você
A ordem gera frustração
O caos a verdade
Descida quem você e!!
Revolução, inevitável , dependência e fraqueza.!
Embalam em nuvens de seda, lágrimas límpidas de saudades infinitas. O tempo de escuridão se aproxima em passos apressados. Caio em terra com o tormento da questão que me amedronta. Será que sobrevivo à tempestade.
Silêncio que escuto com atenção. Sem mais nada nem mais ninguém, ouço cada som calado. Quieta, serena, reparo nas marcas que deixaste no momento do abandono.
Aguento silenciosa, amarrando a ilusão à mente, como se lá no inconsciente me alimentasse, me trouxesse vida.
No deserto árido das emoções, perdida talvez num céu pouco esclarecedor que ameaçava cobrir de sombras toda aquela luz, reparo em pequenos movimentos na areia, que combatem a todo o tempo, lado a lado com a morte.
Assim eu me sentia. Sobrevivente, a travar constantemente novas batalhas.
Veneno a correr-me nas veias, fúria escondida como proteção aos meus receios. Assim me matas-te, com raiva de ti, de mim.
Sozinha num vazio com as memórias, a tentar refazer a historia que um dia desejei, recordo palavras sem razão, que ameaçam a capacidade de enfrentar, de me levantar.
Desejo de novo a vontade de sorrir! Mesmo que não seja real.
Porque não sei ver céu limpo, sem a luz que colocas em meu coração.
Não sei da água escondida no deserto, se não me hidratares com tuas gotas de suor.
Não sou nada se não pegares em minha mão.
Porque não sei de mim, perdi-me contigo e tu ainda permaneces comigo.
Não quero falar! Quero que repares em mim, que saibas que sinto a tua falta, apenas com o meu silêncio.
Passo a teu lado, não me olhas, não me vês.
Não senti o teu perfume…
Perdi-te mais uma vez!
Deixas pegadas, somente pegadas...
Existe uma escuridão dentro de todos, o que fazemos não depende de quem nos ensinou, mas sim, o que fazemos com o que aprendemos.
A escuridão não é para todos, ela escolhe quem merece, quem precisa dela, quem precisa se alimentar.
A escuridão não se ganha, se merece.
Na escuridão eu me encanto.
Na solidão eu me encontro.
No viver eu padeço.
No sono profundo eu me fortaleço.