Escola Poema de Rubem Alves
" Último Pedido "
Vida, que tanto me deste
e que eu, desajeitado ou louco,
por tédio, por orgulho ou por cansaço
quebrei, gastei, perdi...
Bem sei que não tenho direito
a nada esperar de ti,
- entretanto, ouve-me ainda, como se ouvisses
o último pedido de um condenado,
sem te importares se te maldigo:
- arranja-me um outro amor, maior que aquele,
e pior que aquele até, bem pior que aquele!
Seja este o meu castigo!
Parece coisa de louco
Como explicar na verdade
Que o amor, que durou tão pouco
Me doa uma eternidade
EM TODOS OS JARDINS
Em todos os jardins hei-de florir,
Em todos beberei a lua cheia,
Quando enfim no meu fim eu possuir
Todas as praias onde o mar ondeia.
Um dia serei eu o mar e a areia,
A tudo quanto existe me hei-de unir,
E o meu sangue arrasta em cada veia
Esse abraço que um dia se há-de abrir.
Então receberei no meu desejo
Todo o fogo que habita na floresta
Conhecido por mim como num beijo.
Então serei o ritmo das paisagens,
A secreta abundância dessa festa
Que eu via prometida nas imagens.
Uma das razões pelas quais os ricos ficam mais ricos, os pobres, mais pobres e a classe média luta com as dívidas é que o assunto dinheiro não é ensinado nem em casa nem na escola.
A educação é responsabilidade dos pais, ensino é responsabilidade dos professores, a aprendizagem depende do desejo do aluno.
Usar recursos digitais não é garantia de aprendizagem. A tecnologia é mais uma ferramenta, que precisa do talento do professor , interesse do aluno e o acompanhamento da família!
Romance da Bela infanta
Chorava a infanta chorava na porta da camarinha
Perguntou-lhe o rei seu pai: Por que choras filha minha?
Eu não choro senhor pai, se chorasse razão tinha
Todas eu vejo casadas, só a mim vejo sozinha.
Procurei no meu reinado, filha, quem te merecia
Só achei o conde Olário e esse já mulher havia
Ai meu rei pai de minh’alma, esse mesmo é que eu queria
Mande aqui chamar o conde pela vossa escravaria
Palavras não eram ditas, já o conde chegaria
E que a vossa majestade quer com minha senhoria?
Mando que mate a condessa pra casar com minha filha
E traga a cabeça dela nesta dourada bacia
Sai o conde por ali com tristeza em demasia
Ter que matar a mulher, e a mulher não merecia
A condessa que o esperava para abraça-lo corria
Com o filhinho nos braços já de longe bem ouvia
Sentaram-se os dois a mesa, nem um nem outro comia
As lágrimas eram tantas que pela mesa corriam
Porque choras senhor conde, desafogue essa agonia
Me dê a sua tristeza que lhe dou a minha alegria
Ou te mandam pra batalha ou te mandam pra Turquia
Nem me mandam pra batalha nem me mandam pra Turquia
O rei manda que te mate, pra que case com sua filha
E quer a sua cabeça nessa dourada bacia
Não me mate senhor conde, um remédio haveria
Vou meter-me em um convento da ordem da freiraria
Lá guardarei castidade e a fé que te devia.
Como pode ser tal coisa condessa da minha vida
O rei manda que te mate pra casar com sua filha
E quer sua cabeça nessa dourada bacia
Deus que te perdoe meu senhor conde lá na hora da cotia
Me tragam aqui meu filho entranhas da minha vida
Deste sangue do meu peito, beberá por despedida
Bebe meu filhinho, bebe, este leite de agonia
Hoje aqui ainda tens mãe que tanto bem te queria
Amanhã terás madrasta de mais alta fidalguia
Já ouço tocar o sino, ai meu Deus quem morreria?
Morreu foi a bela infanta, pela culpa que trazia
Descasar os bem casados, coisa que Deus não queria.
JOANINHA
Essa é a história de Joana dos Santos
Mais conhecida como Joaninha
Linda menina com tantos encantos
Seu sonho maior era entrar pra marinha
Tinha dois irmãos, mãe e padrasto
Numa casa simples da periferia
Rosto de boneca e corpo casto
Os vizinhos diziam que artista seria
Aos 11 anos tudo mudou
Joaninha tornou-se mocinha
Chegou na escola com o braço roxo
Sorriso amarelo e olhar de desgosto
Cada dia uma história contava
Bati na maçaneta, caí da escada
Escorreguei no banheiro
Cortei-me com o espelho
Dona Rosa, sua professora
Percebeu haver algo errado
Ela confessou à protetora
Que era violada por seu padrasto
Chorou amargamente
Disse que pra casa não voltaria
Dona Rosa tinha algo em mente
No dia seguinte o denunciaria
Ao acordar ouviu a manchete
Menina jogada em terreno baldio
Não entrou pra Marinha nem tornou-se artista
A pobre criança virou estatística.
AMOR DE GIZ
Pra falar de nosso amor escrevi no muro com giz
Perguntaram o porquê eu fiz assim se logo iria apagar
Respondi que pra mim amar tem que ser desse jeito
Algo me diz que amor de giz é melhor
Ele pode ser reescrito a cada novo dia.
O Preço
O tempo tem um lado
Desde o início,
Tudo por ele é revelado
Mentir é um desperdício.
O preço de ser você mesmo
É o de ser atacado,
Por quem finge ser honesto
E todo resto que não é.
Siga o caminho da verdade
E da coerência,
Onde há tanta falsidade
Deixe transbordar a sua essência.
O preço de ser você mesmo
É o de ser atacado,
Por quem finge ser honesto
E todo resto que não é.
Se a realidade deles é de faixada
Não entre na mesma encenação,
Melhor colocar o pé na estrada
E seguir só em outra direção.
O preço de ser você mesmo
É o de ser atacado,
Por quem finge ser honesto
E todo resto que não é.
Aquele que não usa desfarce
No final é recompensado,
Mesmo que nisso não pensasse
O universo deixa nú o disfarçado.
O preço de ser você mesmo
É o de ser atacado
Por quem finge ser honesto
E todo resto que não é.
O Brasil possui artistas sem palco, cientistas sem laboratório, professores sem escola e empreendedores sem recursos. Deem-se as condições e eles farão história.
No tempo de escola Maxon Nogueira era extrovertido
Nosso colega que tem por apelido mamá
Este cara é um grande amigo
Na sala de aula colocava apelidos, gostava de atentar
Já estudei juntamente com ele, Artemízio,
Samuel, Silas, Eliel e Cleidinho,
Mama era um dos mais terríveis
Artemízio atentava pouquinho
Cleidson que pediu para eu fazer esta poesia.
Quase sempre estes que citei iam para secretaria
Naquela época tinha divertimento e alegria
Com essa turma muitos riam
No fim de ano alguns ficavam nos provões
Pois só perturbavam e não faziam nada
Falavam bastante palavrões
Mas no final tiravam notas boas e passavam
Coitados de todos os professores
Sofriam demais da conta
Esses garotos eram os terrores
Atualmente será que aprontam?
Não levavam nada a sério
Nem tinham medo de serem expulsos
Uns repetiram a mesma série
São nerds, inteligentes, Cultos.
SIDNEY ALVES.
a pedido de Cleidinho.
A escola estadual de Divisópolis MG
Foi fundada quando aqui era distrito de Almenara
Atualmente ela é grande demais
Tem inúmeras salas de aula
O nome dela é Alberto Vicente Pereira,
Muitas pessoas foram alfabetizadas nela
Ela fez toda a diferença, com certeza
Atualmente e naquela época
Os professores passaram conhecimentos
Que desenvolveram a mente de bastante gente
Essa escola ficou um pouco diferente
Reformaram ela recentemente
Na frente da escola havia uma enorme tela
Depois foi substituída por um muro
Cada responsável com a sua ideia
As mudanças movem o mundo
Já tiveram vários diretores
Graça, Ademir, Alba
Citei apenas poucos
Agora a diretora é Claudiana
Acontece quase todo ano o FESPOAV
Concurso de poesia para incentivar a cultura
Os alunos usam a criatividade
Para inspirar é necessário a leitura
Antigamente tudo era mais difícil
Mesmo assim os estudantes tinham compromisso
Os sistemas eram mais rígidos
A aprendizagem é algo valiosíssimo
Escola Estadual Alberto Vicente Pereira
Fica localizada na praça Manfredo Ferreira
Em Divisópolis estado de Minas Gerais
Atualmente ela está linda demais.
Nela se formaram inúmeros alunos
Que se deram bem na vida
Tem aulas nos três turnos
As pessoas se divertem na quadra esportiva
Antes tinha uma proteção de tela na frente
Dava para vender coisas no recreio sempre
Depois fizeram um muro de repente
A escola está totalmente diferente
Teve bastante diretores aqui
Vou citar alguns,Ademir, Graça , Julcy,
No momento a diretora é Claudiana
A escola está passando por mudanças
Se queremos um futuro melhor
Teremos que estudar até formar
O conhecimento é tesouro valioso
Por isso temos que esforçar e dedicar
Poema do vestibulando:
Vestibulando não come ele lancha!
Vestibulando não dorme ele cochila!
Vestibulando não namora ele fica!
Vestibulando não é inteligente ele é um gênio!
Vestibulando não passa no vestibular em 5° lugar,ele passa em 1° lugar geral.
Vestibulando não á uma pessoa ele é o cara!
Vestibulando não estuda ele domina a matéria!
Vestibulando nunca perde ele sempre ganha!!
Poema pra Tereza
Sou suspeito em dizer,
O quanto amo você.
Sou suspeito em declarar,
Você é tudo que irei amar.
Sou um suspeito em seu caminho,
Você me tira todos os espinhos,
Sou suspeito e não tem jeito,
Você conquistou o meu respeito.
Sou suspeito e sou grato,
Pelo Bidu e do bom prato.
Sou suspeito e não rejeito,
Eu sempre irei lhe dizer,
Em meu coração fostes eleita,
A sua presença me dá forças para lutar e vencer.
Lourival Alves
O MENINO A GAIOLA E O POEMA
Lá vem o mínimo
Trazendo o poema
Em uma gaiola
E o poema canta.
Em uma gaiola?
Porque o menino
Não solta o poema?
Lá vem o poema
Livre ao vento
Cantando, cantando
Lá vem o poema.
O poema, o menino
A gaiola, o vento.
O poema canta
Meu coração encanta
Livre
Solto
Maroto.
Eu ouço
Seu cantar
Dentro do meu coração.
Quebrei a gaiola
Soltei o poema
O menino sou eu.
O poema é livre...