Dor seu Silencio
Ecos do deserto
No silêncio que engole a madrugada,
Sento-me ante o vazio das palavras,
Cada letra, um eco de minha nada,
Cada verso, uma sombra que não se lavra.
O vento atravessa minha mente seca,
Rasga lembranças, assombra memórias,
E cada rima que em vão se mece,
É um espectro a percorrer meus labirintos sombrios.
A pena treme, temendo a reprovação,
Do poeta que habita meu próprio peito;
Seus olhos de carvão queimam a criação,
Transformam sonho em pó, e esperança em leito.
Oh, tormento de moldar o intangível,
De buscar a luz no deserto da mente!
A inspiração foge, cruel e incrível,
E a dor do não-criado é eternamente presente.
Assim navego, entre dor e vazio,
Escravo do eco de minhas próprias exigências;
Cada linha que nasce é um desafio frio,
Cada verso, um lamento de minhas inconsistências.
E se um dia a poesia me libertar,
Que seja na aridez que aprendi a sofrer;
Pois só quem se perde no próprio olhar
Sabe a dor de escrever e jamais se ver.
Meu silêncio não é fraqueza, é dignidade.
Enquanto você preserva sua imagem, sou eu quem guarda verdades que poderiam destruí-la.
Não me provoque: meu calar é o favor que você nunca reconhecerá.
Às vezes, o silêncio é mais forte do que qualquer palavra.
Eu sei do que vi, do que senti, do que vivi... e, ainda assim, escolho calar. Não por falta de coragem, mas por excesso de dignidade.
Enquanto você dorme em paz acreditando que sua imagem está intacta, lembre-se: sou eu quem guarda, no peito, um oceano de verdades que poderiam afundar o seu nome.
Silêncio também é proteção.
Eu guardo verdades que poderiam derrubar sua imagem.
Respeite minha escolha de calar.
Às vezes, é no silêncio do caos que uma nova versão de nós desperta. Não é que você tenha mudado você finalmente se encontrou. Uma nova personalidade não nasce para agradar, mas pra libertar
Eu te li nas entrelinhas, onde o silêncio fala mais do que as palavras.
E ali, no espaço vazio entre um gesto e outro, descobri verdades que você tentou esconder.
Nada era bonito.
O que parecia brilho era apenas verniz, o que soava doce tinha gosto de amargura.
A sutileza dos detalhes me mostrou que a beleza que eu via era só reflexo, e não essência.
Às vezes, o amor engana os olhos, mas nunca engana a alma.
E a minha, ao decifrar o não-dito, percebeu que a beleza que restava era só cansaço e desengano, e que o encanto se quebrou no silêncio que você deixou.
Você se foi,
e o silêncio se tornou mais pesado que o mundo.
Os olhos tentavam segurar o que já se ia,
as mãos, impotentes, deixavam escapar o que amavam.
Ficou o eco das palavras não ditas,
e eu, sozinho, aprendendo que despedida
é carregar a ausência e ainda seguir.
K.B
“Prefiro não ser lembrada em telas e notificações, mas no silêncio da sua fé, quando seus dedos tocam as contas do terço.”
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