E Sempre assim toda a Noite a Saudade Aperta
A NOITE
Fica de sobreaviso: a lua é uma referência, mas toda a nostalgia, as desilusões, todas as agruras, todas as tristezas então se acentuam; mas especificamente pode não ser essa coisa física, essa metáfora vai muito além de um céu estrelado, penumbra e todas as características que envolvem a noite.
Genilse carrega um saco nas costas; garrafas pet e latinhas, atravessa; a praça e diante da torre do relógio, para e constata meia noite; diante da igreja se benze como se ainda atendesse aqueles temores cristãos que um dia lhe foram ensinados; naquela selva, "amai-vos uns aos outros" parecia algo impossível de se praticar. Ali entre os galhos do velho oitizeiro guardava um colchonete e uns molambos com os quais se cobria; "morava" sob uma marquise onde durante o dia funciona um restaurante, onde sempre lhe sobrava um resto de comida que lhe era entregue por um velho cozinheiro; ali, de uma forma ou de outra ela funcionava como uma espécie de vigia, num momento em que o ser humano perde suas referencias de ser humano e o único laço que os uni é o medo. passará pela cabeça de alguns, ou de muitos, naquele momento crucial do último suspiro em que pensarão; "até que enfim, o
fim dessa eternidade, enfim a morte". temor, pânico e ansiedade é o preço para esse alívio, essa é a noite subjetiva de cada um; a droga é o elo, por paradoxal que possa parecer, a tornar naquele espaço, harmoniosa e suportável psicologicamente essa pressão.
Uma criança correndo em suas lembranças, muitos abraços, beijos, muitos momentos de paz; uma referencia que se perde quase imperceptivelmente e assim se vão o zelo, o cuidado, o carinho, a palavra doce; tudo isso é parte do lado iluminado da vida, o que não é iluminado é penumbra; e quem saberá lidar com suas armadilhas. Genilse tinha uma luz no fim do túnel, naquele momento raríssimo de privacidade, quando estendia seu colchonete, depois de uma breve oração, tirava de uma velha carteira, uma foto três por quatro de uma criança com a pureza dos seus primeiros anos; seu sorriso era um farol iluminando toda aquela noite densa que era sua vida. Era fato corriqueiro e naquela noite era o corpo de Genilse morto; ao seu lado, uma marmita com restos de comida, migalhas pelo chão e uma foto três por quatro de tudo o que era referência de luz. muitos olhavam enquanto o IML fazia o seu trabalho... Genilse vivia imaginando aquela cena de tanto vê-la acontecendo com os outros; imaginara aquela cena, aquilo jamais acontecera, não consigo. Vira muitos morrendo por uma marmita, um pedaço de pão, por qualquer discussão fútil e banal. Naquela noite discutira com outra garota por espaço, pela marmita, acabara dividindo-a mas então decidiu: pegaria o corujão que lhe levaria de volta à Vila Norma; e assim o fez. Três anos depois voltara à praça, agora a passeio com Maria Eugênia, a filha, criada pela avó, agora com sete anos; acenou para alguns entrou na Igreja, rezou e pediu forças aquele ser superior que certamente lhe salvou de muitas mazelas; foi até o restaurante comeu um sanduíche com a filha, agradeceu ao velho cozinheiro e saiu, olhou o velho oitizeiro que ainda guardava alguns colchonetes; anoitecia, mas não havia mais aquela sensação de medo; depois de todas as noites agora tinha uma única certeza; pra quem tem um sinal de luz e acena pra esse sinal, haverá sempre manhãs ensolaradas.
Enfim encontrou seu par,
Para dançar a noite toda,
Nessa sinfonia chamada vida,
Que às vezes nos parece tão louca.
E juntos eles se entregam,
Ao ritmo da música que toca,
Movimentos sincronizados,
Como se fossem um só em cada nota.
E ali, no meio da pista,
Eles se olham e se entendem,
Sem precisar dizer uma palavra,
Só com um sorriso se compreendem.
E dançam, dançam sem parar,
Até que a noite acabe enfim,
Eles se despedem com um beijo,
E sabem que esse amor não tem fim.
Pois encontraram um ao outro,
E juntos seguirão nessa dança,
Nessa sinfonia chamada vida,
Que agora ganhou mais esperança.
Eu sou o vento que toca a janela do teu quarto toda noite sussurrando baixinho teu nome... balançando teus pensamentos, e desestruturando teu cotidiano... te visito todas as noites levando meu perfume e fazendo você perder o sono..me desejando .. chamando meu nome baixinho...
25/04/2015 - diário da mamãe
"Ontem minha mãe ficou alucinando a tarde e a noite toda. Eu percebi que existem diversos tipos de alucinação, já identifiquei 3 - a primeira ela fala alto, fica se divertindo com pessoas, crianças, familiares e quando eu me aproximo ela me coloca no seu mundo e pede para eu alimentar e cuidar dessas pessoas; a segunda ela fica agressiva e diz que eu estou tentando mata-la que existe um complô e muitas pessoas estão perseguindo e tentando judiar ou roubar; a última é a mais assustadora, foi essa que teve ontem, começa a falar palavras que não existem, com voz muito fraca, olhar parado e não faz contato comigo, me olha e não me vê. Ontem dei janta para ela sem que me visse ou percebesse quem eu sou. A noite ficou silenciosa olhando para o teto, esse mundo que ela entra e não me convida é o que mais me assusta.
Agora está sentada ao meu lado, pela manhã me disse animada - "Bom dia Miloca!" eu fiquei animada e fui buscar o café, quando voltei já era outra pessoa. Perguntou-me que mão era aquela que segurava a sua mão, eu disse que era a dela mesmo; me perguntou que doença ela tem, quem está na ponta da mesa... então ela canta e fala de sonhos para depois silenciar e entrar nesse mundo paralelo.
Enlouquecedor? Até que não, acho que estou aprendendo a lidar com isso, mais uma lição que a vida está me dando. Para que? Não sei e já nem quero saber, os místicos dirão que isso é para me iluminar, ok. E depois que eu me iluminar, o que eu faço com essa Luz? E depois que eu fizer algo com essa Luz, acho que me ilumino mais um pouco, então... o que eu faço com o resultado do que fiz com essa Luz? Mais Luz? Acho que não quero tanta Luz, prefiro minha parte em gargalhada."
Te amar em segredo, em silêncio..só contar pras estrelas.. toda noite eu falo de você sozinha e sorrio.. quem sabe um dia o vento carregue tudo de bom que tenho guardado aqui dentro e toque tua alma..e você passe me enxergar não como amiga..mas como o amor da tua vida..porque te amo demais...
Nossas chamadas duravam a noite toda. Tudo que eu queria era ouvir sua voz mais uma vez, dizendo "bom dia vida"
apaixone-se pelo garoto que fica acordado a noite toda para conversar com você.
se apaixone pelo garoto que te chame de linda, não gostosa.
apaixone-se pelo garoto que segura sua mão quando você está nervosa,
apaixone-se pelo garoto que não está na lista de 50 melhores amigos de outras garotas.
apaixone-se pelo garoto que assiste ao seu filme favorito, mesmo que ele odeie.
se apaixone pelo garoto que te leva até a porta e manda uma mensagem quando chega em casa.
Em meu coração eu vejo
Estrela de toda noite e dia
No meu olhar me perco
Tento me encontrar
Me vejo em seus braços
Sinto seu calor me rasgar
Onde posso me encontrar
Não poderia estar em melhor lugar
Chega a hora de partir
Te deixo e fico louco pra ficar
E não vejo a hora de voltar
No calor dos seus braços me encontrar
Aqui é o meu lugar ......
Que durante toda a noite, enquanto você dorme e o seu espírito está vulnerável, o teu anjo da guarda esteja ao teu lado, velando teu sono, protegendo-te de todo mal, guiando-te entre a escuridão até a luz de novo amanhecer.
O GALO
Cantava o galo rico
Na noite a dormir,
Toda ela em lençóis de linho.
Na mansão rica ainda fornicavam
Na adoração do falo
Que empratavam.
O rei cobridor bramia,
Como um gato feito galo.
O galo pobre, gemia,
Sem galo, na noite acordada
Na miséria dos lençóis do nada.
Na casa pobre,
Não havia fornicações,
Só falos murchos
E alguns estrebuchos.
Só gatos e gente que não come
Aos estalos no ar,
Aos murros,
Dando urros
Para afugentar a fome
De mais um dia.
(Carlos De Castro, in Há Um Livro Por Escrever, em 17-10-2022)
Pode interromper meu café da manhã,se me procurar usando a desculpa que sonhou comigo a noite toda.
Essa mulher
Duvidou da própria força
Duvidou que o sol voltaria
Chorou quase a noite toda
E cantou durante o dia
É uma mulher admirável
Cresceu juntando cacos
Ninguém sabe e nem viu
Deu nós, onde eram trapos
Foi da lagarta a borboleta
Foi do silêncio ao passarinho
Foi da lua as estrelas
Inventou um novo caminho
Poema autoria de #Andrea_Domingues ©️
Todos os direitos autorais reservados 22/06/2022 às 22:00 hrs
Manter créditos de autoria original _ Andrea Domingues
Por trás de uma Moldura -
É longa a hora onde
começa a noite escura
e toda a gente se esquece
que o tempo nos adormece
num retrato que se esconde
por trás de uma moldura.
Passa o vento devagar
hora breve de ninguém
hora turva onde somos
lembrados, que já fomos,
quem o tempo nos quis dar
esperando por alguém.
Dança a Lua em dia claro
brilha o Sol em noite escura
num sopro que a Vida esconde,
nessa longa hora onde
fica o tempo que é tão raro
por trás de uma moldura.
Toda noite eu faço prece
Tento achar o meu caminho
Num mundo cheio de ódio
Eu me sinto tão sozinho
Tenho inveja é do céu
Que não tem gente cruel
Só tem anjos de carinho.
Demo dança?
Lá vai um dia
Numa noite de estio
Quando eu banhava-me
Com toda tranquilidade
Assim de súbito
Olhei ao lado
E lá eu avistei
O Demo tenebroso
Ele estranhamente
Dançava de sús
Com sorriso estampado
Causando-me tremores
Então assim Ele disse
Com uma voz profunda
Que assustou-me inda mais
"Danço com ésse
"E falo com acento"
Ele disse-me
De chofre tomei coragem
E fitei-o belicoso
Então ajeitei-me
E fui o enfrentar
Tentei Lhe dar uma surra
Mas falhei
Tentei o empurrar
Mas errei
Todos os meus golpes
Foram-se ao ar
Enquanto Ele
Dava casquinadas
De ver minha humilhação
Assim empós um tempo
De forma repentina
Ele desapareceu-se
Apenas deixando
O ar de sua imagem
Disto acontecido
Somente apenas sei
Que jamais esquecerei
O que me aconteceu
Naquela noite de estio
E se eu te disser que penso muito em ti? E se eu ti disser que passei a noite toda sonhando contigo? Lembrando do teu calor, do teu cheiro, dos teus gemidos, e das risadas e loucuras que já fizemos.
Eu quando sinto, sinto muito. Mas no final eu sempre fujo. Raramente por imaturidade mas geralmente porquê não me acho bom, suficiente, maduro... Porque sei que tenho muito o que aprender pois sei que feri certas pessoas com algumas atitudes...
Te desejo muito, intensamente. Tanto que quase abro mão de 1 princípio só pra te ter novamente...
Mas no final eu sempre fujo...
Toda noite despedaça-se
E ao amanhecer se reconstrói
É o ciclo da menina
Que aos doze pintava o céu
Aos quinze imaginava as estrelas
Aos vinte e cinco pisava em flores
Aos trinta alimentava os pássaros, e dialogava com o sol
Aos quarenta partiu-se em duas
Partiu-se em duas e assim nasceu Aurora
Aurora virou estrela
A menina virou anciã
Despedaçou-se a noite
Amanheceu ao se reconstruir
Alegria seria de ser feliz todo dia
Sentar na relva ouvindo teu canto
Dormir a noite toda e sonhar com você
Ouvir aquela canção que me fez sorrir
Sentir seu perdão doado de coração
Ler no seu olhar teu pensamento
Ser um colo que te acolhe
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