Dor
A DOR
A Ferida aberta, ainda exposta, sangra.
Consumindo um sentimento que ainda
discute sua existência, convertendo
em avesso desse sentimento;
que um dia nos aproximou.
O coração parece indolente, mas puro engano...
ele grita e chora, implorando atenção e reparação.
Ainda sinto a dor que persiste sem dó,
querendo arrancar toda minha carne,
deixando um imenso vazio.
Indignamente atinge minh'alma aflita, que se frustra. Desiludida se recusa a outra entrega,
a outra pessoa, outra paixão...
O medo me acolhe e me fecho!
Às vezes sinto que você me assassinou. Sinto tanta dor em minha alma. Sinto pena de mim mesma. Sinto-me miserável e destruída pela total falta de consideração. Eu fiz tanto por você.
As vezes a gente espera que a outra pessoa nos compreenda, que consiga olhar a dor que causa. Então você percebe que tanto faz pra ele (a). A tristeza aparece, mas é necessário seguir em frente!
Ainda que a dor faça eu sentir como se estivesse sendo rasgada ao meio, acredito que Deus é o meu socorro. Nunca deixei de esperar naquele que pode tudo. Porque eu certamente não posso.
A desgraça deste mundo é que ninguém é feliz, esteja preso em um momento de dor ou de alegria. A tragédia deste mundo é que todos estão sozinhos. Pois uma vida no passado não pode ser compartilhada com o presente. Cada pessoa que fica presa no tempo fica presa sozinha.
O amor cura! Mesmo que a dor seja profunda e que a tristeza seja persistente. Pois, em meio às feridas, o melhor remédio é o amor! ❤️
Uma das maiores tragédias do mundo é a dor desperdiçada. A dor sem um relacionamento com a Cruz é como um cheque sem assinatura e sem valor. Mas uma vez que a assinamos com a Assinatura do Salvador na Cruz, ela assume um valor infinito.
Assim como não existe vacina para arrependimento
não existe também nem um remédio para dor na consciência ou remorso por qualquer acontecimento ruim
que consequentemente devido a teimosia e falta de bom senso de alguns
possa vir a prejudicar ou condenar ao fim
o destino de muitos
Quem cala talvez tenha a consciência limpa, tranquila e sofre a dor e o peso das acusações das quais é inocente
e não porquê consente.
Existem pregadores e pegadores: o primeiro prega a Palavra de Deus; o segundo pega a dor das ovelhas e as leva para o Pastor curá-las.
Por detrás de um sorriso de uma mulher às vezes há dor.
Porém, por detrás de suas lágrimas está toda sua força.
Da Solidão
Sequioso de escrever um poema que exprimisse a maior dor do mundo, Poe chegou, por exclusão, à idéia da morte da mulher amada. Nada lhe pareceu mais definitivamente doloroso. Assim nasceu "O corvo": o pássaro agoureiro a repetir ao homem sozinho em sua saudade a pungente litania do "nunca mais".
Será esta a maior das solidões? Realmente, o que pode existir de pior que a impossibilidade de arrancar à morte o ser amado, que fez Orfeu descer aos Infernos em busca de Eurídice e acabou por lhe calar a lira mágica? Distante, separado, prisioneiro, ainda pode aquele que ama alimentar sua paixão com o sentimento de que o objeto amado está vivo. Morto este, só lhe restam dois caminhos: o suicídio, físico ou moral, ou uma fé qualquer. E como tal fé constitui uma possibilidade - que outra coisa é a Divina comédia para Dante senão a morte de Beatriz? - cabe uma consideração também dolorosa: a solidão que a morte da mulher amada deixa não é, porquanto absoluta, a maior solidão.
Qual será maior então? Os grandes momentos de solidão, a de Jó, a de Cristo no Horto, tinham a exaltá-la uma fé. A solidão de Carlitos, naquela incrível imagem em que ele aparece na eterna esquina no final de Luzes da cidade, tinha a justificá-la o sacrifício feito pela mulher amada. Penso com mais frio n'alma na solidão dos últimos dias do pintor Toulouse-Lautrec, em seu leito de moribundo, lúcido, fechado em si mesmo, e no duro olhar de ódio que deitou ao pai, segundos antes de morrer, como a culpá-lo de o ter gerado um monstro. Penso com mais frio n'alma ainda na solidão total dos poucos minutos que terão restado ao poeta Hart Crane, quando, no auge da neurastenia, depois de se ter jogado ao mar, numa viagem de regresso do México para os Estados Unidos, viu sobre si mesmo a imensa noite do oceano imenso à sua volta, e ao longe as luzes do navio que se afastava. O que se terão dito o poeta e a eternidade nesses poucos instantes em que ele, quem sabe banhado de poesia total, boiou a esmo sobre a negra massa líquida, à espera do abandono?
Solidão inenarrável, quem sabe povoada de beleza... Mas será ela, também, a maior solidão? A solidão do poeta Rilke, quando, na alta escarpa sobre o Adriático, ouviu no vento a música do primeiro verso que desencadeou as Elegias de Duino, será ela a maior solidão?
Não, a maior solidão é a do ser que não ama. A maior solidão é a do ser que se ausenta, que se defende, que se fecha, que se recusa a participar da vida humana. A maior solidão é a do homem encerrado em si mesmo, no absoluto de si mesmo, e que não dá a quem pede o que ele pode dar de amor, de amizade, de socorro. O maior solitário é o que tem medo de amar, o que tem medo de ferir e de ferir-se, o ser casto da mulher, do amigo, do povo, do mundo. Esse queima como uma lâmpada triste, cujo reflexo entristece também tudo em torno. Ele é a angústia do mundo que o reflete. Ele é o que se recusa às verdadeiras fontes da emoção, as que são o patrimônio de todos, e, encerrado em seu duro privilégio, semeia pedras do alto da sua fria e desolada torre.
A dor ensina a gemer.
Com o tempo caleja.
O calejamento resiste a dor.
Ao fim, ou ficamos "duros" ou "políticos".
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