Epígrafe sobre Fotografia
Ao longo da vida são inúmeras as fotos em que aparecemos ao lado de familiares, conhecidos e supostos amigos, mas no final... descobrimos que temos apenas um fiel amigo.
Às vezes me perguntam se eu comi todas as que eu fotografei e eu respondo que não fotografei todas as que eu comi.
GOSTO MESMO DE CRIAR MINHAS PRÓPRIAS REGRAS....CRIAR O MEU DIFERENCIAL, O MEU PEFIL, POIS TODOS OS OUTROS JÁ EXISTEM
E quem criou as regras, não a fez pela primeira vez como uma invenção???; depois que virou regra.
Gosto de ir além, pois imaginação e sentimento, não tem limite.
Trate seus sentimentos como você trata fotografias, guarde as que você mais gosta e compartilhe as que forem mais belas.
[...] As fotografias estão aqui como provas do nosso fracasso. Ou melhor, do meu fracasso. Você olha para as fotos antigas e nem sequer se reconhece mais. E nenhum dos outros inúmeros rostos ali presentes lhe parecem mais familiar...
"O dia amanhece sob uma tênue neblina. É inverno, amor. Os pássaros gorjeiam um silvo arrastado. Eu estou a mercê do frio. E o riso se revela congelado na fotografia".
(Em Sofia búlgara e o tabuleiro da morte - Kelps, GO - GO, 2011)
Na ausência de luz, registre o momento com máxima emoção. Na ausência de espaço, registre o momento com máxima criatividade.
25 de Julho.
Gasto mais tempo lendo textos do que vendo imagens.
Não porque não goste.
Eu gosto muito.
Na verdade, aprecio belas fotografias e até me arrisco. Admiro os fotógrafos.
E quem nunca se "instagrameou"?
Quem nunca registrou uma bela paisagem ou tirou uma boa foto de si?
É algo tão natural quanto a luz do dia.
É fantástico isso, brincar de fotografia.
Mas um bom texto tira os pés da gente do chão. Provoca aquela inquietação que se mistura ao fascínio. Provoca a ânsia de saber o porvir, a cada palavra, a cada parágrafo, cada capítulo.
As imagens dizem o que querem dizer.
São pontuais.
As imagens dizem muito e às vezes não dizem nada, fica o dito pelo não dito.
Os textos não, eles precisam de você, precisam da sua visão de mundo, precisam que você converse com eles.
Os textos são gentis, chega um determinado momento que eles saem de cena pra que você construa.
E mesmo depois do fim, do último ponto final, eles continuam a registrar. Sem pausas. Sem interrupções. Sem quebra. Silenciosamente. Não no escrito, não no impresso. Não mais no papel, agora, dentro de você.
Justamente esta capacidade de registrar o hiato, a pausa entre o dizer e o não dizer, é que eles tiram a gente do eixo e nos transportam pra lá.
Os textos são fantásticos.
Os textos nos inspiram.
E viva à palavra escrita!
Aos que que as eternizam com caneta e papel.
Seja quem for.
Um famoso ou um aninônimo.
Quem tem cabelos brancos ou quem não sabe nada da vida.
Viva à você, brasileiro, que escreve sua história todo dia, em crise, sem perder o sorriso e esse brilho no rosto.
Todos nós temos um "quê" de Escritor, pois escrevemos a nossa própria história, diariamente.
Por que as pessoas buscam sempre simplificar as coisas? Tudo bem a foto ser entendida como resultado final de alguma coisa, ou mesmo um recorte ou congelamento de um espaço do tempo, mas é só isso?
O ato de fotografar algo não é começo ou fim, mesmo que seja o fim ou o começo. Antes de fotografar é preciso reconhecer os elementos, ter por conta própria um entendimento de vida, de mundo, de espaço. É fácil fotografar com intenção de registrar apenas, fazer-se prova de que esteve como testemunha daquele tempo. Difícil é levar as pessoas a lerem imagens sem saber ler imagens, levá-los por um instante a questionarem algo nem que seja a si mesmo, transformar uma fotografia impressa, algo material, um fim como queiram em sentimento.
A perspectiva faz toda a diferença. Tudo depende do modo em que se vê as coisas, portanto, pense sempre positivo.