Dor de Amor
Você foi embora
E não quiz se explicar.
Eu fiquei afogada em culpa,
Pensamentos irreais
E verdades que nunca seriam reveladas.
Mas agora você volta,
E espera que te aceite,
Como se o amor ainda fosse o mesmo...
Espera que me doe e confie nesse mesmo amor que destruiu tudo em mim
Tudo o que eu mais preservava.
Até que ponto me chegas com humilhação!? Se faz feio mediante a tua idade,
que de mim não importa nada,
além de fiel e terrível desastre.
Acompanha-te os meus passos,
que há muito tempo me são largos,
tão linda amplitude do teu sorriso,
tão bobo meus olhos em franzidos.
Teu abraço que não me toca,
dói mais que pedir esmola,
pois bondade ainda existe,
e teu "não", calado, já me apavora.
Olhar para seus olhos outra vez fora fascinante;
Lhe ter tão perto depois de muito longe é viciante.
O teu sorriso esbanjava tudo que eu precisava, mas há meia-noite o encanto sempre acaba, e acordado de madrugada eu chorava.
Olhos que gritavam por piedade
Vc olhava para os céus, olhava para tudo oq está acima de nós, olhava para as estrelas, para os planetas, para as constelações, para os deuses. E vc pedia, rezava, mas era possível ver pelos os seus olhos que vc pedia socorro, pedia ajuda ao oq pudesse existir lá em cima.
Vc chorava e pedia silenciosamente misericórdia para mim. Vc pedia socorro ao que não conhecia e não acreditava para mim. Por mim. Clamava para que eu acordasse, para que a escuridão nunca mais me tomasse e me fizesse dormir novamente.
Eu fui o motivo da sua dor, do seu medo, do seu pânico, do seu clamor.
Me perdoe por existir e por existir na sua vida.
Você não merecia me ver entrar em colapso.
Você não merecia ficar com medo de me perder para sempre. O seu pânico estava estampado nos seus olhos.
Eu não te mereço.
Eu não te mereço.
Vc não merece sofrer.
Vc não vai mais sofrer por minha causa.
E dói toda vez que me lembro dele, é como se fosse uma ferida ainda aberta, um hematoma permanente. E mesmo que seja uma dor quase mortal, não consigo evitar minha mente de sempre remoer o passado. E me pego pensando em todo esse tempo longe dele, que me fez morrer aos poucos, perdendo o meu sentido, dia após dia. Pego aquela velha caixa de recordações e abro sobre a mesa, as fotos já perderam o brilho, e algumas coisas não fazem mais sentido. E diante disso, a dor me corrói novamente, em pensar que as memórias são tão vivas só para mim. Quando a vida faz suas surpresas, e leva as pessoas que amamos, o mundo fica sem cor, e não há substitutos ou tintas coloridas que possam resolver o problema. É quase como se a sua alma tivesse partido junto, levando a leveza do ritmo das batidas do seu coração. Algumas pessoas não entendem e nunca vão entender. Mas prefiro que seja assim, não me importo, é complexo demais para ser explicado. Mas, posso garantir, que nem tudo se refere ao passado, as vezes é só o meu jeito exagerado de usar as palavras.
Um segundo, e todo seu mundo despenca em queda livre em um abismo revestido por estiletes!
Cortes se multiplicam e o sangue se mistura as lagrimas...
Fantasmas dançam ao som dos meus medos
Nesse dia todos os planos se esvaíram!
Toda a segurança e confiança se reverteram em pó!
Só restou a angústia que sufoca e a dor que me consome sem dó!
Espero o impacto final da queda, mas esse abismo não tem fim!
Sinto estar caindo por meses!
As lâminas estão ficando maiores e mais afiadas e já quase não resta carne para se dilacerar
Das primeiras feridas já sai pus! E a escuridão e a solidão escutam inertes meus gritos de desespero!
Sinto a vida passar e escorrer entre meus dedos!
Tais olhos que um dia trouxeram o conforto jamais conhecido
Hoje refletem o pior pesadelo! Destruindo-me, não vejo saída e nada tem graça!
Depois que do amor somente veio minha maior desgraça!
Pela Paz De Todas As Guerras
Por quanto muito pela paz se luta,
Que chegue cedo pra quem muito é tarde,
Paz na alma, que do corpo embala a mente,
Vida leve, coração sereno,
Sentimentos bons a despertar bons sonhos,
Por dias de paz, a adormecer as guerras.
Paz de dentro pra fora, de fora pra dentro.
Famigeradas guerras, sedentas de dor,
De quem muito se faz por semear o medo,
Destruição, desespero, tristeza... Aconchego das guerras,
Terras armadas tecidas no sangue,
De armas em punho a disparar descrenças,
Em crianças mortas que choram a perda dos pais.
Guerra de dentro pra fora, de fora pra dentro.
Vidas vividas de mortos a rezar,
Confessam notórios segredos ao pulsar da respiração,
Cobrindo-se do luto por quem chora a guerra,
Passo, compasso, avesso ao descompasso em consternação,
Repouso da vida ao se pedir em prece o enterrar da aflição,
Guerras do dia a dia, que pela paz tende a esperar.
Guerra de dentro pra fora, de fora pra dentro.
Por quando muito pela paz se faz,
Que chegue a tempo pra quem muito tenta,
Paz na alma, que do corpo embala a mente,
Vida leve, coração sereno,
Sentimentos bons a despertar bons sonhos,
Por dias de paz, a adormecer as guerras.
Paz de dentro pra fora, de fora pra dentro.
ENTREVISTA: Etapa 01 - Quadro de pergunta 03
- Qual sua posição no mundo? Porque estamos aqui?
- Pelo fato de sermos mesquinhos, eu não diria que tenho uma posição. A dor que sinto é a mesma de milhares. Não quero ser lembrado! Não fiz nada de interessante para sê-lo. Não quero afunilar a dor que é estar no mundo!
Sempre digo que, 'a vida é uma ilusão'. Um berçário de vida e de mortes que acontecem todos os dias. Quantos amigos já se foram, bons amigos. Estar aqui nessa prisão (mundo) é saber que um dia a morte nos será necessária, novos ou velhas almas. Sempre me pergunto da finalidade de estarmos aqui todos os dias, durante anos, vivendo situações nas quais não desejaríamos. Engolindo tantos sapos, aprendendo com a dor, com o choro. Aprendendo com os reflexos que ficam atormentando a pele, a mente, a semente.
Não tenho posição, nada fiz por merecê-lo. Estar aqui nesse mundo de Meu Deus é desgastante. Se vale a pena? Eu diria que não. Como disse um filósofo da antiguidade, viver o oposto tem uma contrapartida muito doída. Vejo pessoas sorrindo, mas no fundo só enxergo dor. O oposto das dores são os sorrisos que sempre acabam ao amanhecer. Estar aqui, é um pedido que não nos foi feito.
--- Risomar Sírley da Silva ---
'A MORTE'
Inevitável, silenciosa e profunda,
A morte nos envolve em seus braços gélidos.
É a derradeira viagem, a travessia
Para o ignoto, onde o tempo se dissolve.
Sob o manto da noite, ela nos conduz,
Além das estrelas, além dos sonhos.
Ali, achamos o descanso almejado,
Onde não existe dor, temor ou pranto.
A morte é o derradeiro baile, o último alento,
A despedida da vida e do mundo que nos é familiar.
Mas, quem sabe, ela possa ser também
O prelúdio de algo novo, um percurso sem fim.
Assim, quando a penumbra vier ao nosso encontro,
Que possamos estender a mão com bravura e paz.
Pois na morte, porventura descubramos a verdade,
O esclarecimento dos enigmas que nos rodeiam.
Felicidade ou não!?
Sabe aquela sensação de estar com alguém que abraça suas ideias, sem julgar, sem censurar ou fazer piadas veladas? Sabe que fica do seu lado só pelo prazer de estar ali e sentir seu cheiro? Sabe quando você tem aquele apoio, aquela vontade de seguir? Sabe toda aquela idealização de um relacionamentos pleno e feliz?
Nossa! Deve ser mágico e sensacional, ter tudo isso e não ter medo de ser você mesmo.
Filía é saber que existe alguém que acredita e admira você.
Filía é chegar no fim do dia e pensar em alguém antes de dormir e se orgulhar desse alguém.
(Filía me lembra panquecas, tudo fica melhor com panquecas.)
Filía é vencer e ter alguém que te aplauda, que se alegre com a sua vitória.
Filía e sentir o amor, apesar da dor.
Filía é errar e ter alguém que aponte o erro, mas também a solução.
Filía é ver a queda do outro e fazer com que se erga.É honrar e defender na ausência.
É fazer com que você sinta, que as estrelas foram feitas para serem vistas, pelos seus olhos.
Filia não se esconde, os olhos nunca mentem, está numa palavra bondosa, um abraço gentil, num conselho sincero, umas boas risadas.
Filía é o amor, O sublime amor entre amigos.
DEDICADO A UMA OUVINTE…
A LUA é a prova de que a beleza não pede atenção, não precisa de bajulações frias e vazias.
Desde os tempos antigos, recorremos a ela quando lapsos de clareza batem a porta, frações momentâneas de euforia, desesperança, paixões, angústia, amor e ódio.
Quase sempre aparece, nós a olhamos e ela nos olha de volta, quase como que se alimentando da totalidade de nossas alegrias e tristezas.
Está sempre observando e ouvindo com muita atenção.
Todos que você ama, todos que conhece, todos que você já ouviu falar, todos que já existiram.
Cada caçador e saqueador, cada campeão e covarde, cada inventor e demolidor.
Cada rei e plebeu, cada mãe e pai, cada casal apaixonado.
Cada criança sonhadora e esperançosa.
Cada poeta, cada músico, cada dançarina, cada cozinheiro.
Cada santo e pecador.
Somos agraciados com sua beleza redundante, mesmo tão longe, porém tão perto, mesmo tão só, porém tão acolhida. Ela parte, porém sempre retorna, de um jeito ou de outro, nos céus de uma noite estrelada, ou no aconchego de nossos corações.
Ela retorna com a certeza, de que sempre vai estar aqui, até o fim…
(Se você tem uma lua na sua vida, não desperdice seu tempo com ela, divida suas dores, suas conquistas, suas paixões, seus medos e seu amor).
DEDICADO A UMA OUVINTE…
Hoje eu gritei
Hoje eu gritei comigo,
a raiva fervendo em cada palavra,
ódio espalhado como veneno,
amor não correspondido, uma ferida aberta.
Hoje eu gritei com ele,
em desespero e frustração,
implorando por um pouco de atenção,
mas só recebi silêncio, um eco vazio.
Hoje eu gritei com a gente,
lembranças rasgadas, promessas quebradas,
nossos sonhos desfeitos,
restos de um "nós" que nunca foi.
Hoje não encontrei os meus sapatos,
não consegui regar minhas flores,
não vejo meu reflexo no espelho,
porque a dor me cegou, me engoliu inteiro.
Porque me deixaram gritar?
Minhas vozes se perderam na tempestade,
cada grito uma lâmina cortando a alma,
até que deixei de existir, consumido pela dor.
Hoje eu gritei,
e no fim, o grito me silenciou,
morreu uma parte de mim,
que nunca mais vai entender,
a dor que ficou.
É absolutamente seguro por se tratar de um daqueles sentimentos mais fortes e que carregamos ao longo de todas as existências: o amor ✨
Ainda hoje me magoo muito diante uma meia verdade, pois não existem mesmo, meias verdades, fico triste perante toda mentira, mesmo as ditas por amor, pela razão que for, preservando me da dura realidade da verdade e da dor.
