Erasmo de Rotterdam Elogio da Loucura
SEIXO
Quantos se foram e tu ficaste aí intacto. Salvo algumas manchas que ficaram com o tempo. Dilaceraria-se se as correntezas tivessem te tomado. Mas encontra-te aí: obsceno. As tantas chuvas que te aclamaram e os milhares de sois que te transgrediram...
Que fizeste com eles? No teu dilema és tão sublime e passar despercebido é raridade tua. És imenso nas tuas junções que se colocam. És vigoroso e reflexo da vitalidade que tanto se deseja. Mas sabe-se [ou fingi-se], temos vida curta. Engana-se que a nossa ruína vem com a morte. Ela está estampada com a vida. Logo ao primeiro choro...
A tua falta de cobiça ou arrependimentos te coloca num patamar que jamais se chegará. O ser humano é tão vil nesse 'limitado tempo' que figurar olhar no pequeno é desperdício. Há certo esquecimento em te agraciar. Quando o fazemos, apenas mesmo em devaneio. Limitado nesse curtíssimo espaço [ora às vezes enorme]...
Sem significados.
ANÁLISE
Este poema reflete sobre a natureza humana e a transitoriedade da vida. O "seixo" simboliza a resistência e a durabilidade, contrastando com a fragilidade e a efemeridade da existência humana. As "manchas" mencionadas representam as marcas que a vida e as experiências deixam, enquanto as "correntezas" simbolizam os desafios e adversidades enfrentados.
O poema também aborda a dualidade da vida, onde momentos de grande vitalidade e força coexistem com a inevitabilidade da morte e da insignificância percebida. A última estrofe destaca a visão crítica do ser humano, que muitas vezes desperdiça o valor das pequenas coisas devido à sua natureza impermanente e às suas limitações.
Esse poema convida a uma reflexão profunda sobre como vivemos nossas vidas, valorizamos nossas experiências e lidamos com a inevitabilidade do fim. É uma obra que toca a alma e nos faz repensar nossas prioridades e atitudes diante da vida.
Carta aberta, quero ao menos tentar traduzir em palavras tudo que não consegui dizer, pois não é fácil soltar tudo aquilo que está guardado dentro de mim. Esperei um certo tempo para pensar, senti que algo precisava mudar. O que realmente importa não são as palavras, mas o sentimento e o que fazemos com ele.
Nessas voltas que o mundo dá, muitas vezes passamos uns pelos outros sem perceber que algo começa a se mostrar, muitas vezes não percebemos o real valor de alguém. Há algo entre nós muito bonito, tão doce quanto suave, tão verdadeiro e delicado, e são meus sentimentos por você! Está crescendo conforme cultivamos. Paixão faz parte dos tolos, é uma coisa singela que muitos querem, mas poucos tem sorte de algo tranquilo tão pouco reciproco.
Em meio as tribulações do cotidiano, arrisco dizer que foi uma das melhores coisas que me aconteceu durante todo esse tempo. Está tudo tão profundo, infinitamente bem melhor com você! Nesse curto período em que nos permitimos, vivemos uma montanha-russa de experiências: histórias engraçadas, desafios inesperados, memórias preciosas, momento de saudade e risadas.
Desde o instante do nosso primeiro encontro, algo mágico aconteceu e nunca mais nos separamos. Foi tudo tão intenso e rápido, exatamente como tinha que ser. E logo estávamos compartilhando a mesma cama e experiências. Eu nunca teve dúvidas de que tudo isso tem valido a pena.
Eu amo todas as pequenas coisas sobre você. Adoro acordar e ler uma mensagem sua. Você é a primeira coisa que penso quando acordo e a última quando durmo, é clichê mas é cai tão bem quando se trata de você. Sua maneira de levar a vida de forma leve e espontânea e passional. E, mesmo nos dias mais agitados, você sempre encontra um tempo para estar comigo. Amo quando parecemos duas crianças, rindo e simplesmente aproveitando o momento presente. Isso é raro e precioso, e me faz perceber que tudo faz sentido quando estou ao seu lado.
Você desperta os meus sentimentos mais profundos, me inspira a falar de amor, cantar os versos mais bonitos e entregar o melhor de mim. Espero que entenda a mensagem que trago pra você. Estou apaixonada e quero semear tudo de bonito que sinto por você, marrento!
28.10.2024 01:27
Nasci em 1976, na Alemanha, mas sou lusitano e escrevo quando o silêncio já não chega.
Penso sobre identidade, tempo, sombra,
e sobre a estranha nobreza que persiste no imperfeito.
Vejo-me como uma figura quixotesca,
uma espécie de poeta da triste figura,
não por heroísmo, mas por partilhar a teimosia dos valores,
a lucidez da honra
e a coragem de enfrentar os meus próprios gigantes…
e ilusões.
Não procuro glória.
Escrevo para dar forma ao que, de outro modo, me consumiria.
O dinheiro, depois de certa quantia, parece deixar de ser estimulante sexual. Já o poder funciona como um Viagra sem limite de idade.
Veem-me cinzento.
Mas não é por falta de cor —
é por não pintarem devagar.
Não sou o que mostro.
Sou o que seguro para não cair.
O que calei para não ferir.
O que deixei por dizer
para não gastar palavras em vão.
Aprendi a vestir sombras
com a dignidade de quem sabe
que até a noite tem camadas.
Ergui castelos no ar
com mapas rasgados.
Com linhas tortas, sim,
mas desenhadas com silêncio aceso.
Não procuro a luz para brilhar…
prefiro arder por dentro
a que me apontassem o fogo.
E quando me tentam convencer falsamente
que o mundo é preto ou branco,
guardo as cores no bolso.
Não para esconder —
mas para aqueles que as querem mesmo ver.
Sou feito de todas as coisas
que não se veem à primeira.
De silêncios que gritam.
De memórias que ainda não aconteceram.
De palavras que nasceram antes da boca.
Não preciso de ser lido.
Mas se me lerem, que não me distorçam.
Procurem a cor, não as trevas.
As que tremem.
As que resistem.
As que sou.
Festa de família pode derrapar, abrir cicatrizes mal curadas, tirar cadáveres dos armários, avivar conflitos e pôr fogo em guerras não declaradas.
Pai e mãe são tudo, tudo mesmo, algo estratosférico, mais importantes do que qualquer estilo de vida.
Quer chorar: chore
Quer correr:corra
Quer quer viver: viva
Quer sorrir: sorria
Ninguém fará isso por você, as vezes na vida há coisas que só nós podemos fazer, siga o seu próprio caminho, ame, viva, sorria, e se divirta. Porque a vida é curta.
Romance: narrativa de uma história que não aconteceu, poderia ter acontecido, não acontecerá e que, se for bem contada, será interpretada como mais acontecida do que muito acontecimento.
Neoliberalismo: novo liberalismo sem a sabedoria e a eficiência do velho, mas com a falta de compostura que caracteriza a acumulação primitiva do capital e as pilhagens depois que a terra foi arrasada e a ética morreu, o que permite taxas de acumulação diretamente proporcionais à barbárie usada.
Diplomacia: arte milenar de continuar falando de paz quando a guerra já devastou tudo e só resta fazer as contas dos estragos, das perdas, das mortes e das terras que serão roubadas pelo vencedor.
Música sertaneja: gênero escolhido por pessoas que sempre viveram na cidade, mas ganham dinheiro suficiente para comprar uma fazenda em Goiás.
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