Escola Poema de Rubem Alves
Conquistar amigos é melhor que:
√ a riquesa solteira
√ a solidão feliz
√ a felicidade destraída
Sê tu um amigo
Mesmo quando as avez não estejam
Sê tu um amor
Mesmo que as estrelas percam seu infinito brilho.
Sê tu alegre
Mesmo quando a natureza se calar.
A Lua e Eu
Na solidão da noite fria, permanece escondida nas sombras das nuvens carregadas o doce brilho e encantamento da lua;
Vagarosamente os pensamentos obscuros vêm se aproximando, a calmaria da noite deixa entrar em silêncio os sentimentos que machucam, ferem e desgastam a mente;
O vento gelado bate na janela avisando que a tristeza, a saudade e o medo desejam marcar presença madrugada á dentro;
No Céu as nuvens se afastam, dando espaço a Lua com sua luz forte e poderosa, nesse exato momento o mar ganha força, os coqueiros balançam com mais energia e os sentimentos e as sensações ruins são espantados com o clima de amor, vitória e paz trazidos pelo rico poder da lua, todas as atenções são voltadas ao seu brilho majestoso e cheio de mistérios.
Diz homem, diz criança, diz estrela.
Repete as sílabas
onde a luz é feliz e se demora.
Volta a dizer: homem, mulher, criança.
Onde a beleza é mais nova.
A liderança eficaz é aquela que pode confiar na sua equipe, uma vez que uma equipe bem preparada pelo seu líder pode bater metas imbatíveis.
" Reflexões". Resende, 05 de Novembro de 2015.
A brusca poesia da mulher amada (III)
A Nelita
Minha mãe, alisa de minha fronte todas as cicatrizes do passado
Minha irmã, conta-me histórias da infância em que que eu haja sido herói sem mácula
Meu irmão, verifica-me a pressão, o colesterol, a turvação do timol, a bilirrubina
Maria, prepara-me uma dieta baixa em calorias, preciso perder cinco quilos
Chamem-me a massagista, o florista, o amigo fiel para as confidências
E comprem bastante papel; quero todas as minhas esferográficas
Alinhadas sobre a mesa, as pontas prestes à poesia.
Eis que se anuncia de modo sumamente grave
A vinda da mulher amada, de cuja fragrância já me chega o rastro.
É ela uma menina, parece de plumas
E seu canto inaudível acompanha desde muito a migração dos ventos
Empós meu canto. É ela uma menina.
Como um jovem pássaro, uma súbita e lenta dançarina
Que para mim caminha em pontas, os braços suplicantes
Do meu amor em solidão. Sim, eis que os arautos
Da descrença começam a encapuçar-se em negros mantos
Para cantar seus réquiens e os falsos profetas
A ganhar rapidamente os logradouros para gritar suas mentiras.
Mas nada a detém; ela avança, rigorosa
Em rodopios nítidos
Criando vácuos onde morrem as aves.
Seu corpo, pouco a pouco
Abre-se em pétalas... Ei-la que vem vindo
Como uma escura rosa voltejante
Surgida de um jardim imenso em trevas.
Ela vem vindo... Desnudai-me, aversos!
Lavai-me, chuvas! Enxugai-me, ventos!
Alvoroçai-me, auroras nascituras!
Eis que chega de longe, como a estrela
De longe, como o tempo
A minha amada última!
O amor, a cada filho, se renova.
Mesmo no inverno, brilha a primavera…
E o coração dos pais, sedento, prova
O néctar suave de quem tudo espera.
Vai-se a lua, e vem outra lua nova…
Ai! os filhos… (e quem os não quisera?)
São frutos que criamos para a cova.
Melhor fora que Deus no-los não dera.
Frutos de beijos e de abraços, frutos
Dos instantes fugazes, voluptuosos,
Rosário interminável de noivados…
Filhos… São flores para velhos lutos.
Por que Jesus nos fez tão venturosos,
Para sermos depois tão desgraçados?
Intransponível
Muitas lutas, vários tombos, quantas cicatrizes visíveis!
Quantos dias e noites de vazio, silêncio e lágrimas invisíveis?
Depois de muito tempo me achando um simples retalho, consegui resistir e reagir a mudança que foi tão dramática e dolorosa.
É difícil sair de um problema, de uma crise, mas a rocha aqui não se quebra com água, fui lapidando as situações e hoje fiz de uma rocha um diamante.
Uma magia aconteceu, de um simples retalho nasceu uma armadura intransponível.
Não sou um simples palhaço de hospital!
Fazer sorrir quem já não tem mais esperança de viver
é bem complicado!
Estou com saudades
estou com tanta saudade que tudo dói em mim
você me completa, essa é a verdade
raiva dessa distância, eu senti
Milhões de milhas nos separam
não sei como é seu toque, não sei como é seu beijo
antes com essa ausência, não nos importavam
mas agora é difícil não te ter assim perto, como eu desejo
Suas palavras ainda as quero escutar
e pensar em você noite, tarde, dia
fizemos o juramento de pra sempre nos amar
num dia calorosa, numa tarde amena ou numa noite fria
Você me dá forças para ir além
me incentiva a conquistar minha liberdade
não quero o todo perfeito, o todo errado, nem ninguém
que não seja você, minha outra metade
As horas passam devagar
quero logo, quero logo poder te ver
te tocar, te beijar e em teus braços me encaixar
esse amor, só a gente consegue entender
Não me achava uma mulher linda
até o dia em que elogiou o meu olhar
disse profundo em meus olhos, sem mentira
não sabia o que fazer então fiz é me apaixonar
Esse oceano vasto não me amedronta
as ondas derrubam mas tenho que enfrentar
vou estar esperando, sempre e pronta
por você e pra você, meu precioso pilar
Deuses, forças, almas de ciência ou fé
Deuses, forças, almas de ciência ou fé,
Eh! Tanta explicação que nada explica!
Estou sentado no cais, numa barrica,
E não compreendo mais do que de pé.
Por que o havia de compreender?
Pois sim, mas também por que o não havia?
Água do rio, correndo suja e fria,
Eu passo como tu, sem mais valer...
Ó universo, novelo emaranhado,
Que paciência de dedos de quem pensa
Em outras cousa te põe separado?
Deixa de ser novelo o que nos fica...
A que brincar? Ao amor?, à indif'rença?
Por mim, só me levanto da barrica.
Álvaro De Campos
O Poeta Come Amendoim
Mastigado na gostosura quente de amendoim...
Falado numa língua curumim
De palavras incertas num remeleixo melado melancólico...
Saem lentas frescas trituradas pelos meus dentes bons...
Molham meus beiços que dão beijos alastrados
E depois remurmuram sem malícia as rezas bem nascidas...
Brasil amado não porque seja minha pátria,
Pátria é acaso de migrações e do pão-nosso onde Deus der...
Brasil que eu amo porque é o ritmo do meu braço aventuroso,
O gosto dos meus descansos,
O balanço das minhas cantigas amores e danças.
Brasil que eu sou porque é a minha expressão muito engraçada,
Porque é o meu sentimento pachorrento,
Porque é o meu jeito de ganhar dinheiro, de comer e de dormir.
“ O trabalho consome o tempo,
O tempo consome o trabalho,
O que sobra é a vontade,
De mais tempo sem trabalho...”
Oscar
"For do normal
Feito um espiral
Desenhando o sol
Pitando um arco-irís em seu coração
Serei o teu amor
No meio da multidão
Jogando flores pelo chão
Indo em sua direção
Feito uma canção"
Foi na equação dificil e enigmática do amor
que te encontrei.
Entre parênteses negativos e resultados
positivos, és a minha fórmula de vida !
no meu caminho
tem alguém lá na frente
um familiar especial
um amigo especial
meu anjo especial
ou seres especiais
tudo no meu caminho é especial
pois tem o amor e o cuidado de Deus
agradeço a Ele por tudo
pelo que sou
pelo que me tornei
pelo que ainda devo ser
aqui neste plano
e em outros
pois devo crescer em evolução
e o caminho
é o amor no coracao
levo comigo aonde vou
vou feliz
vou tranquila
calma e serena
vou em paz comigo
vou sentindo a alegria
vou pelos trilhos da esperança
vou com Jesus
pela minha vida inteira!!!
Amizade
O amigo que se torna inimigo fica incompreensível;
o inimigo que se torna amigo é um cofre aberto.
Um amigo íntimo – de si mesmo.
BOM É TODO DIA
Sempre será um ótimo dia se dermos a nossa existência a oportunidade de estarmos perto de quem gosta de sorrir e viver alegrias.
Palavras ausentes.
Pensamentos sem destino.
Se agora escrevo,
é por imposição de uma saudade,
que se aninha nesta noite vazia.
Hoje, não me sinto sentir.
Tudo chega e, parte sem me tocar.
Sentimentos inconstantes,
de quem desaprendeu a amar.
Nesse meu pobre versejar,
nascem sonhos
que se diluem sem rimar.
No final de cada verso,
não sou as palavras
que o papel acolheu.
Sou o sal,
sou a água ...
Que desperta esta solidão.
O cinamomo floresce
Em frente do teu postigo
Cada flor murcha que desce
Morre de sonhar contigo.
E as folhas verdes que vejo
Caídas por sobre o solo,
Chamadas pelo teu beijo
Vão procurar o teu colo.
Ai! Senhora, se eu pudesse
Ser o cinamomo antigo
Que em flores roxas floresce
Em frente do teu postigo:
Verias talvez, ai! Como
São tristes em noite calma
As flores do cinamomo
De que está cheia a minh'alma!
