Doi te Perder
Aquele que era Deus fez-se homem,
assumindo o que não era,
sem perder o que era;
e assim Deus fez-se homem.
Neste mistério encontras o socorro
para a tua debilidade e encontras
nEle aquilo de que necessitas
para alcançar a tua perfeição.
Cristo te eleve em virtude da sua humanidade;
te guie em virtude da sua humana divindade,
e te conduza à sua divindade.
(Comentário ao Evangelho de João 23 6)
Tem pessoas que precisam perder tudo na vida para abaixar o nariz, acabar com a arrogância e dar valor para as pessoas que sempre as ajudaram. Não comparo essas pessoas a animais, porque até mesmo os animais reconhecem quem lhes dá carinho...
Depois da tempestade e da chuva, vem o brilho do sol, nós seguimos nosso caminho com inabalável esperança, vencer é o que torna a pessoa grandiosa.
Bansui Doi(poeta japonês)
Entendi que consciência não é peso, nem ansiedade, nem remorso.
Consciência nos traz leveza, somente isso.
Dançar é como uma folha que cai num bailar com o vento. A folha somente segue a sua natureza em busca do chão. Dançar é isso, ouvir a voz interna e seguir adiante.
A dor do trauma não é anulada, é preciso criar novas sensações, sinestesias e afetos junto a ela. No fluir delas, acalenta-se a ferida, gerando novo estado e memória corporal. Então, ao acessar o trauma, podemos vibrar nessa recordação sensorial e emotiva, atualizando a nossa relação existencial.
DANÇA EFÊMERA
Uma vida é pouco para tamanha dor
Muito pouco para tantas paixões
Para tantas danças, mudanças e sonhos
A vida foi demais para tanta dor
Demasiada para tantas aflições
Para tantas danças, mudanças e sonhos
Você decidiu não ter o amanhã
Renunciar o infinito e o finito,
A dualidade da existência
Adentrar-se no mistério
Eu decidi estar no hoje
Buscar o infinito no finito,
A dualidade da insistência
Encantar-se no mistério
Vida suicida em paixões
Com instinto de sobrevivência
A vida foi demais para tanta dor
Vida kamikaze por paixões
Sem instinto de sobrevivência
Uma vida é pouco para tamanha dor
REINVENTAR-SE PELA DOR
Há dores que aprendemos a conviver com elas. Pois, só nos restou a coragem de superar a si mesmo - concebendo novas existências. Creio que esse processo pode materializar a alegria adjunto da tristeza. Afinal, reinventar-se pela dor é um processo elaborativo e criativo, o qual é imbuído de amor, alegria e coletividade. Então, aceito que haja dores eternas dentro de mim. Acolho-as e busco atualizar a minha sensação, sentimento e sentido diante da vida que me atravessa.
MEMÓRIAS
As memórias realmente são recriadas e com isto os afetos e as emoções. Algo que nos fez chorar ontem pode nos fazer sorrir hoje. Ou algo que foi indiferente ontem pode nos fazer chorar hoje, pois somente agora posso compreender a complexidade daquele fato. Há marcas que carregamos e o processo de ressignificar a memória e a sensação corporal é um desafio. Mas, isso é possível com escuta, acolhimento e alteridade. A atualização da memória e a conscientização dos fatos são processos corporais mediados por novas sensações e emoções.
Pertencer é responsabilizar pela transformação do lugar que vivemos. Por isso, mais do que os estereótipos sobre curitibano, paulistano e japonês, o bonito é o pertencimento advindo da vida em comum - o exercício da cidadania.
Somos filhos da terra e da água, elus são nossos ancestrais. Como lidamos com a nossa ancestralidade muda o nosso presentee o futuro.
Uma Arte
Não é tão difícil dominar a arte de perder;
tanta coisa parece preenchida pela intenção de ser perdida
que sua perda não é nenhum desastre.
Perca alguma coisa todo dia. Aceite a novela das chaves perdidas,
a hora desperdiçada, aprender a arte de perder não é nada.
Exercite-se perdendo mais, mais rápido:
lugares, e nomes e... para onde mesmo você ia viajar?
Nenhum desastre...
Perdi o relógio de minha mãe. E olha, minha última e
minha penúltima casas ficaram para trás.
Não é difícil dominar a arte de perder.
Perdi duas cidades, adoráveis. E, mais ainda, alguns domínios,
propriedades, dois rios, um continente.
Sinto sua falta, mas não foi um desastre.
- Até mesmo perder você (a voz gozada, o gesto que
eu amava) eu não posso mentir. É claro que não é tão difícil dominar
a arte de perder apesar de parecer (pode Escrever!) desastre.
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